Investigações
Recomendada para todos os pacientes com possível exacerbação aguda da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), quando disponível. Deve ser realizada quando os sinais vitais forem aferidos. Durante um episódio, a saturação de oxigênio está frequentemente deprimida abaixo do nível inicial do paciente, e os exames de oxigênio suplementar e de gasometria arterial devem ser considerados caso o nível seja <90%.
deprimida abaixo do nível inicial do paciente
Raramente é diagnóstica; o principal propósito é excluir diagnósticos alternativos. Uma radiografia torácica deve ser realizada nas pessoas com doença de moderada a grave e nos casos em que se considera pneumonia ou outros possíveis diagnósticos (por exemplo, pneumotórax, insuficiência cardíaca congestiva, derrame pleural).
hiperinsuflação, achatamento do diafragma, aumento do espaço aéreo retroesternal, bolhas e coração pequeno e vertical
Doenças cardiovasculares são comuns em pessoas com DPOC.[125] Além disso, a possibilidade de infarto do miocárdio, pneumotórax ou embolia pulmonar deve ser considerada se houver constrição torácica ou outro desconforto torácico. Os pacientes com DPOC apresentam maior risco de desenvolver isquemia cardíaca e/ou arritmia que também pode levar a dispneia.

pode exibir dilatação cardíaca direita ou distensão do ventrículo direito, arritmia, isquemia
A gasometria arterial deve ser realizada nas pessoas com exacerbação aguda da DPOC de moderada a grave, para detectar hipercapnia crônica e avaliar acidose respiratória aguda. É essencial comparar os resultados aos níveis iniciais da gasometria arterial (quando disponíveis). Uma acidose respiratória aguda pode ser um sinal de insuficiência respiratória iminente. A amostra da gasometria venosa não é considerada uma medida alternativa confiável.[126]
Uma PaO2 <60 mmHg indica insuficiência respiratória potencial. PaO2 <50 mmHg, PaCO2 ≥45 mmHg ou pH <7.35 indicam uma doença com potencial risco de vida que requer consideração de terapia intensiva e início da ventilação assistida.[127]
acidose respiratória e alcalose metabólica compensatória
Deve ser considerado em pacientes com exacerbações moderadas a graves, para detectar anormalidades que possam sugerir distúrbios clínicos adicionais como infecção ou anemia.
pode exibir hematócrito elevado, contagem de leucócitos elevada ou anemia
Devem ser considerados nos pacientes com exacerbações moderadas a graves. Um resultado alterado pode sugerir transtornos clínicos adicionais. Pacientes com exacerbações da DPOC podem apresentar diminuição na ingestão oral e depleção de volume. Os pacientes com insuficiência renal podem apresentar acidose metabólica, que pode aumentar a necessidade ventilatória.
geralmente normais
Nos casos graves, e se o escarro do paciente for purulento e a hospitalização estiver sendo considerada, devem ser obtidas a coloração de Gram e a cultura da expectoração para avaliar se há patógenos bacterianos potenciais que possam ter desencadeado o episódio.
podem indicar infecção bacteriana
Na doença grave, e se a hospitalização estiver sendo considerada, deve ser considerada testagem para patógenos virais respiratórios (onde possível), a fim de se identificarem agentes tratáveis (por exemplo, gripe [influenza]) e para identificar a necessidade de expansão das precauções de controle de infecções.
pode confirmar infecção viral
Elevações dos níveis de troponina cardíaca podem ocorrer devido à lesão não identificada no miocárdio, resultante da exacerbação da DPOC. Elevações dos níveis de troponina podem estar associadas ao aumento da mortalidade.[128]
normal se não houver lesão do miocárdio
Pode ser útil para excluir diagnósticos alternativos, incluindo traqueobroncomalácia e especialmente embolia pulmonar, se o diagnóstico e o processo da descompensação respiratória continuarem incertos após a radiografia torácica.
normal se não houver pneumonia, derrame pleural, neoplasia maligna, embolia pulmonar ou traqueobroncomalácia
Um novo biomarcador promissor para o diagnóstico de infecções bacterianas, pois tende a ser maior em infecções bacterianas graves e baixa em infecções virais. A Food and Drug Administration dos EUA aprovou a procalcitonina como um teste para orientar a antibioticoterapia em pacientes com infecções agudas do trato respiratório. Uma revisão Cochrane sobre o uso da procalcitonina para orientar a iniciação e a duração do tratamento com antibióticos em pessoas com infecções agudas do trato respiratório constatou redução do risco de mortalidade, do consumo de antibióticos e do risco de efeitos colaterais relacionados com antibióticos em todos os pacientes, inclusive aqueles com exacerbação aguda da DPOC.[114] São necessárias novas pesquisas para estabelecer sua utilidade na prática clínica. Não deve ser usada para orientar o uso de antibióticos nos pacientes com exacerbações graves da DPOC que precisam de cuidados intensivos.[115]
pode estar elevada nas infecções bacterianas graves e baixa nas infecções virais
A proteína C-reativa também está sendo investigada como potencial biomarcador para orientar o uso de antibióticos durante exacerbações da DPOC. A decisão de não prescrever antibióticos, com base em níveis baixos de proteína C-reativa no local de atendimento, foi associada à redução da prescrição de antibióticos sem desfechos clínicos piores[116][117][118]
pode estar elevada nas infecções bacterianas
A contagem de eosinófilos pode se tornar um indicador útil da probabilidade de benefício dos corticosteroides sistêmicos.[1]
As evidências indicam que os corticosteroides sistêmicos (geralmente um ciclo de 5 dias de prednisolona oral) podem encurtar o tempo de recuperação de uma exacerbação da DPOC. Estudos recentes sugerem que os corticosteroides sistêmicos podem ser menos eficazes no tratamento de exacerbações em pacientes com níveis mais baixos de eosinófilos no sangue.[119][22][120][121] Após a estabilização do episódio agudo, o nível de eosinófilos no sangue também pode ajudar a orientar a decisão sobre se o paciente se beneficiará com corticosteroides inalatórios para reduzir o risco de novas exacerbações.
os corticosteroides podem ser menos eficazes no tratamento de exacerbações em pacientes com níveis mais baixos de eosinófilos no sangue
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