Os objetivos gerais da terapia para exacerbação da DPOC são aliviar os sintomas de dispneia dos pacientes, estabilizar e melhorar o estado respiratório e, sempre que possível, remover o fator desencadeante atual. Muitos pacientes com exacerbação aguda da DPOC estão estáveis o suficiente para serem tratados em ambiente ambulatorial. As principais terapias farmacológicas incluem broncodilatadores de ação curta, corticosteroides sistêmicos e antibióticos. O oxigênio também pode ser necessário. Os pacientes com exacerbações mais graves podem precisar de internação hospitalar e de suporte ventilatório.[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
A Organização Mundial da Saúde especificou um conjunto mínimo de intervenções para o tratamento de exacerbações da DPOC.[148]WHO: package of essential noncommunicable (PEN) disease interventions for primary health care. Sep 2020 [internet publication].
Esquema de tratamento
Os pacientes com DPOC e suas exacerbações são altamente heterogêneos. Alguns pacientes com exacerbações leves podem conseguir controlar seus sintomas em casa, usando seu plano de autocuidados. Embora muitos aspectos do tratamento possam ser estabelecidos em protocolos, há uma grande variação entre aqueles que requerem hospitalização, que se beneficiam de reabilitação pulmonar ou que apresentam exacerbação aguda menos intensa versus mais intensa, de acordo com as comorbidades e outras características de cada paciente.
A hospitalização deve ser considerada para indivíduos com:[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
Agravamento súbito da dispneia em repouso
Frequência respiratória alta
Insuficiência respiratória aguda
Diminuição da saturação de oxigênio (SaO₂): SaO₂ <90% no ar ou deterioração da SaO₂ em pacientes com hipoxemia conhecida (ou seja, aqueles em oxigenoterapia de longa duração)[149]National Institute for Health and Care Excellence. Chronic obstructive pulmonary disease in over 16s: diagnosis and management. 2019 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng115
Confusão ou torpor
Alterações ou início de novos sinais, como cianose ou agravamento do edema periférico
Falha na resposta ao manejo inicial
Comorbidades graves que afetariam a recuperação ou o tratamento, como insuficiência cardíaca, fibrilação atrial ou outras doenças cardiorrespiratórias
Suporte insuficiente em casa ou no ambiente de tratamento comunitário.
O paciente deve passar por uma reavaliação se sua condição agravar com rapidez ou de maneira considerável. Em particular, os médicos devem estar alertas a sinais e sintomas de pneumonia, insuficiência cardiorrespiratória e sepse.[150]National Institute for Health and Care Excellence. Chronic obstructive pulmonary disease (acute exacerbation): antimicrobial prescribing. 2018 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng114
Os pacientes que atendem a qualquer um dos seguintes critérios precisam de internação imediata na unidade de terapia intensiva (UTI) ou em uma unidade de cuidados respiratórios equipada para identificar e controlar a insuficiência respiratória aguda:[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
Dispneia grave que não apresenta resposta adequada ao tratamento inicial
Alterações no estado mental (por exemplo, confusão, letargia, coma)
Hipoxemia que persiste ou piora (pressão parcial de oxigênio [PaO2] <5.3kPa ou <40 mmHg) e/ou acidose respiratória grave ou agravada (pH <7.25), apesar da oxigenoterapia suplementar e da ventilação não invasiva
Necessidade de ventilação mecânica invasiva
Instabilidade hemodinâmica (necessidade de vasopressores).
A internação na UTI também deve ser considerada para pacientes que precisam desde há pouco tempo de ventilação não invasiva e/ou com acidose respiratória aguda; isso pode depender dos recursos e da política do hospital.
Broncodilatadores de ação curta
Os broncodilatadores de ação curta incluem beta-2 agonistas (BACDs) e antagonistas muscarínicos de ação curta (SAMAs). Tanto BACDs como SAMAs reduzem os sintomas da dispneia e melhoram o fluxo aéreo, possivelmente por diminuir a hiperinsuflação pulmonar.[151]Stevenson NJ, Walker PP, Costello RW, et al. Lung mechanics and dyspnea during exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease. Am J Respir Crit Care Med. 2005 Dec 15;172(12):1510-6.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16166620?tool=bestpractice.com
As diretrizes recomendam que esses medicamentos sejam considerados terapia de primeira linha e sejam administrados por nebulizador ou por inalador dosimetrado.[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
[152]Stevermer JJ, Fisher L, Lin KW, et al. Pharmacologic Management of COPD Exacerbations: A Clinical Practice Guideline from the AAFP. Am Fam Physician. 2021 Jul 1;104(1):Online.
https://www.aafp.org/pubs/afp/issues/2021/0700/od1.html
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34264593?tool=bestpractice.com
[153]Veterans Affairs/Department of Defense. VA/DoD clinical practice guideline for the management of chronic obstructive pulmonary disease. Apr 2021 [internet publication].
https://www.healthquality.va.gov/guidelines/CD/copd
BACDs e SAMAs podem proporcionar o benefício em 15 e 30 minutos, respectivamente. A dosagem ideal de broncodilatadores em exacerbações agudas de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ainda não foi determinada; no entanto, as diretrizes geralmente recomendam o aumento da dose ou da frequência de administração se o paciente permanecer sintomático. Após melhora clínica, o tempo entre as doses pode ser aumentado conforme tolerado.
Normalmente, os BACDs são mais favoráveis, pois têm um início de ação mais rápido que os SAMAs. As diretrizes internacionais da Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD) recomendam BACDs, com ou sem SAMAs, como os broncodilatadores iniciais para tratar uma exacerbação aguda de DPOC.[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
O tratamento inicial com BACDs pode levar a uma redução transitória na PaO2.[154]Karpel JP, Pesin J, Greenberg D, et al. A comparison of the effects of ipratropium bromide and metaproterenol sulfate in acute exacerbations of COPD. Chest. 1990 Oct;98(4):835-9.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2145136?tool=bestpractice.com
Se a dose inicial do BACD não proporcionar um benefício suficiente, a frequência da dosagem deve ser aumentada e um SAMA pode ser adicionado.[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
[155]Emerman CL, Cydulka RK. Effect of different albuterol dosing regimens in the treatment of acute exacerbation of chronic obstructive pulmonary disease. Ann Emerg Med. 1997 Apr;29(4):474-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9095007?tool=bestpractice.com
Ipratrópio nebulizado (um SAMA) deve ser administrado juntamente com salbutamol nebulizado (um BACD). O ipratrópio pode ser usado em vez de salbutamol para pacientes que estejam desenvolvendo efeitos adversos significativos decorrentes do uso de BACD. Levosalbutamol também pode ser usado no lugar do salbutamol racêmico, se disponível, e pode ser possível administrar levosalbutamol com menor frequência que o salbutamol racêmico em pacientes com exacerbações. O levosalbutamol pode ser melhor considerado para pacientes que apresentam efeitos adversos cardiovasculares ao salbutamol (por exemplo, taquicardia/taquiarritmia).[156]Donohue JF, Hanania NA, Ciubotaru RL, et al. Comparison of levalbuterol and racemic albuterol in hospitalized patients with acute asthma or COPD: a 2-week, multicenter, randomized, open-label study. Clin Ther. 2008 Jan 1;30:989-1002.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18640474?tool=bestpractice.com
Não está claro se a combinação de um BACD associado a um SAMA oferece benefício adicional.[157]Moayyedi P, Congleton J, Page RL, et al. Comparison of nebulised salbutamol and ipratropium bromide with salbutamol alone in the treatment of chronic obstructive pulmonary disease. Thorax. 1995 Aug;50(8):834-7.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC474895
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7570433?tool=bestpractice.com
[158]Patrick DM, Dales RE, Stark RM, et al. Severe exacerbations of COPD and asthma: incremental benefit of adding ipratropium to usual therapy. Chest. 1990 Aug;98(2):295-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2142915?tool=bestpractice.com
Embora não haja evidências definitivas de que a combinação melhore os desfechos, os pacientes podem obter benefícios sintomáticos e broncodilatação adicional, pois esses agentes funcionam por meio de mecanismos diferentes. Em geral, a terapia combinada é recomendada para pacientes que não apresentam melhora imediata com BACD isolado.[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
Uma revisão sistemática não encontrou diferenças significativas no volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) quando broncodilatadores de curta ação foram administrados por nebulizador, em comparação com inalador dosimetrado (com ou sem espaçador), em pacientes com exacerbação aguda da DPOC.[159]van Geffen WH, Douma WR, Slebos DJ, et al. Bronchodilators delivered by nebuliser versus pMDI with spacer or DPI for exacerbations of COPD. Cochrane Database Syst Rev. 2016 Aug 29;(8):CD011826.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD011826.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27569680?tool=bestpractice.com
Pacientes com dispneia grave e com baixos índices de fluxo inspiratório podem ter dificuldade de alcançar a técnica e a administração apropriadas do medicamento com inaladores dosimetrados; o tratamento com nebulizador pode ser mais fácil para esses pacientes. A técnica com inaladores dosimetrados deve ser observada, e um espaçador deve ser usado.
As diretrizes da GOLD recomendam que os pacientes não recebam nebulização contínua, mas que realizem 1 ou 2 puffs por hora com um inalador dosimetrado (com espaçador) por duas ou três doses e, em seguida, a cada 2 a 4 horas, com base na resposta.[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
Caso um nebulizador seja usado para administrar os medicamentos por via inalatória, deve ser direcionado pelo ar, não pelo oxigênio, para evitar o risco de agravamento da hipercapnia, que pode ser causada pela nebulização direcionada pelo oxigênio.[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
[149]National Institute for Health and Care Excellence. Chronic obstructive pulmonary disease in over 16s: diagnosis and management. 2019 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng115
Ainda não há ensaios clínicos para definir claramente se os broncodilatadores de longa duração devem ou não ser continuados durante exacerbações agudas de DPOC. Apesar da descontinuação de uma terapia de manutenção poder potencialmente contribuir para a piora dos sintomas e/ou da função pulmonar, a administração frequente e regular de broncodilatadores de curta ação somados aos broncodilatadores de longa duração da mesma classe tem o potencial de aumentar o risco de efeitos adversos relacionados ao medicamento, como arritmia, retenção urinária e constipação. O relatório atual da GOLD recomenda a continuação do tratamento com broncodilatadores de ação prolongada por via inalatória durante a exacerbação, ou iniciá-lo assim que possível após a alta hospitalar.[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
O julgamento clínico deve determinar se deve haver continuação do tratamento com broncodilatadores de ação prolongada durante hospitalizações agudas por DPOC quando os pacientes recebem broncodilatadores de ação curta quatro ou mais vezes por dia. Deve-se avaliar a necessidade de ajustes nos esquemas medicamentosos pré-hospitalização, com base nas recomendações de intensificação da terapia para reduzir o risco futuro de exacerbação.[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
Corticosteroides sistêmicos
Os corticosteroides sistêmicos (por via oral ou intravenosa) devem ser considerados após o tratamento inicial com broncodilatadores de ação curta por via inalatória.[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
[152]Stevermer JJ, Fisher L, Lin KW, et al. Pharmacologic Management of COPD Exacerbations: A Clinical Practice Guideline from the AAFP. Am Fam Physician. 2021 Jul 1;104(1):Online.
https://www.aafp.org/pubs/afp/issues/2021/0700/od1.html
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34264593?tool=bestpractice.com
[153]Veterans Affairs/Department of Defense. VA/DoD clinical practice guideline for the management of chronic obstructive pulmonary disease. Apr 2021 [internet publication].
https://www.healthquality.va.gov/guidelines/CD/copd
Para pacientes capazes de tomar medicamentos por via oral, os corticosteroides intravenosos parecem não fornecer benefícios adicionais significativos em relação aos administrados por via oral.[160]Walters JA, Tan DJ, White CJ, et al. Systemic corticosteroids for acute exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease. Cochrane Database Syst Rev. 2014 Sep 1;(9):CD001288.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD001288.pub4/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25178099?tool=bestpractice.com
[161]de Jong YP, Uil SM, Grotjohan HP, et al. Oral or IV prednisolone in the treatment of COPD exacerbations: a randomized, controlled, double-blind study. Chest. 2007 Dec;132(6):1741-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17646228?tool=bestpractice.com
[162]Zheng J, Lin J, Zhou X, et al. Nebulized budesonide in the treatment of acute exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease (AECOPD): a randomized, double blind, double dummy, parallel controlled, multicenter trial. Chest. 2011 Oct 23;140(4):526A.[163]Alía I, de la Cal MA, Esteban A, et al. Efficacy of corticosteroid therapy in patients with an acute exacerbation of chronic obstructive pulmonary disease receiving ventilatory support. Arch Intern Med. 2011 Nov 28;171(21):1939-46.
https://archinte.jamanetwork.com/article.aspx?articleid=1106041
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22123804?tool=bestpractice.com
No entanto, alguns pacientes podem precisar de administração intravenosa, caso não tolerem a terapia oral (por exemplo, se estiverem vomitando).
Os corticosteroides sistêmicos diminuem a inflamação das vias aéreas e se mostram benéficos nos pacientes com exacerbações agudas da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).[160]Walters JA, Tan DJ, White CJ, et al. Systemic corticosteroids for acute exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease. Cochrane Database Syst Rev. 2014 Sep 1;(9):CD001288.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD001288.pub4/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25178099?tool=bestpractice.com
[161]de Jong YP, Uil SM, Grotjohan HP, et al. Oral or IV prednisolone in the treatment of COPD exacerbations: a randomized, controlled, double-blind study. Chest. 2007 Dec;132(6):1741-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17646228?tool=bestpractice.com
[164]Aaron SD, Vandemheen KL, Fergusson D, et al. Tiotropium in combination with placebo, salmeterol, or fluticasone-salmeterol for treatment of chronic obstructive pulmonary disease: a randomized trial. Ann Intern Med. 2007 Apr 17;146(8):545-55.
https://www.acpjournals.org/doi/10.7326/0003-4819-146-8-200704170-00152?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17310045?tool=bestpractice.com
[165]Niewoehner DE, Erbland ML, Deupree RH, et al. Effect of systemic glucocorticoids on exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease. Department of Veterans Affairs Cooperative Study Group. N Engl J Med. 1999 Jun 24;340(25):1941-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10379017?tool=bestpractice.com
[166]Walters JA, Walters EH, Wood-Baker R. Oral corticosteroids for stable chronic obstructive pulmonary disease. Cochrane Database Syst Rev. 2005 Jul 20;(3):CD005374.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16034972?tool=bestpractice.com
Eles têm sido associados à melhora precoce (em até 3 dias) no VEF1, à melhor oxigenação, a tempo de recuperação mais rápido, à redução da duração da hospitalização e à redução da taxa de falha terapêutica e de recidiva da doença.[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
[160]Walters JA, Tan DJ, White CJ, et al. Systemic corticosteroids for acute exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease. Cochrane Database Syst Rev. 2014 Sep 1;(9):CD001288.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD001288.pub4/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25178099?tool=bestpractice.com
[164]Aaron SD, Vandemheen KL, Fergusson D, et al. Tiotropium in combination with placebo, salmeterol, or fluticasone-salmeterol for treatment of chronic obstructive pulmonary disease: a randomized trial. Ann Intern Med. 2007 Apr 17;146(8):545-55.
https://www.acpjournals.org/doi/10.7326/0003-4819-146-8-200704170-00152?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17310045?tool=bestpractice.com
[165]Niewoehner DE, Erbland ML, Deupree RH, et al. Effect of systemic glucocorticoids on exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease. Department of Veterans Affairs Cooperative Study Group. N Engl J Med. 1999 Jun 24;340(25):1941-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10379017?tool=bestpractice.com
[166]Walters JA, Walters EH, Wood-Baker R. Oral corticosteroids for stable chronic obstructive pulmonary disease. Cochrane Database Syst Rev. 2005 Jul 20;(3):CD005374.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16034972?tool=bestpractice.com
Entretanto, não há evidências de que o uso de corticosteroides tenha efeito sobre as taxas de mortalidade.[166]Walters JA, Walters EH, Wood-Baker R. Oral corticosteroids for stable chronic obstructive pulmonary disease. Cochrane Database Syst Rev. 2005 Jul 20;(3):CD005374.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16034972?tool=bestpractice.com
Além disso, os corticosteroides estão associados ao aumento do risco de pneumonia, sepse e morte.[167]Waljee AK, Rogers MA, Lin P, et al. Short term use of oral corticosteroids and related harms among adults in the United States: population based cohort study. BMJ. 2017 Apr 12;357:j1415.
https://www.doi.org/10.1136/bmj.j1415
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28404617?tool=bestpractice.com
Eles só devem ser usados em pacientes com exacerbações significativas.[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
Estudos que avaliam o papel dos corticosteroides sistêmicos foram principalmente realizados entre indivíduos que compareceram ao pronto-socorro e naqueles que estão hospitalizados e que usaram uma variedade de dosagens e de durações do tratamento.
A American Academy of Family Physicians (AAFP) recomenda corticosteroide sistêmico para adultos com exacerbação da DPOC para reduzir a insuficiência clínica. Devido à insuficiência de evidências, a AAFP não faz recomendações relativas à dose, via de administração ou duração do tratamento.[152]Stevermer JJ, Fisher L, Lin KW, et al. Pharmacologic Management of COPD Exacerbations: A Clinical Practice Guideline from the AAFP. Am Fam Physician. 2021 Jul 1;104(1):Online.
https://www.aafp.org/pubs/afp/issues/2021/0700/od1.html
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34264593?tool=bestpractice.com
Não se sabe se um esquema de retirada gradual de corticosteroides sistêmicos apresenta qualquer benefício clínico, exceto uma provável prevenção de insuficiência adrenal. Um ensaio clínico randomizado e controlado demonstrou que o tratamento de 5 dias de prednisolona não foi inferior ao tratamento de 14 dias, com relação ao risco de exacerbações nos 6 meses subsequentes.[168]Leuppi JD, Schuetz P, Bingisser R, et al. Short-term vs conventional glucocorticoid therapy in acute exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease: the REDUCE randomized clinical trial. JAMA. 2013 Jun 5;309(21):2223-31.
https://jama.jamanetwork.com/article.aspx?articleid=1688035
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23695200?tool=bestpractice.com
Uma revisão sistemática Cochrane concluiu que cinco dias de corticosteroide oral provavelmente é suficiente para exacerbações agudas da DPOC, e que é improvável que ciclos mais curtos de corticosteroide sistêmico (de cerca de 5 dias) causem desfechos piores que os ciclos mais longos (10-14 dias).[169]Walters JA, Tan DJ, White CJ, et al. Different durations of corticosteroid therapy for exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease. Cochrane Database Syst Rev. 2018 Mar 19;(3):CD006897.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD006897.pub4/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29553157?tool=bestpractice.com
[ ]
How does longer corticosteroid treatment (>7 days) compare with shorter (≤7 days) in people with exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease?/cca.html?targetUrl=http://cochraneclinicalanswers.com/doi/10.1002/cca.853/fullMostre-me a resposta Esse esquema de 5 dias é recomendado pelas diretrizes da GOLD.[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
O Departamento de Assuntos dos Veteranos recomenda prednisolona por 5-7 dias.[153]Veterans Affairs/Department of Defense. VA/DoD clinical practice guideline for the management of chronic obstructive pulmonary disease. Apr 2021 [internet publication].
https://www.healthquality.va.gov/guidelines/CD/copd
Uma dose oral equivalente de metilprednisolona pode ser usada. As diretrizes conjuntas da European Respiratory Society e da American Thoracic Society recomendam um ciclo de curta duração (≤14 dias) de corticosteroides orais para pacientes ambulatoriais com exacerbação da DPOC.[170]Wedzicha JA Ers Co-Chair, Miravitlles M, Hurst JR, et al. Management of COPD exacerbations: a European Respiratory Society/American Thoracic Society guideline. Eur Respir J. 2017 Mar 15;49(3):1600791.
https://erj.ersjournals.com/content/49/3/1600791.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28298398?tool=bestpractice.com
O equilíbrio entre os riscos e benefícios dos corticosteroides em pessoas com exacerbações leves é incerto. A contagem de eosinófilos pode se mostrar útil para determinar quem deve receber corticosteroides para exacerbações agudas da DPOC; os corticosteroides sistêmicos podem ser menos eficazes para exacerbações agudas da DPOC entre pacientes com níveis mais baixos de eosinófilos no sangue.[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
[21]Hurst JR, Vestbo J, Anzueto A, et al. Susceptibility to exacerbation in chronic obstructive pulmonary disease. N Engl J Med. 2010 Sep 16;363(12):1128-38.
http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa0909883#t=article
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20843247?tool=bestpractice.com
[171]Bafadhel M, McKenna S, Terry S, et al. Blood eosinophils to direct corticosteroid treatment of exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease: a randomized placebo-controlled trial. Am J Respir Crit Care Med. 2012 Jul 1;186(1):48-55.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3400995
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22447964?tool=bestpractice.com
[172]Bafadhel M, McKenna S, Terry S, et al. Acute exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease: identification of biologic clusters and their biomarkers. Am J Respir Crit Care Med. 2011 Sep 15;184(6):662-71.
https://www.doi.org/10.1164/rccm.201104-0597OC
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21680942?tool=bestpractice.com
[173]Sivapalan P, Lapperre TS, Janner J, et al. Eosinophil-guided corticosteroid therapy in patients admitted to hospital with COPD exacerbation (CORTICO-COP): a multicentre, randomised, controlled, open-label, non-inferiority trial. Lancet Respir Med. 2019 Aug;7(8):699-709.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31122894?tool=bestpractice.com
O benefício da corticoterapia sistêmica para pessoas com exacerbações agudas da DPOC e insuficiência respiratória associada que requerem apoio de ventilação mecânica também não está claro. Um ensaio clínico randomizado e controlado não encontrou diferenças na mortalidade em unidade de terapia intensiva (UTI), duração da ventilação mecânica, ou duração da permanência em UTI entre pacientes que receberam prednisolona contra o grupo-controle com placebo, embora os que receberam prednisolona tenham apresentado um risco maior de hiperglicemia.[174]Abroug F, Ouanes-Besbes L, Fkih-Hassen M, et al. Prednisone in COPD exacerbation requiring ventilatory support: an open-label randomised evaluation. Eur Respir J. 2014 Mar;43(3):717-24.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23794465?tool=bestpractice.com
A presença de pneumonia como causa de uma descompensação respiratória em um paciente com DPOC não implica necessariamente na presença de uma exacerbação em si da DPOC (por exemplo, a presença de piora da limitação do fluxo aéreo relacionada à inflamação e/ou à broncoconstrição das vias aéreas) e, deste modo, deve-se considerar cuidadosamente se corticosteroides sistêmicos são necessários para esses pacientes.
O diabetes é comum em pacientes com DPOC e a necessidade de tratamento de hiperglicemia é encontrada mais frequentemente quando os pacientes recebem corticosteroides sistêmicos.[160]Walters JA, Tan DJ, White CJ, et al. Systemic corticosteroids for acute exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease. Cochrane Database Syst Rev. 2014 Sep 1;(9):CD001288.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD001288.pub4/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25178099?tool=bestpractice.com
[165]Niewoehner DE, Erbland ML, Deupree RH, et al. Effect of systemic glucocorticoids on exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease. Department of Veterans Affairs Cooperative Study Group. N Engl J Med. 1999 Jun 24;340(25):1941-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10379017?tool=bestpractice.com
A nebulização com corticosteroides foi usada com relativo sucesso, mas a sua utilidade nas exacerbações agudas da DPOC e sua eficácia relativa, em comparação a corticosteroides sistêmicos, ainda não está totalmente esclarecida.[131]British Thoracic Society. BTS Guideline for oxygen use in healthcare and emergency settings. Oct 2017 [internet publication].
https://www.brit-thoracic.org.uk/standards-of-care/guidelines/bts-guideline-for-emergency-oxygen-use-in-adult-patients
[175]Gaude GS, Nadagouda S. Nebulized corticosteroids in the management of acute exacerbation of COPD. Lung India. 2010 Oct;27(4):230-5.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21139721?tool=bestpractice.com
A nebulização com budesonida pode ser adequada para alguns pacientes, proporcionando desfechos clínicos similares aos da metilprednisolona intravenosa, embora os custos locais e a disponibilidade possam variar.[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
[176]Ding Z, Li X, Lu Y, et al. A randomized, controlled multicentric study of inhaled budesonide and intravenous methylprednisolone in the treatment on acute exacerbation of chronic obstructive pulmonary disease. Respir Med. 2016 Dec;121:39-47.
https://www.doi.org/10.1016/j.rmed.2016.10.013
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27888990?tool=bestpractice.com
Os corticosteroides podem gerar risco de desenvolvimento e/ou agravamento da traqueobroncomalácia, o que pode mimetizar exacerbações da DPOC.[177]Husta BC, Raoof S, Erzurum S, et al. Tracheobronchopathy from inhaled corticosteroids. Chest. 2017 Dec;152(6):1296-1305.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6026226
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28864055?tool=bestpractice.com
Técnicas de desobstrução das vias aéreas
Técnicas selecionadas de desobstrução das vias aéreas, como vibração mecânica e dispositivos de pressão positiva expiratória não oscilatória, podem melhorar a eliminação da expectoração em alguns pacientes com secreções abundantes ou bronquiectasia concomitante e podem reduzir levemente o risco da necessidade de assistência ventilatória em curto prazo.[178]Osadnik CR, McDonald CF, Jones AP, et al. Airway clearance techniques for chronic obstructive pulmonary disease. Cochrane Database Syst Rev. 2012 Mar 14;(3):CD008328.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD008328.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22419331?tool=bestpractice.com
[ ]
What is the impact of airway clearance techniques when treating acute exacerbations of COPD?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.248/fullMostre-me a resposta No entanto, não são uniformemente úteis.[179]Osadnik CR, McDonald CF, Miller BR, et al. The effect of positive expiratory pressure (PEP) therapy on symptoms, quality of life and incidence of re-exacerbation in patients with acute exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease: a multicentre, randomised controlled trial. Thorax. 2014 Feb;69(2):137-43.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24005444?tool=bestpractice.com
Outras técnicas de desobstrução, como a percussão da parede torácica, não são úteis rotineiramente, e podem apresentar efeitos prejudiciais.[180]Tang CY, Taylor NF, Blackstock FC. Chest physiotherapy for patients admitted to hospital with an acute exacerbation of chronic obstructive pulmonary disease (COPD): a systematic review. Physiotherapy. 2010 Mar;96(1):1-13.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20113757?tool=bestpractice.com
[181]Hill K, Patman S, Brooks D. Effect of airway clearance techniques in patients experiencing an acute exacerbation of chronic obstructive pulmonary disease: a systematic review. Chron Respir Dis. 2010 Oct 9;7(1):9-17.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19819912?tool=bestpractice.com
[182]Cross J, Elender F, Barton G, et al. A randomised controlled equivalence trial to determine the effectiveness and cost-utility of manual chest physiotherapy techniques in the management of exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease (MATREX). Health Technol Assess. 2010 May;14(23):1-147, iii-iv.
https://www.journalslibrary.nihr.ac.uk/hta/hta14230/#/full-report
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20487638?tool=bestpractice.com
Ainda não há benefícios comprovados das técnicas de desobstrução das vias aéreas em desfechos de longo prazo após exacerbações da DPOC, como redução de riscos de exacerbações subsequentes.[178]Osadnik CR, McDonald CF, Jones AP, et al. Airway clearance techniques for chronic obstructive pulmonary disease. Cochrane Database Syst Rev. 2012 Mar 14;(3):CD008328.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD008328.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22419331?tool=bestpractice.com
[ ]
What is the impact of airway clearance techniques when treating acute exacerbations of COPD?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.248/fullMostre-me a resposta
Oxigênio
A oxigenoterapia é recomendada para todos os pacientes com exacerbações agudas que estejam hipóxicos (PaO2 <60 mmHg, saturação de oxigênio <90%). O oxigênio deve ser aplicado com precaução para prevenir hipercapnias adicionais. A gasometria arterial e a oximetria de pulso devem ser verificadas na apresentação e, em seguida, após 30 a 60 minutos, para garantir uma oxigenação satisfatória e verificar a retenção de dióxido de carbono e/ou a acidose respiratória.[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
[131]British Thoracic Society. BTS Guideline for oxygen use in healthcare and emergency settings. Oct 2017 [internet publication].
https://www.brit-thoracic.org.uk/standards-of-care/guidelines/bts-guideline-for-emergency-oxygen-use-in-adult-patients
O oxigênio controlado deve ser ajustado a uma meta de saturação de 88% a 92%, pois os pacientes de DPOC são considerados em risco de insuficiência respiratória hipercárbica (tipo 2).[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
[131]British Thoracic Society. BTS Guideline for oxygen use in healthcare and emergency settings. Oct 2017 [internet publication].
https://www.brit-thoracic.org.uk/standards-of-care/guidelines/bts-guideline-for-emergency-oxygen-use-in-adult-patients
A titulação cautelosa do oxigênio suplementar, até mesmo no ambiente pré-hospitalar (por exemplo, no caminho para o hospital), é importante para evitar a piora da acidose respiratória, que pode impactar a mortalidade.[183]Austin MA, Wills KE, Blizzard L, et al. Effect of high flow oxygen on mortality in chronic obstructive pulmonary disease patients in prehospital setting: randomised controlled trial. BMJ. 2010 Oct 18;341:c5462.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2957540
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20959284?tool=bestpractice.com
O oxigênio é mais bem administrado de forma controlada via máscara de Venturi de alto fluxo para fornecer de oxigênio a 24% a 28%.[131]British Thoracic Society. BTS Guideline for oxygen use in healthcare and emergency settings. Oct 2017 [internet publication].
https://www.brit-thoracic.org.uk/standards-of-care/guidelines/bts-guideline-for-emergency-oxygen-use-in-adult-patients
A oxigenoterapia em excesso pode levar à piora da hipercapnia, à acidose e à insuficiência respiratória devido à piora do desequilíbrio da relação V/Q e à diminuição da capacidade de transporte de CO2 dos eritrócitos oxigenados (efeito Haldane). Por essa razão, o fornecimento de oxigênio via máscara de Venturi de alto fluxo é mais favorável que as sondas nasais, já que estas são menos precisas e fornecem concentrações mais altas de oxigênio inspirado.[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
[184]Agusti AG, Carrera M, Barbe F, et al. Oxygen therapy during exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease. Eur Respir J. 1999 Oct;14(4):934-9.
https://erj.ersjournals.com/content/erj/14/4/934.full.pdf
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10573245?tool=bestpractice.com
A terapia com oxigênio em sistema de alto fluxo pode ser uma alternativa à oxigenoterapia padrão ou à ventilação mecânica não invasiva em pacientes com insuficiência respiratória hipoxêmica aguda.[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
O oxigênio em sistema de alto fluxo envolve o fornecimento de oxigênio aquecido e umidificado em até 60 L/min para adultos por meio de uma cânula nasal especial.[185]Roca O, Hernández G, Díaz-Lobato S, et al. Current evidence for the effectiveness of heated and humidified high flow nasal cannula supportive therapy in adult patients with respiratory failure. Crit Care. 2016 Apr 28;20(1):109.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4848798
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27121707?tool=bestpractice.com
No entanto, no momento não há evidências suficientes para recomendar o uso de oxigênio em sistema de alto fluxo em casos de insuficiência respiratória hipercárbica/hipoxêmica aguda em pacientes com DPOC.[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
A oxigenoterapia pode ser descontinuada quando o paciente for capaz de manter sua meta de saturação de oxigênio em ar ambiente.[131]British Thoracic Society. BTS Guideline for oxygen use in healthcare and emergency settings. Oct 2017 [internet publication].
https://www.brit-thoracic.org.uk/standards-of-care/guidelines/bts-guideline-for-emergency-oxygen-use-in-adult-patients
A saturação de oxigênio deve ser verificada em repouso, com esforço físico e durante o sono (se possível), antes de dar alta a pacientes hospitalizados, para determinar se haverá necessidade de oxigênio suplementar em ambiente domiciliar ou de alterações na prescrição prévia de oxigênio.
Outros medicamentos
Não há evidências suficientes para dar suporte ao uso de magnésio, teofilina, aminofilina ou mucolíticos para o tratamento da exacerbação aguda da DPOC.[152]Stevermer JJ, Fisher L, Lin KW, et al. Pharmacologic Management of COPD Exacerbations: A Clinical Practice Guideline from the AAFP. Am Fam Physician. 2021 Jul 1;104(1):Online.
https://www.aafp.org/pubs/afp/issues/2021/0700/od1.html
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34264593?tool=bestpractice.com
[186]Dobler CC, Morrow AS, Beuschel B, et al. Pharmacologic therapies in patients with exacerbation of chronic obstructive pulmonary disease: a systematic review with meta-analysis. Ann Intern Med. 2020 Mar 17;172(6):413-22.
https://www.acpjournals.org/doi/full/10.7326/M19-3007?rfr_dat=cr_pub++0pubmed&url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori%3Arid%3Acrossref.org
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32092762?tool=bestpractice.com
Embora medicamentos pertencentes à classe das metilxantinas (como teofilina ou aminofilina) possam proporcionar benefícios sintomáticos a algumas pessoas com DPOC, esta classe de medicamentos tem uma janela terapêutica estreita e não parece ter um papel para uso em pacientes com exacerbações agudas da DPOC.[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
[152]Stevermer JJ, Fisher L, Lin KW, et al. Pharmacologic Management of COPD Exacerbations: A Clinical Practice Guideline from the AAFP. Am Fam Physician. 2021 Jul 1;104(1):Online.
https://www.aafp.org/pubs/afp/issues/2021/0700/od1.html
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34264593?tool=bestpractice.com
[187]Ram FS. Use of theophylline in chronic obstructive pulmonary disease: examining the evidence. Curr Opin Pulm Med. 2006 Mar;12(2):132-9.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16456383?tool=bestpractice.com
[188]Zhou Y, Wang X, Zeng X, et al. Positive benefits of theophylline in a randomized, double-blind, parallel-group, placebo-controlled study of low-dose, slow-release theophylline in the treatment of COPD for 1 year. Respirology. 2006 Sep;11(5):603-10.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16916334?tool=bestpractice.com
[189]Barr RG, Rowe BH, Camargo CA, Jr. Methylxanthines for exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease: meta-analysis of randomised trials. BMJ. 2003 Sep 20;327(7416):643.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC196388
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14500434?tool=bestpractice.com
[190]Jenkins CR, Wen FQ, Martin A, et al. The effect of low-dose corticosteroids and theophylline on the risk of acute exacerbations of COPD: the TASCS randomised controlled trial. Eur Respir J. 2021 Jun;57(6):2003338.
https://www.doi.org/10.1183/13993003.03338-2020
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33334939?tool=bestpractice.com
O uso de mucolíticos, expectorantes e/ou de técnicas físicas de remoção do muco não parece fornecer qualquer benefício comprovado durante as exacerbações, embora alguns pacientes possam sentir alívio sintomático.[152]Stevermer JJ, Fisher L, Lin KW, et al. Pharmacologic Management of COPD Exacerbations: A Clinical Practice Guideline from the AAFP. Am Fam Physician. 2021 Jul 1;104(1):Online.
https://www.aafp.org/pubs/afp/issues/2021/0700/od1.html
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34264593?tool=bestpractice.com
[179]Osadnik CR, McDonald CF, Miller BR, et al. The effect of positive expiratory pressure (PEP) therapy on symptoms, quality of life and incidence of re-exacerbation in patients with acute exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease: a multicentre, randomised controlled trial. Thorax. 2014 Feb;69(2):137-43.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24005444?tool=bestpractice.com
[191]Bach PB, Brown C, Gelfand SE, et al. Management of acute exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease: a summary and appraisal of published evidence. Ann Intern Med. 2001 Apr 3;134(7):600-20.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11281745?tool=bestpractice.com
Exacerbações com suspeita de etiologia bacteriana
O papel dos antibióticos nas exacerbações da DPOC permanece controverso, pois as exacerbações são desencadeadas principalmente por infecções respiratórias virais. No entanto, acredita-se também que as interações entre fatores do hospedeiro, bactérias, vírus e alterações na qualidade do ar causem ou contribuam para as exacerbações.[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
[74]White AJ, Gompertz S, Stockley RA. Chronic obstructive pulmonary disease. 6: The aetiology of exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease. Thorax. 2003 Jan;58(1):73-80.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1746462
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12511727?tool=bestpractice.com
Vários ensaios clínicos randomizados e controlados por placebo mostraram que antibióticos são benéficos ao tratamento de pacientes com exacerbações agudas da DPOC.[80]Anthonisen NR, Manfreda J, Warren CP, et al. Antibiotic therapy in exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease. Ann Intern Med. 1987 Feb;106(2):196-204.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3492164?tool=bestpractice.com
[192]Saint S, Bent S, Vittinghoff E, et al. Antibiotics in chronic obstructive pulmonary disease exacerbations. A meta-analysis. JAMA. 1995 Mar 22-29;273(12):957-60.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7884956?tool=bestpractice.com
[193]Llor C, Moragas A, Hernández S, et al. Efficacy of antibiotic therapy for acute exacerbations of mild to moderate chronic obstructive pulmonary disease. Am J Respir Crit Care Med. 2012 Oct 15;186(8):716-23.
https://www.atsjournals.org/doi/full/10.1164/rccm.201206-0996OC#.Up5bqNLdfSk
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22923662?tool=bestpractice.com
No entanto, uma revisão Cochrane atualizada concluiu que os efeitos dos antibióticos para pacientes não internados na UTI são pequenos, são inconsistentes para alguns desfechos (fracasso do tratamento) e são ausentes para outros desfechos (mortalidade e tempo de permanência no hospital).[194]Vollenweider DJ, Frei A, Steurer-Stey CA, et al. Antibiotics for exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease. Cochrane Database Syst Rev. 2018 Oct 29;10(10):CD010257.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6517133
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30371937?tool=bestpractice.com
Quando essa revisão Cochrane restringiu sua análise a quatro estudos que avaliaram os antibióticos usados atualmente em pacientes hospitalizados, mas não na UTI, foi constatado um efeito benéfico em termos de fracasso do tratamento, mas não foi estatisticamente significativo (razão de risco 0.65, IC de 95% 0.38 a 1.12).[194]Vollenweider DJ, Frei A, Steurer-Stey CA, et al. Antibiotics for exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease. Cochrane Database Syst Rev. 2018 Oct 29;10(10):CD010257.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6517133
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30371937?tool=bestpractice.com
Para pacientes ambulatoriais, os antibióticos usados atualmente reduziram de maneira estatisticamente significativa o risco de fracasso do tratamento (razão de risco 0.72, IC de 95% 0.56 a 0.94).[194]Vollenweider DJ, Frei A, Steurer-Stey CA, et al. Antibiotics for exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease. Cochrane Database Syst Rev. 2018 Oct 29;10(10):CD010257.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6517133
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30371937?tool=bestpractice.com
A GOLD recomenda antibióticos para pacientes com exacerbação aguda da DPOC e:[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
A GOLD também recomenda que devem ser administrados antibióticos aos pacientes com exacerbações graves que precisem de ventilação assistida (invasiva ou não invasiva).[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
Foi demonstrado que pacientes com exacerbações mais intensas, especialmente aqueles que requerem tratamento na UTI, obtêm maior benefício da antibioticoterapia.[80]Anthonisen NR, Manfreda J, Warren CP, et al. Antibiotic therapy in exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease. Ann Intern Med. 1987 Feb;106(2):196-204.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3492164?tool=bestpractice.com
[194]Vollenweider DJ, Frei A, Steurer-Stey CA, et al. Antibiotics for exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease. Cochrane Database Syst Rev. 2018 Oct 29;10(10):CD010257.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6517133
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30371937?tool=bestpractice.com
[ ]
How do antibiotics compare with placebo in people admitted to hospital or to the intensive care unit with exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.2363/fullMostre-me a resposta
No entanto, as diretrizes da AAFP recomendam antibióticos para todos os pacientes com exacerbação aguda da DPOC.[152]Stevermer JJ, Fisher L, Lin KW, et al. Pharmacologic Management of COPD Exacerbations: A Clinical Practice Guideline from the AAFP. Am Fam Physician. 2021 Jul 1;104(1):Online.
https://www.aafp.org/pubs/afp/issues/2021/0700/od1.html
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34264593?tool=bestpractice.com
Alguns pacientes com DPOC podem manter antibióticos em casa para uso em caso de exacerbação, como parte do seu plano de autocuidados.[150]National Institute for Health and Care Excellence. Chronic obstructive pulmonary disease (acute exacerbation): antimicrobial prescribing. 2018 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng114
Os pacientes que recebem antibióticos apresentam aumento do risco de diarreia associada ao antibiótico, comparados com placebo, embora a diferença não seja estatisticamente significativa.[194]Vollenweider DJ, Frei A, Steurer-Stey CA, et al. Antibiotics for exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease. Cochrane Database Syst Rev. 2018 Oct 29;10(10):CD010257.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6517133
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30371937?tool=bestpractice.com
[ ]
How do antibiotics compare with placebo in people admitted to hospital or to the intensive care unit with exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.2363/fullMostre-me a resposta
A escolha do antibiótico e a duração da terapia são problemas não resolvidos, mas em geral deve-se tomar como base os padrões de resistência locais e a história e preferências do paciente, incluindo resultados de culturas prévias do paciente.[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
[152]Stevermer JJ, Fisher L, Lin KW, et al. Pharmacologic Management of COPD Exacerbations: A Clinical Practice Guideline from the AAFP. Am Fam Physician. 2021 Jul 1;104(1):Online.
https://www.aafp.org/pubs/afp/issues/2021/0700/od1.html
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34264593?tool=bestpractice.com
[153]Veterans Affairs/Department of Defense. VA/DoD clinical practice guideline for the management of chronic obstructive pulmonary disease. Apr 2021 [internet publication].
https://www.healthquality.va.gov/guidelines/CD/copd
Os patógenos bacterianos mais comuns incluem: Haemophilus influenzae, Streptococcus pneumoniae e Moraxella catarrhalis.[35]Sapey E, Stockley RA. COPD exacerbations.2: aetiology. Thorax. 2006 Mar;61(3):250-8.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2080749
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16517585?tool=bestpractice.com
[40]Woodhead M, Blasi F, Ewig S, et al. Guidelines for the management of adult lower respiratory tract infections - full version. Clini Microbiol Infect. 2011 Nov;17(Suppl 6):E1-59.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7128977
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21951385?tool=bestpractice.com
Foi demonstrado que ciclos curtos de antibióticos (por exemplo, 5 dias) são tão eficazes quanto ciclos mais longos (por exemplo, >5 dias) para pacientes com exacerbações leves a moderadas da DPOC.[195]El Moussaoui R, Roede BM, Speelman P, et al. Short-course antibiotic treatment in acute exacerbations of chronic bronchitis and COPD: a meta-analysis of double-blind studies. Thorax. 2008 May;63(5):415-22.
http://thorax.bmj.com/content/63/5/415.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18234905?tool=bestpractice.com
[196]Falagas ME, Avgeri SG, Matthaiou DK, et al. Short- versus long-duration antimicrobial treatment for exacerbations of chronic bronchitis: a meta-analysis. J Antimicrob Chemother. 2008 Sep;62(3):442-50.
https://jac.oxfordjournals.org/cgi/content/full/62/3/442
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18467303?tool=bestpractice.com
[197]Stolbrink M, Amiry J, Blakey JD. Does antibiotic treatment duration affect the outcomes of exacerbations of asthma and COPD? A systematic review. Chron Respir Dis. 2018 Aug;15(3):225-40.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6100164
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29232988?tool=bestpractice.com
Quando indicado, a GOLD recomenda que a antibioticoterapia dure de 5 a 7 dias, mas as diretrizes locais devem ser consultadas.[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
Orientações mais recentes do American College of Physicians recomendam limitar o tratamento com antibióticos a 5 dias nos pacientes com exacerbações de DPOC e bronquite aguda não complicada que apresentem sinais clínicos de alguma infecção bacteriana.[198]Lee RA, Centor RM, Humphrey LL, et al. Appropriate use of short-course antibiotics in common infections: best practice advice from the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2021 Apr 6 [Epub ahead of print].
https://www.acpjournals.org/doi/10.7326/M20-7355
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33819054?tool=bestpractice.com
Se possível, os antibióticos orais devem ser administrados em primeira linha, e se a gravidade da exacerbação não exigir antibióticos intravenosos.[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
[150]National Institute for Health and Care Excellence. Chronic obstructive pulmonary disease (acute exacerbation): antimicrobial prescribing. 2018 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng114
Se a dispneia do paciente e/ou a purulência do escarro melhorar, isso sugere que o antibiótico é eficaz.[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
As diretrizes do National Institute for Health and Care Excellence (NICE) recomendam que, se forem administrados antibióticos intravenosos, eles devem ser revisados em até 48 horas e alterados para antibióticos orais, se possível.[150]National Institute for Health and Care Excellence. Chronic obstructive pulmonary disease (acute exacerbation): antimicrobial prescribing. 2018 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng114
Deve-se considerar uma bactéria resistente ao antibiótico e uma amostra de escarro enviada para microscopia, cultura e coloração de Gram caso os sintomas não tenham melhorado após o tratamento com antibióticos e caso esses testes ainda não tenham sido feitos.[150]National Institute for Health and Care Excellence. Chronic obstructive pulmonary disease (acute exacerbation): antimicrobial prescribing. 2018 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng114
Foi recomendado que mais antibióticos de pequeno espectro (por exemplo, amoxicilina, amoxicilina/ácido clavulânico, azitromicina, doxiciclina, cefalosporinas de segunda geração, sulfametoxazol/trimetoprima) sejam considerados para pacientes com menos risco de um desfecho insatisfatório e com uma exacerbação de gravidade menor.[153]Veterans Affairs/Department of Defense. VA/DoD clinical practice guideline for the management of chronic obstructive pulmonary disease. Apr 2021 [internet publication].
https://www.healthquality.va.gov/guidelines/CD/copd
A gravidade depende do estado prévio do paciente e da ocorrência de alterações em relação à investigação inicial prévia (baseada nos sintomas, nos exames, na função pulmonar e na gasometria arterial).
Pacientes com DPOC subjacente mais grave e aqueles com exacerbação mais intensa são mais frequentemente colonizados por bactérias gram negativas como Pseudomonas aeruginosa ou por outros organismos gram negativos entéricos e/ou por Staphylococcus aureus (inclusive o Staphylococcus aureus resistente à meticilina).[40]Woodhead M, Blasi F, Ewig S, et al. Guidelines for the management of adult lower respiratory tract infections - full version. Clini Microbiol Infect. 2011 Nov;17(Suppl 6):E1-59.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7128977
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21951385?tool=bestpractice.com
[78]Caramori G, Adcock IM, Papi A. Clinical definition of COPD exacerbations and classification of their severity. South Med J. 2009 Mar;102(3):277-82.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19204646?tool=bestpractice.com
Portanto, antibióticos de amplo espectro como ampicilina/sulbactam, piperacilina/tazobactam, vancomicina e fluoroquinolonas são considerados para pacientes com risco maior de um desfecho desfavorável, ou com um episódio de maior gravidade.[78]Caramori G, Adcock IM, Papi A. Clinical definition of COPD exacerbations and classification of their severity. South Med J. 2009 Mar;102(3):277-82.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19204646?tool=bestpractice.com
[153]Veterans Affairs/Department of Defense. VA/DoD clinical practice guideline for the management of chronic obstructive pulmonary disease. Apr 2021 [internet publication].
https://www.healthquality.va.gov/guidelines/CD/copd
Agentes com atividade contra Pseudomonas aeruginosa também são indicados para pessoas em risco de apresentarem essa infecção.[40]Woodhead M, Blasi F, Ewig S, et al. Guidelines for the management of adult lower respiratory tract infections - full version. Clini Microbiol Infect. 2011 Nov;17(Suppl 6):E1-59.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7128977
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21951385?tool=bestpractice.com
A escolha do antibiótico também deve ser feita em parte com base em padrões locais de resistência bacteriana.
Culturas de escarro ou aspirados endotraqueais (em pacientes intubados) são recomendados para a avaliação de infecção bacteriana em pacientes com comprometimento grave da função pulmonar, aqueles com história de exacerbações frequentes e/ou em pacientes hospitalizados com exacerbações da DPOC ou que requerem ventilação mecânica, pois bactérias gram negativas (como espécies de Pseudomonas) ou patógenos resistentes podem estar presentes.[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
[40]Woodhead M, Blasi F, Ewig S, et al. Guidelines for the management of adult lower respiratory tract infections - full version. Clini Microbiol Infect. 2011 Nov;17(Suppl 6):E1-59.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7128977
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21951385?tool=bestpractice.com
Também deve-se considerar a obtenção de uma cultura de escarro nos pacientes com bronquiectasia e suspeita de exacerbação infecciosa como característica da DPOC.
Os fatores de risco para um desfecho desfavorável incluem história recente de uso de antibióticos, DPOC inicial mais grave, necessidade de internação hospitalar, fracasso do tratamento, resistência prévia a antibióticos ou fatores de risco para infecções associadas aos cuidados com a saúde. Pacientes em estado crítico na UTI também apresentam maior risco.[78]Caramori G, Adcock IM, Papi A. Clinical definition of COPD exacerbations and classification of their severity. South Med J. 2009 Mar;102(3):277-82.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19204646?tool=bestpractice.com
O uso de músculos acessórios da respiração, respirações paradoxais, cianose, edema periférico de início recente, instabilidade hemodinâmica e piora do estado mental (por exemplo, confusão, letargia, coma) são indicadores importantes de exacerbação mais grave.[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
Também pode ser necessária a orientação de um especialista, caso os sintomas não melhorem após ciclos repetidos de antibióticos, ou com uma infecção bacteriana resistente a antibióticos orais, ou para pacientes que não podem tomar medicamentos por via oral.[150]National Institute for Health and Care Excellence. Chronic obstructive pulmonary disease (acute exacerbation): antimicrobial prescribing. 2018 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng114
Estudos demonstraram que o uso de fluoroquinolonas respiratórias, amoxicilina/ácido clavulânico, cefalosporinas de segunda ou terceira geração ou macrolídeos pode estar associado a menos falhas terapêuticas ou exacerbações recorrentes.[199]Wilson R, Allegra L, Huchon G, et al. Short-term and long-term outcomes of moxifloxacin compared to standard antibiotic treatment in acute exacerbations of chronic bronchitis. Chest. 2004 Mar;125(3):953-64.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15006954?tool=bestpractice.com
[200]Wilson R, Schentag JJ, Ball P, et al. A comparison of gemifloxacin and clarithromycin in acute exacerbations of chronic bronchitis and long-term clinical outcomes. Clin Ther. 2002 Apr;24(4):639-52.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12017408?tool=bestpractice.com
[201]Wilson R, Jones P, Schaberg T, et al. Antibiotic treatment and factors influencing short and long term outcomes of acute exacerbations of chronic bronchitis. Thorax. 2006 Apr;61(4):337-42.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16449273?tool=bestpractice.com
[202]Grossman RF, Ambrusz ME, Fisher AC, et al. Levofloxacin 750 mg QD for five days versus amoxicillin/clavulanate 875 mg/125 mg BID for ten days for treatment of acute bacterial exacerbation of chronic bronchitis: a post hoc analysis of data from severely ill patients. Clin Ther. 2006 Aug;28(8):1175-80.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16982294?tool=bestpractice.com
[203]Siempos II, Dimopoulos G, Korbila IP, et al. Macrolides, quinolones and amoxicillin/clavulanate for chronic bronchitis: a meta-analysis. Eur Respir J. 2007 Jun;29(6):1127-37.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17301097?tool=bestpractice.com
[204]Dimopoulos G, Siempos, II, Korbila IP, et al. Comparison of first-line with second-line antibiotics for acute exacerbations of chronic bronchitis: a meta-analysis of randomized controlled trials. Chest. 2007 Aug;132(2):447-55.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17573508?tool=bestpractice.com
Uma metanálise de ensaios clínicos randomizados e controlados constatou que não houve diferenças entre pacientes com exacerbação aguda da bronquite crônica que receberam penicilinas semissintéticas (por exemplo, amoxicilina, ampicilina) e aqueles que receberam esquemas baseados em trimetoprima (por exemplo, trimetoprima, sulfametoxazol/trimetoprima), em termos de sucesso do tratamento e número de eventos adversos relacionados ao medicamento no geral.[205]Korbila IP, Manta KG, Siempos II, et al. Penicillins vs trimethoprim-based regimens for acute bacterial exacerbations of chronic bronchitis: meta-analysis of randomized controlled trials. Can Fam Physician. 2009 Jan;55(1):60-7.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2628840
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19155372?tool=bestpractice.com
Um ensaio clínico randomizado e controlado mostrou que três meses de azitromicina para uma exacerbação infecciosa da DPOC que requer hospitalização pode reduzir o fracasso do tratamento durante o período de maior risco.[206]Vermeersch K, Gabrovska M, Aumann J, et al. Azithromycin during acute chronic obstructive pulmonary disease exacerbations requiring hospitalization (BACE). A multicenter, randomized, double-blind, placebo-controlled trial. Am J Respir Crit Care Med. 2019 Oct 1;200(7):857-868.
https://www.atsjournals.org/doi/10.1164/rccm.201901-0094OC?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31046405?tool=bestpractice.com
Em novembro de 2018, a European Medicines Agency (EMA) concluiu uma revisão dos efeitos adversos graves, incapacitantes e potencialmente irreversíveis associados aos antibióticos fluoroquinolonas sistêmicos e por via inalatória. Entre os efeitos adversos estão tendinite, ruptura de tendão, artralgia, neuropatias e outros efeitos sobre os sistemas musculoesquelético ou nervoso. Em consequência desta revisão, a EMA agora recomenda restringir o uso dos antibióticos fluoroquinolonas somente a casos de infecção bacteriana grave e com risco de vida. Além disso, ela recomenda que as fluoroquinolonas não sejam usadas para infecções leves a moderadas, a menos que outros antibióticos adequados à infecção específica não possam ser usados; e que também não sejam usadas para tratar infeções não graves, não bacterianas ou autolimitadas. Pacientes mais idosos e os que apresentam comprometimento renal ou que sofreram transplante de órgãos sólidos e aqueles tratados com corticosteroides têm maior risco de danos a tendões. Se possível, deve-se evitar a coadministração de uma fluoroquinolona e um corticosteroide.[207]European Medicines Agency. Quinolone- and fluoroquinolone-containing medicinal products. Mar 2019 [internet publication].
https://www.ema.europa.eu/en/medicines/human/referrals/quinolone-fluoroquinolone-containing-medicinal-products
A Medicines and Healthcare Products Regulatory Agency (MHRA) do Reino Unido respalda estas recomendações.[208]Medicines and Healthcare products Regulatory Agency. Fluoroquinolone antibiotics: new restrictions and precautions for use due to very rare reports of disabling and potentially long-lasting or irreversible side effects. Mar 2019 [internet publication].
https://www.gov.uk/drug-safety-update/fluoroquinolone-antibiotics-new-restrictions-and-precautions-for-use-due-to-very-rare-reports-of-disabling-and-potentially-long-lasting-or-irreversible-side-effects
A Food and Drug Administration (FDA) dos EUA emitiu uma comunicação de segurança semelhante em 2016, restringindo o uso de fluoroquinolonas em casos de sinusite aguda, bronquite aguda e infecções do trato urinário não complicadas.[209]FDA Drug Safety Communication: FDA advises restricting fluoroquinolone antibiotic use for certain uncomplicated infections; warns about disabling side effects that can occur together. Dec 2016 [internet publication].
https://www.fda.gov/drugs/drug-safety-and-availability/fda-drug-safety-communication-fda-advises-restricting-fluoroquinolone-antibiotic-use-certain
Além dessas restrições, a FDA emitiu avisos sobre o aumento do risco de dissecção de aorta, hipoglicemia significativa e efeitos adversos para a saúde mental em pacientes que tomam fluoroquinolonas.[210]US Food and Drug Administration. FDA Drug Safety Communication. FDA warns about increased risk of ruptures or tears in the aorta blood vessel with fluoroquinolone antibiotics in certain patients. Dec 2018 [internet publication].
https://www.fda.gov/drugs/drug-safety-and-availability/fda-warns-about-increased-risk-ruptures-or-tears-aorta-blood-vessel-fluoroquinolone-antibiotics
[211]US Food and Drug Administration. FDA Drug Safety Communication. FDA reinforces safety information about serious low blood sugar levels and mental health side effects with fluoroquinolone antibiotics; requires label changes. Jul 2018 [internet publication].
https://www.fda.gov/drugs/drug-safety-and-availability/fda-reinforces-safety-information-about-serious-low-blood-sugar-levels-and-mental-health-side
Assim, as fluoroquinolonas devem ser usadas apenas quando não for adequado ou quando não for possível o uso de outros agentes antibacterianos que sejam comumente recomendados para o tratamento dessas infecções.
Não há no momento evidências suficientes para guiar o uso de antibióticos com base em níveis de procalcitonina sérica em pacientes com DPOC.[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
Importante: o uso de antibiótico orientado por procalcitonina não é recomendado para exacerbações da DPOC na UTI, pois foi associado ao aumento da mortalidade.[122]Daubin C, Valette X, Thiollière F, et al. Procalcitonin algorithm to guide initial antibiotic therapy in acute exacerbations of COPD admitted to the ICU: a randomized multicenter study. Intensive Care Med. 2018 Apr;44(4):428-37.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5924665
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29663044?tool=bestpractice.com
A proteína C-reativa também está sendo investigada como potencial biomarcador para orientar o uso de antibióticos durante exacerbações da DPOC. A decisão de não prescrever antibióticos, com base em níveis baixos de proteína C-reativa no local de atendimento, foi associada à redução de prescrição de antibióticos sem desfechos clínicos piores.[118]Prins HJ, Duijkers R, van der Valk P, et al. CRP-guided antibiotic treatment in acute exacerbations of COPD in hospital admissions. Eur Respir J. 2019 May 23;53(5):1802014.
https://erj.ersjournals.com/content/53/5/1802014.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30880285?tool=bestpractice.com
[119]Butler CC, Gillespie D, White P, et al. C-Reactive protein testing to guide antibiotic prescribing for COPD exacerbations. N Engl J Med. 2019 Jul 11;381(2):111-20.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1803185?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31291514?tool=bestpractice.com
[120]Francis NA, Gillespie D, White P, et al. C-reactive protein point-of-care testing for safely reducing antibiotics for acute exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease: the PACE RCT. Health Technol Assess. 2020 Mar;24(15):1-108.
https://www.journalslibrary.nihr.ac.uk/hta/hta24150#/s1
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32202490?tool=bestpractice.com
Suporte ventilatório
A insuficiência respiratória geralmente é observada em pacientes com exacerbações agudas graves da DPOC. Pacientes com exacerbações graves que parecem não responder de forma suficiente às intervenções iniciais devem ser considerados para ventilação mecânica não invasiva (VNI). Foi demonstrado que o uso de ventilação não invasiva (VNI) melhora a troca gasosa, reduz a dispneia, diminui a necessidade de intubação endotraqueal, reduz complicações como pneumonia e diminui a duração da hospitalização e a mortalidade nesses pacientes.[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
[115]Quon BS, Gan WQ, Sin DD, et al. Contemporary management of acute exacerbations of COPD: a systematic review and metaanalysis. Chest 2008 Mar;133(3):756-66.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18321904?tool=bestpractice.com
[212]Osadnik CR, Tee VS, Carson-Chahhoud KV, et al. Non-invasive ventilation for the management of acute hypercapnic respiratory failure due to exacerbation of chronic obstructive pulmonary disease. Cochrane Database Syst Rev. 2017 Jul 13;(7):CD004104.
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD004104.pub4/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28702957?tool=bestpractice.com
[213]Keenan SP, Sinuff T, Burns KE, et al. Clinical practice guidelines for the use of noninvasive positive-pressure ventilation and noninvasive continuous positive airway pressure in the acute care setting. CMAJ. 2011 Feb 22;183(3):E195-214.
http://www.cmaj.ca/cgi/content/full/183/3/E195
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21324867?tool=bestpractice.com
[214]Barreiro TJ, Gemmel DJ. Noninvasive ventilation. Crit Care Clin. 2007 Apr;23(2):201-22, ix.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17368166?tool=bestpractice.com
[215]Roberts CM, Brown JL, Reinhardt AK, et al. Non-invasive ventilation in chronic obstructive pulmonary disease: management of acute type 2 respiratory failure. Clin Med. 2008 Oct;8(5):517-21.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18975486?tool=bestpractice.com
[216]Smith TA, Davidson PM, Lam LT, et al. The use of non-invasive ventilation for the relief of dyspnoea in exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease; a systematic review. Respirology. 2012 Feb;17(2):300-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22008176?tool=bestpractice.com
[ ]
How does non-invasive ventilation compare with usual care in people with acute hypercapnic respiratory failure due to exacerbation of chronic obstructive pulmonary disease?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1820/fullMostre-me a resposta[Evidência B]410bc69a-bc64-4964-91f0-9d91f8325c57ccaBComo a ventilação não invasiva (VNI) se compara aos cuidados habituais em pessoas com insuficiência respiratória hipercápnica aguda devida a exacerbação de doença pulmonar obstrutiva crônica? Quando possível, a VNI deve ser usada em vez da ventilação mecânica invasiva para a insuficiência respiratória associada a exacerbação da DPOC.
A VNI deve ser considerada para pacientes com um ou mais dos seguintes sintomas:[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
Acidose respiratória (pressão parcial de dióxido de carbono [PaCO2] ≥6.0 kPa ou 45 mmHg e pH arterial ≤7.35)
Dispneia grave, com sinais sugestivos de fadiga dos músculos respiratórios, ou aumento do esforço ou da respiração ou ambos, tais como uso de músculos acessórios respiratórios, movimento paradoxal do abdome ou retração dos espaços intercostais
Hipoxemia persistente durante o oxigênio suplementar.
Geralmente há melhora nos níveis de dispneia e no estado fisiológico do paciente dentro de 1 a 4 horas.[217]Anton A, Guell R, Gomez J, et al. Predicting the result of noninvasive ventilation in severe acute exacerbations of patients with chronic airflow limitation. Chest. 2000 Mar;117(3):828-33.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10713013?tool=bestpractice.com
O relatório da GOLD recomenda a interrupção da VNI se o paciente apresentar melhora e conseguir respirar sem ajuda por pelo menos 4 horas.[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
No entanto, a VNI não é bem-sucedida para todos os pacientes. Os médicos devem discutir os riscos e benefícios da ventilação mecânica invasiva com pacientes que estão recebendo VNI para determinar o ciclo desejado do tratamento.
A ventilação mecânica invasiva deve ser considerada para pacientes que apresentem parada respiratória ou cardíaca completa, que estejam em insuficiência respiratória aguda ou mostrem sinais iminentes dela apesar da VNI, que apresentem estado mental comprometido ou instabilidade cardiovascular ou que apresentem alto risco de aspiração, ou ainda para aqueles cuja VNI não possa ser adequadamente realizada (por exemplo, trauma craniofacial, cirurgia gastroesofágica recente, secreções abundantes, transtorno de ansiedade, desconforto facial ou lesão cutânea grave).[218]Koh Y. Ventilatory management in patients with chronic airflow obstruction. Crit Care Clin. 2007 Apr;23(2):169-81.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17368164?tool=bestpractice.com
Os critérios fisiológicos para a ventilação mecânica invasiva incluem os seguintes sintomas: hipoxemia de risco de vida em pacientes que não toleram a VNI, intolerância ou falha da VNI, parada cardíaca ou respiratória, respiração irregular com arquejo ou perda de consciência, aspiração maciça ou vômitos persistentes, incapacidade de expectorar secreções respiratórias, frequência cardíaca <50 batimentos por minuto com nível de alerta reduzido, instabilidade hemodinâmica grave sem resposta a tratamento médico ou arritmias ventriculares ou supraventriculares graves.[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
[219]Chandra D, Stamm JA, Taylor B, et al. Outcomes of noninvasive ventilation for acute exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease in the United States, 1998-2008. Am J Respir Crit Care Med. 2012;185:152-159.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3297087
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22016446?tool=bestpractice.com
O risco de mortalidade é significativo (11% a 49%) para pessoas com doença grave e para as quais a ventilação mecânica invasiva é indicada.[12]Rodriguez-Roisin R. COPD exacerbations.5: management. Thorax. 2006 Jun;61(6):535-44.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16738044?tool=bestpractice.com
[220]Breen D, Churches T, Hawker F, et al. Acute respiratory failure secondary to chronic obstructive pulmonary disease treated in the intensive care unit: a long term follow up study. Thorax. 2002 Jan;57(1):29-33.
https://thorax.bmj.com/cgi/content/full/57/1/29
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11809986?tool=bestpractice.com
Complicações da ventilação mecânica incluem pneumonia e barotrauma associados à ventilação mecânica. Pode ser difícil remover os pacientes com DPOC grave da ventilação mecânica.[218]Koh Y. Ventilatory management in patients with chronic airflow obstruction. Crit Care Clin. 2007 Apr;23(2):169-81.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17368164?tool=bestpractice.com
O uso da VNI para auxiliar no desmame da ventilação mecânica pode reduzir o fracasso do desmame e a pneumonia nosocomial, e pode reduzir a mortalidade.[221]McCurdy BR. Noninvasive positive pressure ventilation for acute respiratory failure patients with chronic obstructive pulmonary disease (COPD): an evidence-based analysis. Ont Health Technol Assess Ser. 2012;12(8):1-102.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3384377
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23074436?tool=bestpractice.com
[222]Udwadia ZF, Santis GK, Steven MH, et al. Nasal ventilation to facilitate weaning in patients with chronic respiratory insufficiency. Thorax. 1992 Sep;47(9):715-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1440465?tool=bestpractice.com
Outras considerações
Dependendo da condição clínica do paciente, o seguinte também pode precisar ser abordado:[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
Monitoramento e correção do equilíbrio hídrico (por exemplo, em pacientes com insuficiência cardíaca)
Tratamento de qualquer comorbidade (por exemplo, câncer pulmonar, doença cardiovascular, osteoporose, depressão)
Tromboprofilaxia
Suplementos nutricionais
Abandono do hábito de fumar (por exemplo, terapia de reposição de nicotina).
Reabilitação pulmonar e programas de manejo da doença
Os pacientes com DPOC que apresentam exacerbações agudas da DPOC geralmente têm disfunção musculoesquelética (potencialmente decorrente de atividade física limitada), de distúrbios nutricionais, do uso de corticosteroides e/ou de fatores inflamatórios sistêmicos.[226]Man WD, Soliman MG, Nikoletou D, et al. Non-volitional assessment of skeletal muscle strength in patients with chronic obstructive pulmonary disease. Thorax. 2003 Aug;58(8):665-9.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12885979?tool=bestpractice.com
[227]Spruit MA, Gosselink R, Troosters T, et al. Muscle force during an acute exacerbation in hospitalised patients with COPD and its relationship with CXCL8 and IGF-I. Thorax. 2003 Sep;58(9):752-6.
http://thorax.bmj.com/cgi/content/full/58/9/752
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12947130?tool=bestpractice.com
Uma revisão sistemática que incluiu 13 ensaios clínicos randomizados e controlados relatou redução da mortalidade e do número de novas internações entre pacientes que tiveram reabilitação pulmonar iniciada durante a hospitalização ou até 4 semanas após a alta. Os efeitos de longo prazo sobre a mortalidade não foram estatisticamente significativos, mas as melhoras na qualidade de vida relacionada à saúde e na capacidade de exercício pareceram se manter por pelo menos 12 meses.[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
[228]Ryrsø CK, Godtfredsen NS, Kofod LM, et al. Lower mortality after early supervised pulmonary rehabilitation following COPD-exacerbations: a systematic review and meta-analysis. BMC Pulm Med. 2018 Sep 15;18(1):154.
https://www.doi.org/10.1186/s12890-018-0718-1
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30219047?tool=bestpractice.com
Esses resultados foram corroborados por evidências do mundo real, nas quais a reabilitação pulmonar até 90 dias após a alta foi significativamente associada a um menor risco de mortalidade e menor número de novas hospitalizações em um ano.[1]Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for prevention, diagnosis and management of COPD (2024 report). 2024 [internet publication].
https://goldcopd.org/2024-gold-report
[229]Stefan MS, Pekow PS, Priya A, et al. Association between initiation of pulmonary rehabilitation and rehospitalizations in patients hospitalized with chronic obstructive pulmonary disease. Am J Respir Crit Care Med. 2021 Nov 1;204(9):1015-23.
https://www.doi.org/10.1164/rccm.202012-4389OC
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34283694?tool=bestpractice.com
[230]Lindenauer PK, Stefan MS, Pekow PS, et al. Association between initiation of pulmonary rehabilitation after hospitalization for COPD and 1-year survival among medicare beneficiaries. JAMA. 2020 May 12;323(18):1813-23.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7218499
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32396181?tool=bestpractice.com
A reabilitação pulmonar é um programa multidisciplinar de tratamento que envolve reabilitação física e orientações sobre o manejo da doença, nutrição e outras questões relacionadas ao estilo de vida (por exemplo, abandono do hábito de fumar, adesão terapêutica aos medicamentos e técnica de inalação, oxigênio suplementar e manutenção de atividade física).[231]Rice KL, Dewan N, Bloomfield HE, et al. Disease management program for chronic obstructive pulmonary disease: a randomized controlled trial. Am J Respir Crit Care Med. 2010 Oct 1;182(7):890-6.
https://www.doi.org/10.1164/rccm.200910-1579OC
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20075385?tool=bestpractice.com
[232]Spruit MA, Singh SJ, Garvey C, et al. An official American Thoracic Society/European Respiratory Society statement: key concepts and advances in pulmonary rehabilitation. Am J Respir Crit Care Med. 2013 Oct 15;188(8):e13-64.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24127811?tool=bestpractice.com
Como os pacientes de DPOC e suas exacerbações são altamente heterogêneos, determinar quem pode ser beneficiar da reabilitação respiratória varia bastante de acordo com as comorbidades e outras características individuais dos pacientes.
Formas selecionadas de exercícios de reabilitação iniciados durante a hospitalização por exacerbação da DPOC, incluindo o treinamento de força e resistência e estimulação elétrica transcutânea muscular, são bem toleradas e podem prevenir o declínio da função muscular e acelerar a recuperação do estado funcional.[233]Zanotti E, Felicetti G, Maini M, et al. Peripheral muscle strength training in bed-bound patients with COPD receiving mechanical ventilation: effect of electrical stimulation. Chest. 2003 Jul;124(1):292-6.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12853536?tool=bestpractice.com
[234]Troosters T, Probst VS, Crul T, et al. Resistance training prevents deterioration in quadriceps muscle function during acute exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease. Am J Respir Crit Care Med. 2010 May 15;181(10):1072-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20133927?tool=bestpractice.com
[235]Reid WD, Yamabayashi C, Goodridge D, et al. Exercise prescription for hospitalized people with chronic obstructive pulmonary disease and comorbidities: a synthesis of systematic reviews. Int J Chron Obstruct Pulmon Dis. 2012 May;7:297-320.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3363140
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22665994?tool=bestpractice.com
A reabilitação pulmonar iniciada precocemente durante a fase de recuperação da exacerbação é segura e efetiva, melhora a tolerância a exercícios, nas habilidades físicas, no grau de sintomas decorrentes da DPOC e na qualidade de vida.[236]Man WD, Polkey MI, Donaldson N, et al. Community pulmonary rehabilitation after hospitalisation for acute exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease: randomised controlled study. BMJ. 2004 Nov 20;329(7476):1209.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15504763?tool=bestpractice.com
[237]Seymour JM, Moore L, Jolley CJ, et al. Outpatient pulmonary rehabilitation following acute exacerbations of COPD. Thorax. 2010 May;65(5):423-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20435864?tool=bestpractice.com
[238]Marciniuk DD, Brooks D, Butcher S, et al. Canadian Thoracic Society COPD Committee Expert Working Group. Optimizing pulmonary rehabilitation in chronic obstructive pulmonary disease practical issues: a Canadian Thoracic Society Clinical Practice Guideline. Can Respir J. 2010 Jul;17(4):159-68.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20808973?tool=bestpractice.com
[239]Clini EM, Crisafulli E, Costi S, et al. Effects of early inpatient rehabilitation after acute exacerbation of COPD. Respir Med. 2009 Oct;103(10):1526-31.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19447015?tool=bestpractice.com
[240]Puhan MA, Gimeno-Santos E, Cates CJ, Troosters T. Pulmonary rehabilitation following exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease. Cochrane Database Syst Rev. 2016 Dec 8;(12):CD005305.
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD005305.pub4/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27930803?tool=bestpractice.com
[241]Langer D, Hendriks E, Burtin C, et al. A clinical practice guideline for physiotherapists treating patients with chronic obstructive pulmonary disease based on a systematic review of available evidence. Clin Rehabil. 2009 May;23(5):445-62.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19389745?tool=bestpractice.com
[242]Maltais F, Bourbeau J, Shapiro S, et al. Effects of home-based pulmonary rehabilitation in patients with chronic obstructive pulmonary disease: a randomized trial. Ann Intern Med. 2008 Dec 16;149(12):869-78.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19075206?tool=bestpractice.com
[243]Tang CY, Blackstock FC, Clarence M, et al. Early rehabilitation exercise program for inpatients during an acute exacerbation of chronic obstructive pulmonary disease: a randomized controlled trial. J Cardiopulm Rehabil Prev. 2012 May-Jun;32(3):163-9.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22561417?tool=bestpractice.com
A reabilitação pulmonar supervisionada abrangente no ambulatório, no período pós-exacerbação, diminui o risco de hospitalização futura.[232]Spruit MA, Singh SJ, Garvey C, et al. An official American Thoracic Society/European Respiratory Society statement: key concepts and advances in pulmonary rehabilitation. Am J Respir Crit Care Med. 2013 Oct 15;188(8):e13-64.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24127811?tool=bestpractice.com
[237]Seymour JM, Moore L, Jolley CJ, et al. Outpatient pulmonary rehabilitation following acute exacerbations of COPD. Thorax. 2010 May;65(5):423-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20435864?tool=bestpractice.com
[240]Puhan MA, Gimeno-Santos E, Cates CJ, Troosters T. Pulmonary rehabilitation following exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease. Cochrane Database Syst Rev. 2016 Dec 8;(12):CD005305.
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD005305.pub4/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27930803?tool=bestpractice.com
[244]Puhan MA, Scharplatz M, Troosters T, et al. Respiratory rehabilitation after acute exacerbation of COPD may reduce risk for readmission and mortality--a systematic review. Respir Res. 2005 Jun 8;6(1):54.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15943867?tool=bestpractice.com
A participação na reabilitação pulmonar até 90 dias após a alta da hospitalização por exacerbação da DPOC está associada a uma redução significativa no risco de mortalidade.[230]Lindenauer PK, Stefan MS, Pekow PS, et al. Association between initiation of pulmonary rehabilitation after hospitalization for COPD and 1-year survival among medicare beneficiaries. JAMA. 2020 May 12;323(18):1813-23.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7218499
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32396181?tool=bestpractice.com
Exercícios físicos em domicílio sem supervisão, após episódios de exacerbação, não parecem apresentar os mesmos benefícios.[245]Greening NJ, Williams JE, Hussain SF, et al. An early rehabilitation intervention to enhance recovery during hospital admission for an exacerbation of chronic respiratory disease: randomised controlled trial. BMJ. 2014 Jul 8;349:g4315.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4086299
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25004917?tool=bestpractice.com
Programas de controle da doença podem ser úteis. No entanto, seu uso continua bastante controverso, uma vez que um ensaio clínico randomizado e controlado teve que ser interrompido precocemente devido a um aumento marcante da mortalidade, observado no grupo de pacientes randomizados para tratamento abrangente em comparação ao grupo controle, recebendo cuidados clínicos de rotina baseados nas diretrizes.[231]Rice KL, Dewan N, Bloomfield HE, et al. Disease management program for chronic obstructive pulmonary disease: a randomized controlled trial. Am J Respir Crit Care Med. 2010 Oct 1;182(7):890-6.
https://www.doi.org/10.1164/rccm.200910-1579OC
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20075385?tool=bestpractice.com
[246]Bourbeau J, Julien M, Maltais F, Rouleau M, et al. Reduction of hospital utilization in patients with chronic obstructive pulmonary disease: a disease-specific self-management intervention. Arch Intern Med. 2003 Mar 10;163(5):585-91.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12622605?tool=bestpractice.com
[247]Casas A, Troosters T, Garcia-Aymerich J, et al. Integrated care prevents hospitalisations for exacerbations in COPD patients. Eur Respir J. 2006 Jul;28(1):123-30.
https://erj.ersjournals.com/content/28/1/123.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16611656?tool=bestpractice.com
[248]Kuo CC, Lin CC, Lin SY, et al. Effects of self-regulation protocol on physiological and psychological measures in patients with chronic obstructive pulmonary disease. J Clin Nurs. 2013 Oct;22(19-20):2800-11.
https://www.doi.org/10.1111/jocn.12085
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23387383?tool=bestpractice.com
[249]Fan VS, Gaziano JM, Lew R, et al. A comprehensive care management program to prevent chronic obstructive pulmonary disease hospitalizations: a randomized, controlled trial. Ann Intern Med. 2012 May 15;156(10):673-83.
https://www.doi.org/10.7326/0003-4819-156-10-201205150-00003
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22586006?tool=bestpractice.com
Outro estudo envolvendo exercícios físicos em domicílio não supervisionados após hospitalização por exacerbação de DPOC aguda também demonstrou um sinal de mortalidade aos 6 meses após a hospitalização.[245]Greening NJ, Williams JE, Hussain SF, et al. An early rehabilitation intervention to enhance recovery during hospital admission for an exacerbation of chronic respiratory disease: randomised controlled trial. BMJ. 2014 Jul 8;349:g4315.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4086299
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25004917?tool=bestpractice.com
De acordo com alguns dados novos, a internação domiciliar com suporte de enfermeiros especializados em cuidados respiratórios pode ser adequada para determinadas pessoas com exacerbações moderadas da DPOC.[250]Jeppesen E, Brurberg KG, Vist GE, et al. Hospital at home for acute exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease. Cochrane Database Syst Rev. 2012 May 16;(5):CD003573.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD003573.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22592692?tool=bestpractice.com
[ ]
What are the effects of hospital-at-home in adults with acute exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1062/fullMostre-me a resposta No entanto, essa abordagem ainda não é considerada o padrão de cuidados, sendo inadequada para pessoas com sinais vitais instáveis, com troca gasosa descompensada, com acidose respiratória aguda, com piora da hipoxemia, com alteração no estado mental ou com doença comórbida significativa.[98]OHTAC COPD Collaborative. Chronic obstructive pulmonary disease (COPD) evidentiary framework. Ont Health Technol Assess Ser. 2012 Mar;12(2):1-97.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3384372
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23074430?tool=bestpractice.com
[251]McCurdy BR. Hospital-at-home programs for patients with acute exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease (COPD): an evidence-based analysis. Ont Health Technol Assess Ser. 2012 Mar;12(10):1-65.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3384361
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23074420?tool=bestpractice.com
Um ensaio clínico randomizado e controlado sugeriu que o uso de um centro de assistência telefônica empregando enfermeiros pode diminuir a ocorrência de exacerbações da DPOC e de hospitalizações. O uso de tais programas pode reduzir custos.[252]Vitacca M, Bianchi L, Guerra A, et al. Tele-assistance in chronic respiratory failure patients: a randomised clinical trial. Eur Respir J. 2009 Feb;33(2):411-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18799512?tool=bestpractice.com
No entanto, outro ensaio clínico randomizado e controlado demonstrou que a monitoração por telefone integrada aos serviços clínicos existentes não reduziu as internações hospitalares nem melhorou a qualidade de vida dos pacientes.[253]Pinnock H, Hanley J, McCloughan L, et al. Effectiveness of telemonitoring integrated into existing clinical services on hospital admission for exacerbation of chronic obstructive pulmonary disease: researcher blind, multicentre, randomised controlled trial. BMJ. 2013 Oct 17;347:f6070.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3805483
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24136634?tool=bestpractice.com