Durante a pandemia, considere que todos os pacientes com tosse, febre ou outros sintomas sugestivos têm COVID-19 até prova em contrário.
Quando o diagnóstico de pneumonia adquirida na comunidade (PAC) é estabelecido, a próxima etapa é determinar se o paciente precisa ou não de cuidados ambulatoriais, hospitalização ou internação em unidade de terapia intensiva (UTI). A investigação microbiana e a terapêutica antimicrobiana dependem do ambiente de tratamento. As decisões relativas ao local de cuidado podem variar bastante entre hospitais e clínicas e podem se basear em considerações diferentes da gravidade.
Escolha e tratamento de pacientes ambulatoriais
Use uma regra de predição clínica validada para o prognóstico, de preferência o Pneumonia Severity Index em vez do CURB-65, além do julgamento clínico, para determinar se o paciente deve ser tratado de maneira ambulatorial.[92]Smith MD, Fee C, et al. Clinical policy: critical issues in the management of adult patients presenting to the emergency department with community-acquired pneumonia. Ann Emerg Med. 2021 Jan;77(1):e1-57.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33349374?tool=bestpractice.com
O PSI é preferível em relação ao CURB-65, uma vez que o PSI identifica maiores proporções de pacientes como de baixo risco e tem um poder discriminatório maior para prever a mortalidade.[19]Metlay JP, Waterer GW, Long AC, et al. Diagnosis and treatment of adults with community-acquired pneumonia. An official clinical practice guideline of the American Thoracic Society and Infectious Diseases Society of America. Am J Respir Crit Care Med. 2019 Oct 1;200(7):e45-67.
https://www.atsjournals.org/doi/full/10.1164/rccm.201908-1581ST
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31573350?tool=bestpractice.com
[92]Smith MD, Fee C, et al. Clinical policy: critical issues in the management of adult patients presenting to the emergency department with community-acquired pneumonia. Ann Emerg Med. 2021 Jan;77(1):e1-57.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33349374?tool=bestpractice.com
Recomenda-se o tratamento ambulatorial para os seguintes pacientes:[89]Fine MJ, Auble TE, Yealy DM, et al. A prediction rule to identify low-risk patients with community-acquired pneumonia. N Engl J Med. 1997 Jan 23;336(4):243-50.
http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM199701233360402#t=article
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8995086?tool=bestpractice.com
[90]Lim WS, van der Eerden MM, Laing R, et al. Defining community acquired pneumonia severity on presentation to hospital: an international derivation and validation study. Thorax. 2003 May;58(5):377-82.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1746657
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12728155?tool=bestpractice.com
Verifique as limitações dos escores de gravidade e considere outros fatores ao avaliar a adequação do paciente para o tratamento ambulatorial (por exemplo, contraindicações à terapia ambulatorial, como incapacidade de manter a ingestão oral, história de abuso de substâncias, doenças comórbidas graves, comprometimento cognitivo e estado funcional comprometido ou disponibilidade de recursos de apoio ambulatorial). Não use biomarcadores rotineiramente para melhorar o desempenho das regras de decisão clínica ao avaliar se o paciente deve ser tratado de maneira ambulatorial.[92]Smith MD, Fee C, et al. Clinical policy: critical issues in the management of adult patients presenting to the emergency department with community-acquired pneumonia. Ann Emerg Med. 2021 Jan;77(1):e1-57.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33349374?tool=bestpractice.com
Aconselhe os pacientes a não fumar, repousar e permanecer bem hidratados. Também os aconselhe a relatar qualquer sintoma de dor torácica, dispneia grave ou crescente, ou letargia.
Reavalie os pacientes após 48 horas. Os sintomas devem melhorar nesse período, com o tratamento adequado. Considere a internação hospitalar em pacientes que não apresentarem melhora no prazo de 48 horas. Aproximadamente 10% dos pacientes ambulatoriais não respondem à antibioticoterapia e precisam de hospitalização.[100]Niederman M. In the clinic: community-acquired pneumonia. Ann Intern Med. 2009 Oct 6;151(7):ITC4-2-ITC4.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19805767?tool=bestpractice.com
Realize um segundo exame após 10-14 dias caso a resposta do paciente à terapia seja satisfatória. Não é recomendado um exame de imagem do tórax para acompanhamento se os sintomas cessarem em 5-7 dias.[19]Metlay JP, Waterer GW, Long AC, et al. Diagnosis and treatment of adults with community-acquired pneumonia. An official clinical practice guideline of the American Thoracic Society and Infectious Diseases Society of America. Am J Respir Crit Care Med. 2019 Oct 1;200(7):e45-67.
https://www.atsjournals.org/doi/full/10.1164/rccm.201908-1581ST
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31573350?tool=bestpractice.com
Os pacientes ambulatoriais que se recuperam sem hospitalização podem retomar as atividades normais com mais rapidez do que aqueles que são hospitalizados. A hospitalização aumenta o risco de infecção com bactérias resistentes a antibióticos ou mais virulentas.[101]Halm EA, Teirstein AS. Clinical practice: management of community-acquired pneumonia. N Engl J Med. 2002 Dec 19;347(25):2039-45.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12490686?tool=bestpractice.com
Tratamento antimicrobiano empírico em pacientes ambulatoriais
As diretrizes da American Thoracic Society (ATS)/Infectious Diseases Society of America (IDSA) recomendam as seguintes opções de tratamento empíricas orais para pacientes ambulatoriais:[19]Metlay JP, Waterer GW, Long AC, et al. Diagnosis and treatment of adults with community-acquired pneumonia. An official clinical practice guideline of the American Thoracic Society and Infectious Diseases Society of America. Am J Respir Crit Care Med. 2019 Oct 1;200(7):e45-67.
https://www.atsjournals.org/doi/full/10.1164/rccm.201908-1581ST
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31573350?tool=bestpractice.com
Pacientes saudáveis sem comorbidades ou sem fatores de risco para patógenos resistentes a medicamentos:
Amoxicilina
Doxiciclina
Um macrolídeo (por exemplo, azitromicina ou claritromicina).
Só use um macrolídeo em áreas com resistência pneumocócica a macrolídeos <25% e quando houver contraindicação a tratamentos alternativos.
Pacientes com comorbidades (por exemplo, doença cardíaca, pulmonar, hepática ou renal crônica; diabetes mellitus; abuso de álcool; neoplasia maligna; asplenia):
Terapia combinada com amoxicilina/ácido clavulânico ou uma cefalosporina (por exemplo, cefpodoxima, cefuroxima) associada a um macrolídeo ou doxiciclina.
Monoterapia com uma fluoroquinolona respiratória (por exemplo, levofloxacino, moxifloxacino).
Esquemas de antibioticoterapia de espectro mais amplo são necessários em pacientes com comorbidades, pois muitos apresentarão fatores de risco para patógenos resistentes a medicamentos (por exemplo, isolamento respiratório prévio de Staphylococcus aureus resistente à meticilina [MRSA] ou Pseudomonas aeruginosa, hospitalização recente e administração de antibióticos parenterais nos últimos 90 dias), e são mais vulneráveis a desfechos desfavoráveis se o esquema empírico for inadequado.[19]Metlay JP, Waterer GW, Long AC, et al. Diagnosis and treatment of adults with community-acquired pneumonia. An official clinical practice guideline of the American Thoracic Society and Infectious Diseases Society of America. Am J Respir Crit Care Med. 2019 Oct 1;200(7):e45-67.
https://www.atsjournals.org/doi/full/10.1164/rccm.201908-1581ST
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31573350?tool=bestpractice.com
A escolha do antibiótico requer uma análise de risco-benefício para cada paciente, ponderando dados epidemiológicos locais, fatores de risco e e comorbidades específicos de cada paciente, contraindicações e possíveis efeitos adversos (por exemplo, arritmias cardíacas com macrolídeos; doença vascular, efeitos adversos musculoesqueléticos/neurológicos com fluoroquinolonas). Apesar das preocupações de segurança associadas às fluoroquinolonas (ver abaixo), o painel da ATS/IDSA acredita que o uso de fluoroquinolonas é justificado em adultos com PAC e comorbidades tratados em ambiente ambulatorial.[19]Metlay JP, Waterer GW, Long AC, et al. Diagnosis and treatment of adults with community-acquired pneumonia. An official clinical practice guideline of the American Thoracic Society and Infectious Diseases Society of America. Am J Respir Crit Care Med. 2019 Oct 1;200(7):e45-67.
https://www.atsjournals.org/doi/full/10.1164/rccm.201908-1581ST
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31573350?tool=bestpractice.com
As diretrizes internacionais podem variar; consulte as diretrizes locais para orientação.
Fatores de risco para resistência a medicamentos
Os fatores de risco para Streptococcus pneumoniae resistente à penicilina incluem o uso de um betalactâmico nos 3 a 6 meses anteriores, hospitalização nos 3 meses anteriores, aspiração, episódios prévios de pneumonia no ano anterior, idade <5 ou >65 anos e DPOC.[102]Furuya EY, Lowy FD. Antimicrobial-resistant bacteria in the community setting. Nat Rev Microbiol. 2006 Jan;4(1):36-45.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16357859?tool=bestpractice.com
[103]Lynch JP 3rd, Zhanel GG. Streptococcus pneumoniae: does antimicrobial resistance matter? Semin Respir Crit Care Med. 2009 Apr;30(2):210-38.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19296420?tool=bestpractice.com
[104]Fenoll A, Granizo JJ, Aguilar L, et al. Temporal trends of invasive Streptococcus pneumoniae serotypes and antimicrobial resistance patterns in Spain from 1979 to 2007. J Clin Microbiol. 2009 Apr;47(4):1012-20.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19225097?tool=bestpractice.com
[105]Dagan R, Klugman KP. Impact of conjugate pneumococcal vaccines on antibiotic resistance. Lancet Infect Dis. 2008 Dec;8(12):785-95.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19022193?tool=bestpractice.com
[106]Aspa J, Rajas O, de Castro FR. Pneumococcal antimicrobial resistance: therapeutic strategy and management in community-acquired pneumonia. Expert Opin Pharmacother. 2008 Feb;9(2):229-41.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18201146?tool=bestpractice.com
Os fatores de risco para S pneumoniae resistente a macrolídeos incluem o uso de um macrolídeo nos 3 meses anteriores, idade <5 ou >65 anos e hospitalização recente.[102]Furuya EY, Lowy FD. Antimicrobial-resistant bacteria in the community setting. Nat Rev Microbiol. 2006 Jan;4(1):36-45.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16357859?tool=bestpractice.com
[103]Lynch JP 3rd, Zhanel GG. Streptococcus pneumoniae: does antimicrobial resistance matter? Semin Respir Crit Care Med. 2009 Apr;30(2):210-38.
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[104]Fenoll A, Granizo JJ, Aguilar L, et al. Temporal trends of invasive Streptococcus pneumoniae serotypes and antimicrobial resistance patterns in Spain from 1979 to 2007. J Clin Microbiol. 2009 Apr;47(4):1012-20.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18201146?tool=bestpractice.com
Os fatores de risco para S pneumoniae resistente a fluoroquinolonas incluem exposição prévia a fluoroquinolonas, residência em uma instituição asilar, resistência à penicilina e DPOC.[102]Furuya EY, Lowy FD. Antimicrobial-resistant bacteria in the community setting. Nat Rev Microbiol. 2006 Jan;4(1):36-45.
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[104]Fenoll A, Granizo JJ, Aguilar L, et al. Temporal trends of invasive Streptococcus pneumoniae serotypes and antimicrobial resistance patterns in Spain from 1979 to 2007. J Clin Microbiol. 2009 Apr;47(4):1012-20.
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[106]Aspa J, Rajas O, de Castro FR. Pneumococcal antimicrobial resistance: therapeutic strategy and management in community-acquired pneumonia. Expert Opin Pharmacother. 2008 Feb;9(2):229-41.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18201146?tool=bestpractice.com
Internação hospitalar
Use uma regra de predição clínica validada para o prognóstico, de preferência o PSI em vez do CURB-65, além do julgamento clínico, para determinar se o paciente deve ser tratado como hospitalizado. O PSI é preferível em relação ao CURB-65, uma vez que o PSI identifica maiores proporções de pacientes como de baixo risco e tem um poder discriminatório maior para prever a mortalidade.[19]Metlay JP, Waterer GW, Long AC, et al. Diagnosis and treatment of adults with community-acquired pneumonia. An official clinical practice guideline of the American Thoracic Society and Infectious Diseases Society of America. Am J Respir Crit Care Med. 2019 Oct 1;200(7):e45-67.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31573350?tool=bestpractice.com
[92]Smith MD, Fee C, et al. Clinical policy: critical issues in the management of adult patients presenting to the emergency department with community-acquired pneumonia. Ann Emerg Med. 2021 Jan;77(1):e1-57.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33349374?tool=bestpractice.com
Recomenda-se a internação hospitalar nas seguintes situações:[89]Fine MJ, Auble TE, Yealy DM, et al. A prediction rule to identify low-risk patients with community-acquired pneumonia. N Engl J Med. 1997 Jan 23;336(4):243-50.
http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM199701233360402#t=article
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8995086?tool=bestpractice.com
[90]Lim WS, van der Eerden MM, Laing R, et al. Defining community acquired pneumonia severity on presentation to hospital: an international derivation and validation study. Thorax. 2003 May;58(5):377-82.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1746657
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12728155?tool=bestpractice.com
Interne os pacientes com hipotensão que requerem terapia vasopressora ou insuficiência respiratória que requer ventilação mecânica na UTI. Em pacientes que não precisam de terapia vasopressora ou ventilação mecânica, utilize os critérios da ATS/IDSA para definir PAC grave (consulte a seção Critérios de diagnóstico) e o julgamento clínico para orientar sobre a necessidade de níveis mais altos de intensidade do tratamento.[19]Metlay JP, Waterer GW, Long AC, et al. Diagnosis and treatment of adults with community-acquired pneumonia. An official clinical practice guideline of the American Thoracic Society and Infectious Diseases Society of America. Am J Respir Crit Care Med. 2019 Oct 1;200(7):e45-67.
https://www.atsjournals.org/doi/full/10.1164/rccm.201908-1581ST
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31573350?tool=bestpractice.com
[92]Smith MD, Fee C, et al. Clinical policy: critical issues in the management of adult patients presenting to the emergency department with community-acquired pneumonia. Ann Emerg Med. 2021 Jan;77(1):e1-57.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33349374?tool=bestpractice.com
Interne os pacientes com PAC grave (definida como um critério primário ou três ou mais critérios secundários) em UTI.[19]Metlay JP, Waterer GW, Long AC, et al. Diagnosis and treatment of adults with community-acquired pneumonia. An official clinical practice guideline of the American Thoracic Society and Infectious Diseases Society of America. Am J Respir Crit Care Med. 2019 Oct 1;200(7):e45-67.
https://www.atsjournals.org/doi/full/10.1164/rccm.201908-1581ST
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31573350?tool=bestpractice.com
Administre oxigenoterapia conforme a necessidade. Monitore a saturação de oxigênio e a concentração de oxigênio inspirado, com o objetivo de manter a SaO₂ acima de 92%. Altas concentrações de oxigênio podem ser administradas com segurança em casos de pneumonia não complicada.
[ ]
What are the effects of noninvasive positive pressure ventilation with supplemental oxygen, when compared with Venturi mask oxygen delivery, in adults with pneumonia?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.73/fullMostre-me a resposta A oxigenoterapia em pacientes com DPOC complicada por insuficiência ventilatória deve ser guiada por medições repetidas de gasometria arterial.[107]O'Driscoll BR, Howard LS, Earis J, et al. British Thoracic Society Guideline for oxygen use in adults in healthcare and emergency settings. BMJ Open Respir Res. 2017;4(1):e000170.
https://www.doi.org/10.1136/bmjresp-2016-000170
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28883921?tool=bestpractice.com
Pacientes com insuficiência respiratória, apesar de oxigenoterapia adequada, necessitam de manejo urgente das vias aéreas e possível intubação.
Examine os pacientes quanto a depleção de volume. Administre fluidoterapia intravenosa se necessária, de acordo com os protocolos locais, e forneça apoio nutricional na doença prolongada.
Monitore temperatura, frequência respiratória, pulso, pressão arterial, estado mental, saturação de oxigênio e concentração de oxigênio inspirado pelo menos duas vezes ao dia, e com mais frequência nos pacientes com pneumonia grave e naqueles que precisam de oxigenoterapia regularmente. Monitore os níveis de proteína C-reativa regularmente, pois são um marcador sensível da evolução da pneumonia. Repita a radiografia torácica nos pacientes que não progredirem satisfatoriamente. Não é recomendado um exame de imagem do tórax para acompanhamento se os sintomas cessarem em 5-7 dias.[19]Metlay JP, Waterer GW, Long AC, et al. Diagnosis and treatment of adults with community-acquired pneumonia. An official clinical practice guideline of the American Thoracic Society and Infectious Diseases Society of America. Am J Respir Crit Care Med. 2019 Oct 1;200(7):e45-67.
https://www.atsjournals.org/doi/full/10.1164/rccm.201908-1581ST
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31573350?tool=bestpractice.com
Tratamento antimicrobiano empírico em pacientes hospitalizados fora da UTI
As diretrizes da ATS/IDSA recomendam as seguintes opções de tratamento intravenoso empírico para pacientes com PAC não grave sem fatores de risco para MRSA ou P aeruginosa:[19]Metlay JP, Waterer GW, Long AC, et al. Diagnosis and treatment of adults with community-acquired pneumonia. An official clinical practice guideline of the American Thoracic Society and Infectious Diseases Society of America. Am J Respir Crit Care Med. 2019 Oct 1;200(7):e45-67.
https://www.atsjournals.org/doi/full/10.1164/rccm.201908-1581ST
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31573350?tool=bestpractice.com
Terapia combinada com betalactâmicos (por exemplo, ampicilina/sulbactam, cefotaxima, ceftriaxona, ceftarolina) associada a macrolídeos (por exemplo, azitromicina, claritromicina). Observe que a claritromicina só está disponível como formulação oral nos EUA e, portanto, só pode ser usada se a via oral for viável
Monoterapia com fluoroquinolona respiratória (por exemplo, levofloxacino, moxifloxacino)
Terapia combinada com betalactâmicos associados a doxiciclina em pacientes com contraindicação a macrolídeos e fluoroquinolonas.
A cobertura antibiótica empírica adicional é necessária para pacientes com fatores de risco para MRSA ou P aeruginosa se houver presença de fatores de risco validados localmente para um dos patógenos:[19]Metlay JP, Waterer GW, Long AC, et al. Diagnosis and treatment of adults with community-acquired pneumonia. An official clinical practice guideline of the American Thoracic Society and Infectious Diseases Society of America. Am J Respir Crit Care Med. 2019 Oct 1;200(7):e45-67.
https://www.atsjournals.org/doi/full/10.1164/rccm.201908-1581ST
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31573350?tool=bestpractice.com
MRSA: adicionar vancomicina ou linezolida
P aeruginosa: adicione piperacilina/tazobactam, cefepima, ceftazidima, aztreonam, meropeném ou imipeném/cilastatina.
Os maiores fatores de risco para infecção por MRSA ou P aeruginosa são isolamento prévio desses organismos do trato respiratório e/ou hospitalização recente e exposição a antibióticos parenterais nos últimos 90 dias. Com base nisso, a ATS/IDSA recomenda o seguinte:[19]Metlay JP, Waterer GW, Long AC, et al. Diagnosis and treatment of adults with community-acquired pneumonia. An official clinical practice guideline of the American Thoracic Society and Infectious Diseases Society of America. Am J Respir Crit Care Med. 2019 Oct 1;200(7):e45-67.
https://www.atsjournals.org/doi/full/10.1164/rccm.201908-1581ST
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31573350?tool=bestpractice.com
Caso o paciente tenha história prévia de isolamento respiratório por MRSA ou P aeruginosa: adicione a cobertura antibiótica adequada e obtenha culturas (ou reação em cadeia da polimerase nasal para MRSA, se disponível) para guiar a redução ou para confirmar a necessidade de continuar com a cobertura adicional.
Caso o paciente tenha sido hospitalizado recentemente, tenha recebido antibióticos parenterais nos últimos 90 dias e tenha sido validado localmente para fatores de risco de MRSA: obter culturas e reação em cadeia da polimerase nasal. Caso a reação em cadeia da polimerase e as culturas sejam negativas, suprima a cobertura adicional. Caso a reação em cadeia da polimerase ou as culturas sejam positivas, inicie a cobertura adicional.
Caso o paciente tenha sido hospitalizado recentemente, tenha recebido antibióticos parenterais nos últimos 90 dias e tenha sido validado localmente para fatores de risco de P aeruginosa: obter culturas, mas só iniciar a cobertura se as culturas forem positivas.
Considere a redução para a antibioticoterapia padrão após 48 horas se as culturas não revelarem um patógeno resistente a medicamentos e o paciente estiver melhorando clinicamente.
Cobertura antibiótica empírica adicional é necessária nos pacientes com fatores de risco para Enterobacteriaceae produtora de beta-lactamase de espectro estendido. Consulte um especialista em doenças infecciosas para orientação sobre um esquema de antibioticoterapia adequado. A cobertura anaeróbia adicional para os pacientes com suspeita de pneumonia por aspiração não é recomendada, a menos que haja suspeita de empiema ou abscesso pulmonar.[19]Metlay JP, Waterer GW, Long AC, et al. Diagnosis and treatment of adults with community-acquired pneumonia. An official clinical practice guideline of the American Thoracic Society and Infectious Diseases Society of America. Am J Respir Crit Care Med. 2019 Oct 1;200(7):e45-67.
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A recomendação para abranger patógenos atípicos no esquema de antibioticoterapia empírico permanece em debate;[108]Naucler P, Strålin K. Routine atypical antibiotic coverage is not necessary in hospitalised patients with non-severe community-acquired pneumonia. Int J Antimicrob Agents. 2016 Aug;48(2):224-5.
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[109]Postma DF, van Werkhoven CH, Oosterheert JJ. Community-acquired pneumonia requiring hospitalization: rational decision making and interpretation of guidelines. Curr Opin Pulm Med. 2017 May;23(3):204-10.
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[110]File TM Jr, Marrie TJ. Does empiric therapy for atypical pathogens improve outcomes for patients with CAP? Infect Dis Clin North Am. 2013 Mar;27(1):99-114.
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porém, é respaldada por dados atuais.[111]File TM Jr, Eckburg PB, Talbot GH, et al. Macrolide therapy for community-acquired pneumonia due to atypical pathogens: outcome assessment at an early time point. Int J Antimicrob Agents. 2017 Aug;50(2):247-51.
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[112]Eljaaly K, Alshehri S, Aljabri A, et al. Clinical failure with and without empiric atypical bacteria coverage in hospitalized adults with community-acquired pneumonia: a systematic review and meta-analysis. BMC Infect Dis. 2017 Jun 2;17(1):385.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28576117?tool=bestpractice.com
[ ]
In hospitalized adults with community-acquired pneumonia, is there randomized controlled trial evidence to support the use of empiric atypical antibiotic coverage over typical antibiotic coverage?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.306/fullMostre-me a resposta
As diretrizes internacionais podem variar; consulte as diretrizes locais para orientação.
Tratamento antimicrobiano empírico em pacientes internados na UTI
As diretrizes da ATS/IDSA recomendam as seguintes opções de tratamento intravenoso empírico para pacientes com PAC grave sem fatores de risco para MRSA ou P aeruginosa:[19]Metlay JP, Waterer GW, Long AC, et al. Diagnosis and treatment of adults with community-acquired pneumonia. An official clinical practice guideline of the American Thoracic Society and Infectious Diseases Society of America. Am J Respir Crit Care Med. 2019 Oct 1;200(7):e45-67.
https://www.atsjournals.org/doi/full/10.1164/rccm.201908-1581ST
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31573350?tool=bestpractice.com
Terapia combinada com betalactâmicos (por exemplo, ampicilina/sulbactam, cefotaxima, ceftriaxona, ceftarolina) associada a macrolídeos (por exemplo, azitromicina, claritromicina); há evidências mais sólidas para esse esquema, comparado ao esquema abaixo. Embora a ATS/IDSA recomende claritromicina para esses pacientes, ela só está disponível como formulação oral nos EUA, então é improvável que seja útil neste quadro
Terapia combinada com betalactâmicos associados a fluoroquinolona respiratória (por exemplo, levofloxacino, moxifloxacino).
A cobertura antibiótica empírica adicional é necessária para pacientes com fatores de risco para MRSA ou P aeruginosa se houver presença de fatores de risco validados localmente para um dos patógenos:[19]Metlay JP, Waterer GW, Long AC, et al. Diagnosis and treatment of adults with community-acquired pneumonia. An official clinical practice guideline of the American Thoracic Society and Infectious Diseases Society of America. Am J Respir Crit Care Med. 2019 Oct 1;200(7):e45-67.
https://www.atsjournals.org/doi/full/10.1164/rccm.201908-1581ST
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31573350?tool=bestpractice.com
MRSA: adicionar vancomicina ou linezolida
P aeruginosa: adicione piperacilina/tazobactam, cefepima, ceftazidima, aztreonam, meropeném ou imipeném/cilastatina.
Acrescente uma cobertura antibiótica adicional e obtenha culturas (ou reação em cadeia da polimerase nasal para MRSA, se disponível) para guiar a redução da terapia ou confirmar a necessidade de continuação do tratamento. Considere a redução para a antibioticoterapia padrão após 48 horas se as culturas não revelarem um patógeno resistente a medicamentos e o paciente estiver melhorando clinicamente.[19]Metlay JP, Waterer GW, Long AC, et al. Diagnosis and treatment of adults with community-acquired pneumonia. An official clinical practice guideline of the American Thoracic Society and Infectious Diseases Society of America. Am J Respir Crit Care Med. 2019 Oct 1;200(7):e45-67.
https://www.atsjournals.org/doi/full/10.1164/rccm.201908-1581ST
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31573350?tool=bestpractice.com
Cobertura antibiótica empírica adicional é necessária nos pacientes com fatores de risco para Enterobacteriaceae produtora de beta-lactamase de espectro estendido. Consulte um especialista em doenças infecciosas para orientação sobre um esquema de antibioticoterapia adequado. A cobertura anaeróbia adicional para os pacientes com suspeita de pneumonia por aspiração não é recomendada, a menos que haja suspeita de empiema ou abscesso pulmonar.[19]Metlay JP, Waterer GW, Long AC, et al. Diagnosis and treatment of adults with community-acquired pneumonia. An official clinical practice guideline of the American Thoracic Society and Infectious Diseases Society of America. Am J Respir Crit Care Med. 2019 Oct 1;200(7):e45-67.
https://www.atsjournals.org/doi/full/10.1164/rccm.201908-1581ST
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31573350?tool=bestpractice.com
As diretrizes internacionais podem variar; consulte as diretrizes locais para orientação.
Segurança dos antibióticos fluoroquinolonas
Considere as questões de segurança antes de prescrever fluoroquinolonas. A Food and Drug Administration (FDA) dos EUA emitiu avisos sobre o aumento do risco de dissecção de aorta, hipoglicemia significativa e efeitos adversos para a saúde mental nos pacientes que tomam fluoroquinolonas.[113]Food and Drug Administration. FDA reinforces safety information about serious low blood sugar levels and mental health side effects with fluoroquinolone antibiotics; requires label changes. Jul 2018 [internet publication].
https://www.fda.gov/drugs/drug-safety-and-availability/fda-reinforces-safety-information-about-serious-low-blood-sugar-levels-and-mental-health-side
[114]Food and Drug Administration. FDA warns about increased risk of ruptures or tears in the aorta blood vessel with fluoroquinolone antibiotics in certain patients. Dec 2018 [internet publication].
https://www.fda.gov/drugs/drug-safety-and-availability/fda-warns-about-increased-risk-ruptures-or-tears-aorta-blood-vessel-fluoroquinolone-antibiotics
A European Medicines Agency (EMA) concluiu uma revisão dos efeitos adversos graves, incapacitantes e potencialmente irreversíveis associados às fluoroquinolonas em 2018. Entre os efeitos adversos estão tendinite, ruptura de tendão, artralgia, neuropatias e outros efeitos sobre os sistemas musculoesquelético ou nervoso. Os pacientes mais idosos e os que apresentam comprometimento renal ou tenham sofrido transplante de órgãos sólidos e aqueles tratados com corticosteroides têm maior risco de danos a tendões. Se possível, deve-se evitar a coadministração de uma fluoroquinolona e um corticosteroide. Essa revisão resultou em restrições de prescrição na Europa, limitando o uso das fluoroquinolonas apenas a infecções graves.[115]European Medicines Agency. Quinolone- and fluoroquinolone-containing medicinal products. Mar 2019 [internet publication].
https://www.ema.europa.eu/en/medicines/human/referrals/quinolone-fluoroquinolone-containing-medicinal-products
Apesar dessas preocupações, as diretrizes da ATS/IDSA recomendam as fluoroquinolonas como opção de tratamento, incluindo os pacientes com comorbidades tratadas de maneira ambulatorial, PAC não grave no ambiente hospitalar e PAC grave.[19]Metlay JP, Waterer GW, Long AC, et al. Diagnosis and treatment of adults with community-acquired pneumonia. An official clinical practice guideline of the American Thoracic Society and Infectious Diseases Society of America. Am J Respir Crit Care Med. 2019 Oct 1;200(7):e45-67.
https://www.atsjournals.org/doi/full/10.1164/rccm.201908-1581ST
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31573350?tool=bestpractice.com
Via da antibioticoterapia
Inicie a antibioticoterapia empírica o quanto antes e administre-a no local no pronto-socorro para evitar atrasos. A administração tardia foi associada ao aumento do risco de mortalidade em pacientes com PAC grave.[116]Garnacho-Montero J, Barrero-García I, Gómez-Prieto MG, et al. Severe community-acquired pneumonia: current management and future therapeutic alternatives. Expert Rev Anti Infect Ther. 2018 Sep;16(9):667-77.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30118377?tool=bestpractice.com
A via inicial da antibioticoterapia depende da gravidade, da condição do paciente e do ambiente de cuidados. As diretrizes recomendam o uso de antibióticos orais para pacientes ambulatoriais, enquanto o tratamento intravenoso é preferido para pacientes hospitalizados. No entanto, o tratamento intravenoso sempre deve ser administrado em pacientes com PAC grave (pelo menos nas primeiras horas após a internação), com avaliação diária quanto à possibilidade de mudarem para medicamentos por via oral assim que possível. Considere passar os pacientes para a terapia oral quando estiverem hemodinamicamente estáveis e melhorando clinicamente, puderem ingerir medicamentos por via oral e apresentarem funcionamento normal do trato gastrointestinal. Troque para uma formulação oral do mesmo medicamento ou uma formulação oral de um medicamento da mesma classe.[19]Metlay JP, Waterer GW, Long AC, et al. Diagnosis and treatment of adults with community-acquired pneumonia. An official clinical practice guideline of the American Thoracic Society and Infectious Diseases Society of America. Am J Respir Crit Care Med. 2019 Oct 1;200(7):e45-67.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31573350?tool=bestpractice.com
Duração da antibioticoterapia
Trate por, no mínimo, 5 dias. A duração do tratamento deve ser orientada por uma aferição validada da estabilidade clínica (por exemplo, resolução das anormalidades nos sinais vitais, função cognitiva normal, capacidade de comer).[19]Metlay JP, Waterer GW, Long AC, et al. Diagnosis and treatment of adults with community-acquired pneumonia. An official clinical practice guideline of the American Thoracic Society and Infectious Diseases Society of America. Am J Respir Crit Care Med. 2019 Oct 1;200(7):e45-67.
https://www.atsjournals.org/doi/full/10.1164/rccm.201908-1581ST
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31573350?tool=bestpractice.com
[117]Uranga A, España PP, Bilbao A, et al. Duration of antibiotic treatment in community-acquired pneumonia: a multicenter randomized clinical trial. JAMA Intern Med. 2016 Sep 1;176(9):1257-65.
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[118]Lee RA, Centor RM, Humphrey LL, et al. Appropriate use of short-course antibiotics in common infections: best practice advice from the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2021 Jun;174(6):822-7.
https://www.doi.org/10.7326/M20-7355
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33819054?tool=bestpractice.com
Considere a descontinuação da terapia quando o paciente estiver sem febre por 48-72 horas e não houver sinais de complicações (endocardite, meningite). Um estudo de coorte retrospectivo constatou que dois terços dos pacientes hospitalizados com PAC receberam antibioticoterapia em excesso, e cada dia de excesso do tratamento foi associado a um aumento de 5% nas chances de efeitos adversos associados a antibióticos após a alta.[119]Vaughn VM, Flanders SA, Snyder A, et al. Excess antibiotic treatment duration and adverse events in patients hospitalized with pneumonia: a multihospital cohort study. Ann Intern Med. 2019 Aug 6;171(3):153-63.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31284301?tool=bestpractice.com
Em pacientes com PAC bacteriana, uma revisão sistemática e uma metanálise mostraram que um ciclo de antibiótico de 5 dias leva a desfechos clínicos similares, com um perfil de segurança similar ao de ciclos mais longos (≥ 7 dias).[120]Lan SH, Lai CC, Chang SP, et al. Five-day antibiotic treatment for community-acquired bacterial pneumonia: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. J Glob Antimicrob Resist. 2020 Dec;23:94-9.
https://www.doi.org/10.1016/j.jgar.2020.08.005
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32866643?tool=bestpractice.com
Um ECRC constatou que, em pacientes com PAC moderadamente grave que atendem aos critérios de estabilidade clínica, a descontinuação do tratamento com betalactâmicos após 3 dias não foi inferior ao tratamento de 8 dias; isso sugere que 3 dias de antibióticos podem ser suficientes em pacientes imunocompetentes sem doença grave que apresentam melhora clínica no dia 3.[121]Dinh A, Ropers J, Duran C, et al. Discontinuing β-lactam treatment after 3 days for patients with community-acquired pneumonia in non-critical care wards (PTC): a double-blind, randomised, placebo-controlled, non-inferiority trial. Lancet. 2021 Mar 27;397(10280):1195-203.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33773631?tool=bestpractice.com
Recomendam-se ciclos de tratamento mais longos para os pacientes com complicações e em caso de pneumonia, devido à presença de patógenos menos comuns. Recomenda-se um ciclo de tratamento de 7 dias para pacientes com MRSA ou P aeruginosa.[19]Metlay JP, Waterer GW, Long AC, et al. Diagnosis and treatment of adults with community-acquired pneumonia. An official clinical practice guideline of the American Thoracic Society and Infectious Diseases Society of America. Am J Respir Crit Care Med. 2019 Oct 1;200(7):e45-67.
https://www.atsjournals.org/doi/full/10.1164/rccm.201908-1581ST
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31573350?tool=bestpractice.com
Consulte um especialista em doenças infecciosas nesses casos.
Terapia guiada por dados de susceptibilidade microbiana
Considere mudar os pacientes para uma terapêutica antimicrobiana específica para o organismo, guiada por sensibilidade antibiótica nos pacientes cujos exames laboratoriais tiverem revelado um organismo causador.
Tratamento antiviral em pacientes com influenza
Adicione um tratamento antiviral (por exemplo, oseltamivir) ao tratamento antimicrobiano nos pacientes hospitalizados com PAC com teste positivo para influenza, independentemente da duração da doença antes do diagnóstico. Considere o tratamento antiviral nos pacientes ambulatoriais com teste positivo para o vírus influenza.[19]Metlay JP, Waterer GW, Long AC, et al. Diagnosis and treatment of adults with community-acquired pneumonia. An official clinical practice guideline of the American Thoracic Society and Infectious Diseases Society of America. Am J Respir Crit Care Med. 2019 Oct 1;200(7):e45-67.
https://www.atsjournals.org/doi/full/10.1164/rccm.201908-1581ST
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31573350?tool=bestpractice.com
Corticoterapia em pacientes hospitalizados
O uso de corticosteroides em pacientes com PAC grave tem sido uma questão amplamente discutida. Geralmente, as diretrizes atuais da ATS/IDSA não recomendam o uso de corticosteroides em pacientes com PAC grave ou não grave, embora reconheçam que possam ser considerados nos pacientes com choque séptico refratário, de acordo com as diretrizes da Surviving Sepsis Campaign, e possam ser usados conforme clinicamente apropriado para condições comórbidas (por exemplo, DPOC, asma, doenças autoimunes). Essa recomendação baseia-se no fato de que não há dados que sugiram benefícios em pacientes com PAC não grave em relação a mortalidade ou insuficiência de órgãos, e há dados limitados para respaldar seu uso em pacientes com PAC grave.[19]Metlay JP, Waterer GW, Long AC, et al. Diagnosis and treatment of adults with community-acquired pneumonia. An official clinical practice guideline of the American Thoracic Society and Infectious Diseases Society of America. Am J Respir Crit Care Med. 2019 Oct 1;200(7):e45-67.
https://www.atsjournals.org/doi/full/10.1164/rccm.201908-1581ST
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31573350?tool=bestpractice.com
Metanálises de estudos envolvendo adultos hospitalizados com PAC revelaram que o uso de corticosteroides foi associado a menor necessidade de ventilação mecânica, menor tempo de internação hospitalar, menores taxas de falha clínica, menos complicações (incluindo choque séptico), níveis mais baixos de proteína C-reativa e menor mortalidade por todas as causas. No entanto, parece que a redução da mortalidade não se aplica apenas a pacientes com PAC grave. Nos pacientes com doença não grave, os corticosteroides adjuvantes reduzem a morbidade, mas não a mortalidade.[122]Siemieniuk RA, Meade MO, Alonso-Coello P, et al. Corticosteroid therapy for patients hospitalized with community-acquired pneumonia: a systematic review and meta-analysis. Ann Intern Med. 2015 Oct 6;163(7):519-28.
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[123]Bi J, Yang J, Wang Y, Yao C, et al. Efficacy and safety of adjunctive corticosteroids therapy for severe community-acquired pneumonia in adults: an updated systematic review and meta-analysis. PLoS One. 2016 Nov 15;11(11):e0165942.
http://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0165942
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[124]Briel M, Spoorenberg SMC, Snijders D, et al. Corticosteroids in patients hospitalized with community-acquired pneumonia: systematic review and individual patient data meta-analysis. Clin Infect Dis. 2018 Jan 18;66(3):346-54.
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[125]Stern A, Skalsky K, Avni T, et al. Corticosteroids for pneumonia. Cochrane Database Syst Rev. 2017 Dec 13;12:CD007720.
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[126]Wu WF, Fang Q, He GJ. Efficacy of corticosteroid treatment for severe community-acquired pneumonia: a meta-analysis. Am J Emerg Med. 2018 Feb;36(2):179-84.
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[127]Huang J, Guo J, Li H, et al. Efficacy and safety of adjunctive corticosteroids therapy for patients with severe community-acquired pneumonia: a systematic review and meta-analysis. Medicine (Baltimore). 2019 Mar;98(13):e14636.
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How do corticosteroids compare with placebo in adults with pneumonia?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1978/fullMostre-me a resposta
Pacientes tratados com corticosteroides apresentam aumento do risco de hiperglicemia.[124]Briel M, Spoorenberg SMC, Snijders D, et al. Corticosteroids in patients hospitalized with community-acquired pneumonia: systematic review and individual patient data meta-analysis. Clin Infect Dis. 2018 Jan 18;66(3):346-54.
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How do corticosteroids compare with placebo in adults with pneumonia?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1978/fullMostre-me a resposta Outros efeitos adversos incluem a superinfecção e a hemorragia digestiva alta.
Pneumonia não responsiva
A PAC que não responde descreve a situação clínica onde há uma resposta inadequada após o tratamento com antibiótico, avaliada no terceiro ao quinto dias. As causas de pneumonia que não responde são classificadas como infecciosas, não infecciosas e de origem desconhecida. Estudos multicêntricos têm demonstrado que 6% a 24% dos casos de PAC não responderão ao tratamento com antibióticos e, nos casos de pneumonia grave, essa taxa pode chegar a 31%.[20]Torres A, Barberán J, Falguera M, et al. Multidisciplinary guidelines for the management of community-acquired pneumonia [in Spanish]. Med Clin (Barc). 2013 Mar 2;140(5):223.e1-223.e19.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23276610?tool=bestpractice.com
[129]Aliberti S, Blasi F. Clinical stability versus clinical failure in patients with community-acquired pneumonia. Semin Respir Crit Care Med. 2012 Jun;33(3):284-91.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22718214?tool=bestpractice.com
Um estudo descreveu dois padrões clínicos diferentes de pneumonia não responsiva:[130]Menendez R, Torres A. Treatment failure in community-acquired pneumonia. Chest. 2007 Oct;132(4):1348-55.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17934120?tool=bestpractice.com
Pneumonia progressiva que segue uma evolução de deterioração clínica com insuficiência respiratória ou choque séptico
Situações em que a estabilidade clínica não é atingida e nenhuma outra característica do paciente é responsável.
Biomarcadores como proteína C-reativa e procalcitonina têm sido úteis na previsão de resposta inadequada por parte do hospedeiro. Níveis elevados de proteína C-reativa ou procalcitonina na apresentação inicial representam um fator de risco para resposta inadequada,[81]Menéndez R, Cavalcanti M, Reyes S, et al. Markers of treatment failure in hospitalised community acquired pneumonia. Thorax. 2008 May;63(5):447-52.
http://thorax.bmj.com/content/63/5/447.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18245147?tool=bestpractice.com
enquanto que os baixos níveis são protetores. O uso de pró-calcitonina para guiar o início e a duração do tratamento com antibiótico resultada em um menor risco de mortalidade, menor consumo de antibióticos e menor risco de efeitos colaterais.[131]Schuetz P, Wirz Y, Sager R, et al. Procalcitonin to initiate or discontinue antibiotics in acute respiratory tract infections. Cochrane Database Syst Rev. 2017 Oct 12;(10):CD007498.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD007498.pub3/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29025194?tool=bestpractice.com
[132]Schuetz P, Wirz Y, Sager R, et al. Effect of procalcitonin-guided antibiotic treatment on mortality in acute respiratory infections: a patient level meta-analysis. Lancet Infect Dis. 2018 Jan;18(1):95-107.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29037960?tool=bestpractice.com
No entanto, uma revisão constatou não haver nenhuma diferença na mortalidade de curto prazo em pacientes gravemente enfermos especificamente,[133]Lam SW, Bauer SR, Fowler R, et al. Systematic review and meta-analysis of procalcitonin-guidance versus usual care for antimicrobial management in critically ill patients: focus on subgroups based on antibiotic initiation, cessation, or mixed strategies. Crit Care Med. 2018 May;46(5):684-90.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29293146?tool=bestpractice.com
enquanto outro estudo constatou que a terapia guiada por TCP não resultou na diminuição do uso de antibióticos.[134]Huang DT, Yealy DM, Filbin MR, et al. Procalcitonin-guided use of antibiotics for lower respiratory tract infection. N Engl J Med. 2018 Jul 19;379(3):236-49.
https://escholarship.org/uc/item/9bd679z6
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29781385?tool=bestpractice.com
O American College of Emergency Physicians não recomenda o uso rotineiro de biomarcadores ao decidir sobre a administração de antibióticos no pronto-socorro.[92]Smith MD, Fee C, et al. Clinical policy: critical issues in the management of adult patients presenting to the emergency department with community-acquired pneumonia. Ann Emerg Med. 2021 Jan;77(1):e1-57.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33349374?tool=bestpractice.com
Algoritmos de consenso que incluem pontos de corte da procalcitonina para decidir quando iniciar ou descontinuar os antibióticos podem ajudar a facilitar a implementação segura e eficiente da terapia guiada por ela.[135]Schuetz P, Bolliger R, Merker M, et al. Procalcitonin-guided antibiotic therapy algorithms for different types of acute respiratory infections based on previous trials. Expert Rev Anti Infect Ther. 2018 Jul;16(7):555-64.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29969320?tool=bestpractice.com
A primeira ação para ausência de resposta ou deterioração deve ser reavaliar os resultados iniciais de microbiologia.[19]Metlay JP, Waterer GW, Long AC, et al. Diagnosis and treatment of adults with community-acquired pneumonia. An official clinical practice guideline of the American Thoracic Society and Infectious Diseases Society of America. Am J Respir Crit Care Med. 2019 Oct 1;200(7):e45-67.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31573350?tool=bestpractice.com
Resultados de culturas e testes de sensibilidade que não estavam disponíveis à apresentação inicial agora podem esclarecer a causa do fracasso clínico. Além disso, deverá ser colhida uma história detalhada de qualquer fator de risco para infecção com micro-organismos incomuns, incluindo vírus e fungos, caso isso ainda não tenha sido feito. A realização de outros exames diagnósticos também pode ser justificada.
Especificamente, se o paciente com pneumonia sem resposta viver ou tiver viajado recentemente para regiões endêmicas de blastomicose ou coccidioidomicose ou tiver havido um surto recente dessas infecções, devem ser considerados exames diagnósticos baseados em imunoensaios enzimáticos para essas infecções fúngicas.[136]Centers for Disease Control and Prevention. Valley fever: testing algorithm for coccidioidomycosis. May 2024 [internet publication].
https://www.cdc.gov/valley-fever/hcp/testing-algorithm
Da mesma forma, se um paciente com PAC sem resposta viver ou tiver viajado para regiões endêmicas de histoplasmose, ou tiver tido exposição significativa a excrementos de morcegos ou pássaros, ou a radiografia mostrar novos nódulos ou linfadenopatia, exames diagnósticos baseados em imunoensaios enzimáticos para detecção de infecção por histoplasmose devem ser considerados.[137]Centers for Disease Control and Prevention. Testing algorithm for histoplasmosis. May 2024 [internet publication].
https://www.cdc.gov/histoplasmosis/hcp/algorithm
Para obter mais informações sobre áreas que poderiam levantar suspeitas destas infecções, consulte as orientações do CDC.[136]Centers for Disease Control and Prevention. Valley fever: testing algorithm for coccidioidomycosis. May 2024 [internet publication].
https://www.cdc.gov/valley-fever/hcp/testing-algorithm
[137]Centers for Disease Control and Prevention. Testing algorithm for histoplasmosis. May 2024 [internet publication].
https://www.cdc.gov/histoplasmosis/hcp/algorithm