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Introdução
Condições de saúde relevantes
Infecção do trato genital por clamídia | ir para nosso tópico completo sobre Infecção do trato genital por clamídia A clamídia genital é a IST bacteriana mais comum em países ricos em recursos.[1][2] A infecção é geralmente assintomática tanto nos homens quanto nas mulheres.[2] Recomendam-se técnicas diagnósticas sem cultura, como testes de amplificação de ácido nucleico.[1][2] Nas mulheres, pode ocorrer inflamação cervical, ou um corrimento amarelado ou turvo saindo do óstio cervical, resultando em corrimento vaginal. Nos homens, pode haver uma secreção saindo do pênis. Os fatores de risco típicos incluem idade abaixo de 25 anos, atividade sexual com parceiro infectado, novo ou múltiplos parceiros sexuais, parceiro sexual que tem outros parceiros concomitantes, história prévia de IST e não usar preservativos. O tratamento inadequado ou a ausência do mesmo possivelmente aumentam o risco de infecção ascendente e de complicações adicionais, assim como de possível disseminação da infecção a parceiros sexuais. |
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Infecção por gonorreia | ir para nosso tópico completo sobre Infecção por gonorreia A IST mais comumente relatada depois da infecção por clamídia. Mais de 82.4 milhões de pessoas foram infectadas com gonorreia em 2020.[3] A apresentação clássica é um homem com corrimento uretral; as mulheres são frequentemente assintomáticas, mas podem apresentar corrimento vaginal.[2] Os principais fatores de risco incluem uma faixa etária de 15 a 24 anos, ascendência negra, história atual ou anterior de IST, vários parceiros sexuais recentes, uso inconsistente de preservativos, homens que fazem sexo com homens, fatores de risco do parceiro e história de abuso físico. Se não for tratada, a Neisseria gonorrhoeae pode se disseminar e causar infecções cutâneas. As complicações mais raras incluem meningite, endocardite e abscessos peri-hepáticos. Altas taxas de resistência antimicrobiana têm sido relatadas.[3] Os testes de amplificação de ácido nucleico, a cultura, coloração de Gram e urinálise são o pilar dos exames laboratoriais para N gonorrhoeae.[2] |
Infecção por sífilis | ir para nosso tópico completo sobre Infecção por sífilis Uma infecção sexualmente transmissível comum causada pela bactéria espiroqueta Treponema pallidum, subespécie pallidum. A entrada do organismo T pallidum nos tecidos provavelmente ocorre por meio de áreas de pequena abrasão (nos locais das membranas genitais e mucosas) que resultam de trauma durante a relação sexual. O sexo orogenital é uma importante via de transmissão e, portanto, ela pode ocorrer apesar do uso de preservativo.[4][5]Estimaram-se 6 milhões de novos casos de sífilis no mundo durante 2016.[6] O quadro clínico é frequentemente assintomático, mas pode manifestar-se de várias maneiras, uma úlcera indolor (cancro) na região anogenital é uma marca registrada da infecção primária.[2] Geralmente o diagnóstico fica claro após o exame clínico e testes sorológicos. A sífilis não tratada facilita a transmissão do HIV e provoca morbidade considerável, como doenças cardiovasculares e neurológicas, bem como uma síndrome congênita em neonatos.[7] |
Linfogranuloma venéreo | ir para nosso tópico completo sobre Linfogranuloma venéreo Linfogranuloma venéreo (LGV) é causado por Chlamydia trachomatis genovars/serovars L1, L2 ou L3. O LGV pode ocorrer em qualquer idade, mas o pico de incidência é entre 15 e 40 anos, idade em que a atividade sexual está no auge.[8] A infecção ocorre através do contato com membranas mucosas ou abrasões na pele. A transmissão sexual é a rota mais comum, mas locais extragenitais podem ser afetados quando inoculados por contato não sexual, inalação acidental no laboratório ou quando a transmissão ocorre pela exposição a fômites. As manifestações primárias da infecção são inflamação peniana ou vulvar indolor e ulceração no local da inoculação, geralmente não percebida pelo paciente.[9] Ela pode se apresentar com proctocolite ou linfadenopatia inguinal ou femoral unilateral e sensível.[2] Os fatores de risco incluem outras ISTs e relações sexuais desprotegidas em uma área endêmica para LGV (principalmente regiões tropicais do Sudeste Asiático, da América Latina, do Caribe e da África). A inflamação crônica pode conduzir a cicatrização e fibrose, causando linfedema dos genitais ou formação de estenoses e fístulas caso haja envolvimento anorretal. O diagnóstico se baseia-se na suspeita clínica, em uma anamnese e exame físico cuidadosos e na exclusão de outras etiologias, com um diagnóstico definitivo confirmado pelos testes microbiológicos apropriados (como testes de amplificação de ácidos nucleicos, coloração de Gram ou testes moleculares específicos para LGV).[2] |
Cancroide | ir para nosso tópico completo sobre Cancroide Uma infecção sexualmente transmissível causada pelo cocobacilo Gram-negativo fastidioso Haemophilus ducreyi, que é comum em países em desenvolvimento.[10] É um patógeno estritamente humano transmitido de pessoa a pessoa, principalmente por meio de sexo sem proteção ou por autoinoculação. Ele pode infectar a pele, as superfícies mucosas e os linfonodos. Apresenta-se classicamente com o início agudo de uma úlcera genital dolorosa com linfadenite flutuante (formação de bubão).[2] Os principais fatores de risco incluem vários parceiros sexuais, contato com profissionais do sexo, relação sexual sem proteção, abuso de substâncias, sexo masculino e ausência de circuncisão (nos homens). A presença de cancroide é um cofator importante na transmissão do HIV, e deve proceder-se a sorologia para HIV. |
Doença inflamatória pélvica (DIP) | ir para nosso tópico completo sobre Doença inflamatória pélvica (DIP) É uma infecção polimicrobiana ascendente aguda da parte superior do trato genital feminino, frequentemente associada N gonorrhoeae ou a C trachomatis.[11] Acredita-se que a C trachomatis seja a causa mais comum de DIP e esteja associada a 14% a 35% dos casos.[12][13] Nos países industrializados, a incidência anual de doença inflamatória pélvica (DIP) atinge o pico em mulheres com idade entre 20 e 24 anos. A DIP inclui endometrite, salpingite, abscesso tubo-ovariano e peritonite pélvica.[2] Ela pode ser assintomática ou apresentar febre, vômitos, dorsalgia, dispareunia, dor/desconforto na parte inferior do abdome bilateral, odor vaginal anormal, prurido, sangramento ou corrimento.[11] O diagnóstico pode ser difícil porque os sintomas variam de ausentes a graves e podem ser inespecíficos. Possíveis achados laboratoriais incluem leucócitos abundantes na microscopia à fresco das secreções vaginais, velocidade de hemossedimentação elevada, proteína C-reativa elevada e infecção cervical por N gonorrhoeae ou C trachomatis documentada laboratorialmente. A laparoscopia é o procedimento definitivo, mas é invasivo e não recomendado no diagnóstico de rotina. |
Uretrite | ir para nosso tópico completo sobre Uretrite Costuma se manifestar com disúria, secreção uretral e/ou prurido no final da uretra. N gonorrhoeae e C trachomatis são as causas mais comuns. Estima-se que 2020, no mundo todo, tenha havido 82 milhões de casos de infecção por gonorreia e 129 milhões de casos de infecção por clamídia, apresentando-se comumente como uretrite nos homens e cervicite nas mulheres.[14] Sexo vaginal, anal e oral insertivo sem proteção têm sido associados a uretrite.[15] Os principais fatores de risco incluem idade entre 15 e 24 anos, sexo feminino, novos ou vários parceiros sexuais, IST anterior ou presente e uso inconsistente de preservativos. Os exames diagnósticos incluem coloração de Gram e cultura da secreção uretral e testes de amplificação de ácido nucleico.[2] |
Cervicite | ir para nosso tópico completo sobre Cervicite Comum e com frequência assintomática; porém, se não for diagnosticada ou tratada, pode evoluir para DIP, a qual pode, por sua vez, causar efeitos nocivos substanciais em longo prazo, como infertilidade e dor pélvica crônica. Embora a N gonorrhoeae e a C trachomatis sejam os organismos mais comumente isolados, na maioria dos casos, não é identificado nenhum organismo etiológico. As causas não infecciosas incluem o supercrescimento bacteriano vaginal, trauma local, neoplasia maligna, radiação, irritação química, duchas vaginais, doenças inflamatórias sistêmicas ou inflamação idiopática.[16] As apresentações comuns de cervicite incluem: disúria e corrimento vaginal associado, corrimento vaginal pruriginoso, dispareunia, sangramento intermenstrual ou pós-coito.[2] Os fatores de risco incluem mulheres de 15 a 24 anos, uso inconsistente de preservativos, relações sexuais múltiplas ou novas, infecções sexualmente transmissíveis prévias, vaginose bacteriana, profissionais do sexo ou ausência de lactobacilos produtores de peróxido de hidrogênio. |
Vaginite | ir para nosso tópico completo sobre Vaginite Inflamação da vagina decorrente de mudanças na composição do microambiente vaginal, causadas por infecções, fatores irritantes ou insuficiência hormonal (por exemplo, vaginite atrófica). A vaginite é o diagnóstico ginecológico mais comum no cenário da atenção primária.[17] Os sintomas comuns incluem corrimento, prurido e dispareunia. A vaginose bacteriana é a principal causa de vaginite; outras causas infecciosas comuns incluem tricomoníase e candidíase.[18] O supercrescimento de organismos bacterianos anaeróbios, como Gardnerella vaginalis, espécies de Prevotella, espécies de Mobiluncus, Atopobium vaginae e Megasphaera tipo 1, são a principal causa de vaginose bacteriana.[19] Fatores de risco fortes incluem: uso de ducha; higiene insuficiente ou excessiva; uso prévio de antibiótico; infecção por HIV; diabetes mellitus; mulheres negras; presença de DIU; uso de pílula contraceptiva oral; mulheres em idade fértil; menopausa; e atividade sexual. |
Epididimite aguda | ir para nosso tópico completo sobre Epididimite aguda A inflamação do epidídimo caracterizada por dor e edema escrotal com duração inferior a 6 semanas.[20] Em homens sexualmente ativos, a epididimite é mais comumente causada por N gonorrhoeae, C trachomatis ou Mycoplasma genitalium.[21] A epididimite pode aparecer em qualquer idade, mas a maioria dos pacientes tem entre 20 e 39 anos.[22] Em homens mais velhos (>35 anos), os organismos causadores geralmente são patógenos entéricos, e a epididimite pode estar associada a obstrução infravesical, intervenção recente do trato urinário ou doença sistêmica. Os exames diagnósticos incluem uma coloração de Gram das secreções uretrais e amostras de urina para testes de amplificação de ácido nucleico para C trachomatis, N gonorrhoeae e M genitalium (se disponível). A microscopia e cultura de urina também são indicadas em caso de suspeita de patógenos urinários. Fatores de risco fortes incluem: múltiplos parceiros sexuais, parceiros infectados com C trachomatis, N gonorrhoeae e/ou M genitalium; história de penetração anal; história de infecção viral; ou infecção ou contato com tuberculose. |
Infecção pelo vírus do herpes simples | ir para nosso tópico completo sobre Infecção pelo vírus do herpes simples Infecção por vírus do herpes simples tipo 1 (HSV-1) ou HSV tipo 2 (HSV-2) pode causar úlceras orais, genitais ou oculares. As infecções por HSV primárias ou recorrentes também podem ocorrer em outros locais com complicações neurológicas, oculares, hepáticas ou respiratórias. Em todo o mundo, estimou-se que 67% das pessoas com idade entre 0 e 49 anos foram infectadas pelo HSV-1 em 2012.[23] O HSV fica latente e é reativado periodicamente. A maior parte das reativações é assintomática, mas pode resultar em transmissão do vírus. O HSV-1 comumente causa herpes oral (herpes labial) e também está associado à encefalite por HSV. O HSV-2 causa herpes genital e é transmitido por contato sexual. Os sintomas de herpes oral incluem parestesia e queimação, seguidos pelo desenvolvimento de lesões vesiculares e, posteriormente, ulcerativas envolvendo a orofaringe e a mucosa perioral. Os sintomas de herpes genital variam de assintomáticos a formigamento e queimação sem lesões, até ulcerações genitais recorrentes.[2] O diagnóstico pode ser feito clinicamente, mas deve-se realizar cultura ou reação em cadeia da polimerase para HSV nas lesões ativas se houver dúvidas sobre o diagnóstico. A sorologia específica para o tipo baseado em glicoproteína G é usado para diagnosticar uma infecção com ou sem lesões e distinguir entre os tipos 1 e 2. Os principais fatores de risco incluem infecção por HIV e medicamentos imunossupressores. |
Verrugas genitais | ir para nosso tópico completo sobre Verrugas genitais Constituem a forma mais prevalente de lesões virais da mucosa genital, sendo causadas pela infecção por vários tipos de papilomavírus humano (HPV).[24] Na América Latina, a prevalência de infecção por HPV é uma das mais altas do mundo.[25] As lesões geralmente consistem em papilomas exofíticos, distintos, sésseis, de 1 a 3 mm e superfície lisa, com coloração avermelhada, esbranquiçada ou hiperpigmentados, ou elas podem coalescer e formar placas maiores. Essas placas podem ser extensas, prolongando-se até a uretra ou até o canal anal ou vaginal. Os principais fatores de diagnóstico incluem a exposição ao HPV através de relações sexuais em pouca idade e/ou aumento do número de parceiros sexuais ao longo da vida, imunossupressão e presença de papilomas exofíticos sésseis. O diagnóstico é baseado no quadro clínico.[24] |
Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) | ir para nosso tópico completo sobre Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) Causada por um retrovírus que infecta e se replica nos linfócitos e nos macrófagos humanos, destruindo a integridade do sistema imunológico humano ao longo de vários anos. Existem aproximadamente 39 milhões de pessoas vivendo com HIV em todo o mundo.[26] Os sintomas comuns incluem episódios de febre e sudorese noturna, perda de peso, erupções cutâneas, candidíase oral ou ulceração, diarreia, cefaleia e alterações do estado mental ou da função neuropsiquiátrica. Os principais fatores de risco para se contrair a infecção por HIV incluem transfusão de sangue infectado por HIV, uso de drogas intravenosas, relação sexual homo e heterossexual sem proteção e lesão percutânea provocada por agulha. O diagnóstico é estabelecido por meio de um teste inicial de anticorpos anti-HIV ou combinação de teste de anticorpos/antígenos e confirmado por meio de um teste mais específico. Os pacientes devem ser classificados clinicamente conforme os critérios da Organização Mundial da Saúde ou dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.[27][28] |
Profilaxia pós-exposição ao vírus da imunodeficiência humana (HIV) | A profilaxia pós-exposição (PPE) é a administração de terapia antirretroviral (TAR) para HIV-negativas que possam ter sido expostas ao HIV por atividade ocupacional ou sexual. A PPE reduz a probabilidade de transmissão do HIV em 80% quando iniciada nas 72 horas após a exposição e por um ciclo completo de 28 dias, conforme prescrito.[29][30] A eficácia da PPE e as potenciais toxicidades e efeitos adversos do tratamento precisam ser totalmente explicados ao paciente; o aconselhamento é uma etapa importante do manejo do paciente. |
Câncer cervical | ir para nosso tópico completo sobre Câncer cervical Uma neoplasia maligna relacionada ao papilomavírus humano (HPV), evitável por vacinação contra o HPV e rastreamento. O câncer cervical foi a quarta neoplasia maligna mais comum em mulheres em todo o mundo em 2022; com uma estimativa anualmente de 660,000 novos casos e 350,000 mortes.[31] O rastreamento do câncer cervical apenas por citologia (exame de Papanicolau), exames conjuntos de Papanicolau e HPV ou teste de HPV primário podem detectar doença pré-invasiva.[32] É muito comum pacientes com câncer cervical não apresentarem sintomas e a doença ser identificada no rastreamento. As pacientes com doença em estágio avançado podem apresentar sangramento vaginal anormal, sangramento pós-coito, corrimento vaginal, dorsalgia ou dor pélvica, dispareunia ou uropatia obstrutiva. Os aspectos principais incluem idade entre os 45 e 49 anos, infecção por HPV, vários parceiros sexuais, início precoce da atividade sexual (menos de 18 anos) e imunossupressão. |
Artrite reativa | ir para nosso tópico completo sobre Artrite reativa A artrite reativa (ARe) é uma artrite inflamatória que ocorre após a exposição a determinadas infecções gastrointestinais e geniturinárias.[33] As bactérias associadas à ARe são causas comuns de doenças venéreas e de disenteria infecciosa. As espécies bacterianas mais comumente envolvidas são espécies de Chlamydia, Salmonella, Campylobacter, Shigella e Yersinia, embora a ARe tenha sido descrita após muitas outras infecções bacterianas. A tríade clássica de artrite pós-infecciosa, uretrite não gonocócica e conjuntivite é descrita com frequência, mas encontrada somente em uma minoria dos casos e não é necessária para o diagnóstico.[33] Não existe um exame específico para diagnóstico da ARe. Em vez disso, um grupo de exames é usado para confirmar a suspeita em alguém que apresente sintomas clínicos sugestivos de artrite inflamatória no período após infecção venérea ou disenteria. Os fatores de risco incluem sexo masculino, genótipo HLA-B27 e infecção gastrointestinal ou por clamídias prévia. |
Abuso e agressão sexual | ir para nosso tópico completo sobre Abuso e agressão sexual A violência sexual é definida como qualquer ato sexual, tentativa de obter um ato sexual, comentários ou avanços sexuais indesejados, ou atos de tráfico ou de outra forma dirigidos contra a sexualidade de uma pessoa usando coerção, por qualquer pessoa, independentemente de seu relacionamento com a vítima, em qualquer ambiente, incluindo, mas não limitado a, casa e trabalho.[34] A agressão sexual é comum e pode afetar adultos de qualquer idade, assim como crianças. Embora as mulheres jovens corram o maior risco, os homens também são violados sexualmente. O diagnóstico de abuso sexual e agressão sexual é complexo e tem grandes ramificações; portanto, é importante seguir as diretrizes de diagnóstico. Em crianças, a confirmação de certas infecções (HIV, sífilis, gonorreia, clamídia, trichomonas) é diagnóstico de contato sexual, uma vez que a transmissão perinatal (e percutânea, no caso do HIV) é descartada, enquanto outras (vírus do herpes simples, condiloma acuminado anogenital) são suspeitos de contato sexual.[35] A vaginose bacteriana não confirma o contato sexual. É frequentemente difícil determinar se infecções são o resultado de uma agressão sexual ou preexistentes em adultos sexualmente ativos. |
Hepatite B | ir para nosso tópico completo sobre Hepatite B Infecção hepática mais comum em todo o mundo, causada pelo vírus da hepatite B (HBV). A maioria das pessoas com hepatite B são assintomáticas, ainda que algumas apresentem complicações, como cirrose, carcinoma hepatocelular ou insuficiência hepática. Pessoas oriundas de áreas endêmicas, usuários de drogas injetáveis ou pessoas com comportamento sexual de alto risco apresentam aumento do risco de infecção. Os marcadores sorológicos são essenciais para o diagnóstico e para avaliar a atividade da doença, incluindo a diferenciação de pessoas com infecção aguda e infecção crônica e portadores crônicos assintomáticos. Os principais fatores de risco incluem exposição pré-natal, vários parceiros sexuais, homens que fazem sexo com homens, uso de drogas injetáveis, história familiar de vírus da hepatite B ou carcinoma hepatocelular, encarceramento, morar/viajar a uma região endêmica, e contactante domiciliar com um indivíduo infectado. |
Hepatite C | ir para nosso tópico completo sobre Hepatite C Inflamação do fígado causada pelo vírus da hepatite C (HCV).[36] Mundialmente, estima-se que 50 milhões de pessoas tenham hepatite C crônica, com cerca de 1 milhão de novas infecções ocorrendo por ano. As vias de transmissão mais comuns ocorrem através do uso ilícito de drogas (compartilhar agulhas usadas) e transfusão de hemoderivados contaminados. A maioria das infecções são assintomáticas; no entanto, a inflamação hepática está frequentemente presente e pode causar fibrose hepática progressiva. Exames diagnósticos para o vírus da hepatite C (HCV) são usados para estabelecer um diagnóstico clínico, prevenir a infecção por meio do rastreamento do sangue doado e tomar decisões sobre o tratamento clínico dos pacientes. Os principais fatores de risco incluem práticas médicas não seguras, uso de substâncias por via intravenosa ou intranasal e história de transfusão de sangue ou transplante de órgão.[37] |
Avaliação de corrimento vaginal | ir para nosso tópico completo sobre Avaliação de corrimento vaginal O corrimento vaginal é uma das razões mais comuns de consultas ginecológicas; pode ser fisiológico ou patológico. As causas patológicas devem-se comumente a infecções, principalmente vaginose bacteriana, candidíase vulvovaginal e tricomoníase. A prevalência real dessa condição é incerta porque a vaginite, que inclui o sintoma de corrimento vaginal, muitas vezes é assintomática, autodiagnosticada e automedicada.[38] |
Avaliação da dispareunia | ir para nosso tópico completo sobre Avaliação da dispareunia A dispareunia, ou penetração sexual dolorosa, é uma queixa comum entre as mulheres. Ela pode ser resultante de várias causas, incluindo condições inflamatórias, infecciosas, da mucosa e musculoesqueléticas. Uma revisão sistemática relatou uma prevalência de dispareunia variando de 1.3% a 45%.[39] A dispareunia pode ser categorizada em: primária (dor associada à relação sexual desde o início da atividade sexual), secundária (adquirida ao longo da vida sexual da paciente); bem como superficial (relação sexual dolorosa localizada na área introital, devido a distúrbios da vulva e do vestíbulo) ou profunda (frequentemente relacionada a distúrbios na pelve).[40] |
Avaliação de disúria | ir para nosso tópico completo sobre Avaliação de disúria Desconforto, queimação ou sensação de dor durante a micção. A disúria é uma afecção comum, mas pode ser de difícil diagnóstico, pois está quase sempre presente em conjunto com outros sintomas do trato urinário inferior. A disúria é uma manifestação comum na atenção primária. Embora a infecção do trato urinário seja a causa mais comum, qualquer doença infecciosa ou inflamatória que afete o sistema geniturinário pode causar disúria. |
Colaboradores
Autores
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BMJ Publishing Group
Declarações
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