Cetoacidose diabética
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Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
depleção de volume grave
fluidoterapia intravenosa
A depleção de volume grave é indicada pela presença de hipotensão ortostática ou hipotensão supina, membranas mucosas ressecadas e turgor cutâneo diminuído. Casos extremos podem ser hemodinamicamente instáveis.
A meta da fluidoterapia inicial é restaurar a perfusão tecidual. A escolha inicial de fluido é o soro fisiológico isotônico na taxa de 1.0 a 1.5 L (ou 15-20 mL/kg peso corporal) pela primeira hora. Em pacientes com depleção de volume grave ou choque cardiogênico, a fluidoterapia isotônica e o monitoramento hemodinâmico devem continuar na unidade de terapia intensiva (UTI) até que o paciente se estabilize.
Os eletrólitos devem ser verificados pelo menos uma vez a cada hora (para monitorar os níveis de potássio) e ureia, pH venoso, creatinina e glicose devem ser verificados a cada 2-4 horas até a resolução da CAD.
Quando a glicose plasmática atingir 11.1 mmol/L (200 mg/dL), a fluidoterapia deve ser alterada para dextrose a 5% com NaCl a 0.45% de 150 a 250 mL/hora para evitar a hipoglicemia.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
cuidados de suporte + internação na unidade de terapia intensiva (UTI)
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
As indicações para internação na UTI incluem a instabilidade hemodinâmica ou choque cardiogênico, estado mental alterado, insuficiência respiratória e acidose grave.
Após a internação na UTI, os acessos arteriais e venosos centrais são necessários, além do cateterismo de Swan-Ganz e oximetria percutânea contínua.
Intubação e ventilação mecânica são comumente necessárias, com monitoramento constante dos parâmetros respiratórios.
Como inserir um tubo traqueal em adulto usando um laringoscópio.
Como usar um aparato reanimador manual autoinflável para fornecer suporte ventilatório a adultos. Vídeo de demonstração da técnica de duas pessoas.
A aspiração nasogástrica sempre é realizada devido à frequente ocorrência de íleo paralítico e ao perigo de aspiração.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
terapia com potássio
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A insulinoterapia e a correção da hiperosmolaridade e acidemia diminuem a concentração plasmática de potássio. Por essa razão, a insulinoterapia deve ser suspensa até o nível de potássio sérico atingir 3.3 mmol/L (3.3 mEq/L).
Da mesma forma, caso o potássio plasmático fique <3.3 mmol/L (3.3 mEq/L) a qualquer momento durante a terapia, a insulina deve ser descontinuada.
A dose de reposição de potássio é de 20-30 mmol (20-30 mEq) adicionados a cada litro do fluido de infusão.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
As escolhas são o fosfato de potássio ou o cloreto de potássio. Um terço da reposição de potássio deve ser administrado como fosfato de potássio para evitar a administração excessiva de cloreto.
O nível de potássio sérico deve ser monitorado pelo menos uma vez por hora e deve ser ajustado conforme a necessidade.
Opções primárias
fosfato de potássio: 20-30 mEq adicionados a cada litro de fluido de infusão inicialmente; ajustar a dose de acordo com o nível de potássio sérico
Mais fosfato de potássioSe o potássio estiver <3.3 mEq/L a qualquer momento durante a terapia, a insulina deve ser descontinuada.
ou
cloreto de potássio: 20-30 mEq adicionados a cada litro de fluido de infusão inicialmente; ajustar a dose de acordo com o nível de potássio sérico
Mais cloreto de potássioSe o potássio estiver <3.3 mEq/L a qualquer momento durante a terapia, a insulina deve ser descontinuada.
insulina intravenosa (IV) uma vez que o potássio sérico tenha atingido 3.3 mmol/L (3.3 mEq/L)
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A insulinoterapia não deve ser iniciada até que o potássio sérico chegue a 3.3 mmol/L (3.3 mEq/L).
Os pacientes devem receber uma infusão intravenosa contínua de insulina regular após a exclusão de hipocalemia (isto é, o nível de potássio deve ser >3.3 mmol/L [>3.3 mEq/L]) antes do início da terapia com insulina). Este é o padrão de cuidados em pacientes gravemente enfermos e mentalmente obnubilados com CAD.[3]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 Dois esquemas alternativos de baixa dose são recomendados pela American Diabetes Association (ADA).[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com A primeira opção é uma infusão intravenosa contínua de insulina regular na dose de 0.14 unidades/kg/hora (aproximadamente 10 unidades/hora em um paciente de 70 kg) sem bolus inicial.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com Isto baseia-se em estudos que demonstram que a utilização de insulina regular em baixas doses administrada por infusão intravenosa é suficiente para o tratamento da CAD, desde que a dose seja >0.1 unidade/kg/hora. O regime alternativo envolve uma dose inicial intravenosa em bolus de 0.1 unidade/kg, seguida por uma infusão contínua a uma dose de 0.1 unidade/kg/hora.[59]Gosmanov AR, Gosmanova EO, Dillard-Cannon E. Management of adult diabetic ketoacidosis. Diabetes Metab Syndr Obes. 2014 Jun 30;7:255-64. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4085289 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25061324?tool=bestpractice.com Esses protocolos de insulinoterapia de baixa dose diminuem a concentração da glicose plasmática na velocidade de 2.8 a 4.2 mmol/L/hora (50-75 mg/dL/hora).[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
Se a glicose plasmática não diminuir em, no mínimo, 10% ou 2.8 mmol/L (50 mg/dL) na primeira hora de infusão de insulina, uma dose de 0.14 unidades/kg de insulina regular deve ser administrada em bolus intravenoso, e a taxa de infusão contínua de insulina deve ser mantida (0.1 unidades/kg/hora ou 0.14 unidades/kg/hora, dependendo do regime selecionado).[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [59]Gosmanov AR, Gosmanova EO, Dillard-Cannon E. Management of adult diabetic ketoacidosis. Diabetes Metab Syndr Obes. 2014 Jun 30;7:255-64. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4085289 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25061324?tool=bestpractice.com A injeção de insulina em uma escala móvel não é mais recomendada. Quando a glicemia está abaixo de 11.1 mmol/L (200 mg/dL), a infusão pode ser reduzida para 0.02 a 0.05 unidade/kg/hora, quando a dextrose pode ser adicionada aos fluidos intravenosos.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [59]Gosmanov AR, Gosmanova EO, Dillard-Cannon E. Management of adult diabetic ketoacidosis. Diabetes Metab Syndr Obes. 2014 Jun 30;7:255-64. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4085289 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25061324?tool=bestpractice.com A taxa de infusão de insulina (ou a concentração de dextrose) deve então ser ajustada para manter um nível de glicose plasmática entre 8.3 e 11.1 mmol/L (150-200 mg/dL).[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
Este regime deve ser seguido até que todos os critérios restantes para a resolução sejam atendidos: bicarbonato sérico >18 mmol/L (18 mEq/L), pH venoso >7.3 e anion gap <10.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
Opções primárias
insulina neutra: consulte os protocolos locais para diretrizes de dosagem
vasopressores
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Nos pacientes hemodinamicamente instáveis, a terapia com vasopressores também pode ser necessária.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [58]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving Sepsis Campaign: International Guidelines for Management of Sepsis and Septic Shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-e1143. https://www.doi.org/10.1097/CCM.0000000000005337 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34605781?tool=bestpractice.com
Consulte um especialista para obter orientação quanto aos esquemas vasopressores adequados.
terapia com bicarbonato
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A terapia com bicarbonato pode ser utilizada em pacientes adultos com pH <7 ou nível de bicarbonato <5 mmol/L (5 mEq/L), embora os dados sejam limitados.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [70]Chua HR, Schneider A, Bellomo R. Bicarbonate in diabetic ketoacidosis - a systematic review. Ann Intensive Care. 2011 Jul 6;1(1):23. https://www.annalsofintensivecare.com/content/1/1/23 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21906367?tool=bestpractice.com
Em adultos com pH de 6.9 a 7.0, podem ser administrados 50 mmol de bicarbonato de sódio (1 ampola) em 200 mL de água estéril com 10 mmol (10 mEq) de KCl ao longo de 1 hora até que o pH esteja >7.0.
Em adultos com pH <6.9, recomendamos que sejam administrados 100 mmol de bicarbonato de sódio em 400 mL de água estéril com 20 mmol (20 mEq) de KCl na velocidade de 200 mL/hora por 2 horas ou até que o pH esteja >7.0. O tratamento deve ser repetido a cada 2 horas até que o pH esteja >7.0. A terapia com bicarbonato, da mesma forma que a insulinoterapia, diminui o potássio sérico; portanto, KCl deve ser adicionado ao bicarbonato isotônico.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [71]Morris LR, Murphy MB, Kitabchi AE. Bicarbonate therapy in severe diabetic ketoacidosis. Ann Intern Med. 1986 Dec;105(6):836-40. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3096181?tool=bestpractice.com
Opções primárias
bicarbonato de sódio: pH sérico 6.9 a 7.0: infusão intravenosa de 50 mmol durante 1 hora até pH >7.0; pH sérico <6.9: 100 mmol em infusão intravenosa de 200 mL/hora por 2 horas ou até que o pH esteja >7.0
terapia com fosfato
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A reposição de rotina do fosfato na CAD ou no estado hiperosmolar hiperglicêmico não é recomendada.
No entanto, para evitar disfunção cardíaca, respiratória e musculoesquelética, uma terapia cuidadosa de fosfato pode ser indicada em pacientes com disfunção cardíaca (por exemplo, com sinais de disfunção ventricular esquerda), anemia sintomática ou depressão respiratória (por exemplo, diminuição da saturação de oxigênio) e em pacientes com hipofosfatemia confirmada (concentração sérica de fosfato <1.0 mg/dL).[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
A dose é de 20-30 mEq/L de fosfato de potássio adicionados aos fluidos de reposição.
A terapia com fosfato acima da dose recomendada pode resultar em hipocalcemia grave.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [83]Fisher JN, Kitabchi AE. A randomized study of phosphate therapy in the treatment of diabetic ketoacidosis. J Clin Endocrinol Metab. 1983 Jul;57(1):177-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6406531?tool=bestpractice.com [84]Adrogue HJ, Wilson H, Boyd AE 3rd, et al. Plasma acid-base patterns in diabetic ketoacidosis. N Engl J Med. 1982 Dec 23;307(26):1603-10. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6815530?tool=bestpractice.com
Opções primárias
fosfato de potássio: 20-30 mEq adicionados a cada litro do fluido de infusão
fluidoterapia intravenosa
A depleção de volume grave é indicada pela presença de hipotensão ortostática ou hipotensão supina, membranas mucosas ressecadas e turgor cutâneo diminuído. Casos extremos podem ser hemodinamicamente instáveis.
A meta da fluidoterapia inicial é restaurar a perfusão tecidual. A escolha inicial de fluido é o soro fisiológico isotônico na taxa de 1.0 a 1.5 L (ou 15 a 20 mL/kg peso corporal) pela primeira hora. Em pacientes com depleção de volume grave (ou seja, hipotensão supina ou ortostática, membranas mucosas ressecadas e turgor cutâneo diminuído) ou choque cardiogênico, fluidoterapia isotônica e monitoramento hemodinâmico devem continuar na unidade de terapia intensiva (UTI) até que estejam estáveis.
Os eletrólitos devem ser verificados pelo menos uma vez a cada hora (para monitorar os níveis de potássio) e ureia, pH venoso, creatinina e glicose devem ser verificados a cada 2-4 horas até a resolução da CAD.
Quando a glicose plasmática atingir 11.1 mmol/L (200 mg/dL), a fluidoterapia deve ser alterada para dextrose a 5% com NaCl a 0.45% de 150 a 250 mL/hora para evitar a hipoglicemia.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
cuidados de suporte + internação na unidade de terapia intensiva (UTI)
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
As indicações para internação na UTI incluem a instabilidade hemodinâmica ou choque cardiogênico, estado mental alterado, insuficiência respiratória e acidose grave.
Após a internação na UTI, os acessos arteriais e venosos centrais são necessários, além do cateterismo de Swan-Ganz e oximetria percutânea contínua.
Intubação e ventilação mecânica são comumente necessárias, com monitoramento constante dos parâmetros respiratórios.
Como inserir um tubo traqueal em adulto usando um laringoscópio.
Como usar um aparato reanimador manual autoinflável para fornecer suporte ventilatório a adultos. Vídeo de demonstração da técnica de duas pessoas.
A aspiração nasogástrica sempre é realizada devido à frequente ocorrência de íleo paralítico e ao perigo de aspiração.
insulina intravenosa
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os pacientes devem receber uma infusão intravenosa contínua de insulina regular após a exclusão de hipocalemia (isto é, o nível de potássio deve ser >3.3 mmol/L [>3.3 mEq/L]) antes do início da terapia com insulina). Este é o padrão de cuidados em pacientes gravemente enfermos e mentalmente obnubilados com CAD.[3]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 A ADA recomenda dois esquemas alternativos de baixas dosagens.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com A primeira opção é uma infusão intravenosa contínua de insulina regular na dose de 0.14 unidades/kg/hora (aproximadamente 10 unidades/hora em um paciente de 70 kg) sem bolus inicial.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com Isto baseia-se em estudos que demonstram que a utilização de insulina regular em baixas doses administrada por infusão intravenosa é suficiente para o tratamento da CAD, desde que a dose seja superior a 0.1 unidade/kg/hora. O regime alternativo envolve uma dose inicial intravenosa em bolus de 0.1 unidade/kg, seguida por uma infusão contínua a uma dose de 0.1 unidade/kg/hora.[59]Gosmanov AR, Gosmanova EO, Dillard-Cannon E. Management of adult diabetic ketoacidosis. Diabetes Metab Syndr Obes. 2014 Jun 30;7:255-64. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4085289 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25061324?tool=bestpractice.com Esses protocolos de insulinoterapia de baixa dose diminuem a concentração da glicose plasmática na velocidade de 2.8 a 4.2 mmol/L/hora (50 a 75 mg/dL/hora).[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
Se a glicose plasmática não diminuir em, no mínimo, 10% ou 2.8 mmol/L (50 mg/dL) na primeira hora de infusão de insulina, uma dose de 0.14 unidades/kg de insulina regular deve ser administrada em bolus intravenoso, e a taxa de infusão contínua de insulina deve ser mantida (0.1 unidades/kg/hora ou 0.14 unidades/kg/hora, dependendo do regime selecionado).[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [59]Gosmanov AR, Gosmanova EO, Dillard-Cannon E. Management of adult diabetic ketoacidosis. Diabetes Metab Syndr Obes. 2014 Jun 30;7:255-64. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4085289 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25061324?tool=bestpractice.com A injeção de insulina em uma escala móvel não é mais recomendada. Quando a glicemia está abaixo de 11.1 mmol/L (200 mg/dL), a infusão pode ser reduzida para 0.05 unidade/kg/hora, quando a dextrose pode ser adicionada aos fluidos intravenosos.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [59]Gosmanov AR, Gosmanova EO, Dillard-Cannon E. Management of adult diabetic ketoacidosis. Diabetes Metab Syndr Obes. 2014 Jun 30;7:255-64. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4085289 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25061324?tool=bestpractice.com A taxa de infusão de insulina (ou a concentração de dextrose) deve então ser ajustada para manter um nível de glicose plasmática entre 8.3 e 11.1 mmol/L (150 e 200 mg/dL).[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
Este regime deve ser seguido até que todos os critérios restantes para a resolução sejam atendidos: bicarbonato sérico >18 mmol/L (>18 mEq/L), pH venoso >7.3 e anion gap <10.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
Se o potássio plasmático cair abaixo de 3.3 mmol/L (3.3 mEq/L) a qualquer momento, a insulina deverá ser descontinuada e o potássio reposto por via intravenosa. A insulinoterapia poderá ser reiniciada quando o nível de potássio voltar a 3.3 mmol/L (3.3 mEq/L).
Opções primárias
insulina neutra: consulte os protocolos locais para diretrizes de dosagem
terapia com potássio
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A insulinoterapia e a correção da hiperosmolaridade e da acidemia diminuem a concentração plasmática de potássio. A reposição concomitante de potássio será recomendada se o potássio sérico estiver entre 3.3 e 5.3 mmol/L (3.3 a 5.3 mEq/L) para prevenir arritmias cardíacas decorrentes da hipocalemia. A dose é de 20-30 mmol (20-30 mEq) adicionada a cada litro do fluido de infusão. Se o potássio for <3.3 mmol/L (<3.3 mEq/L) em qualquer momento do tratamento, a insulina deve ser descontinuada, e o potássio deve ser reposto por via intravenosa.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
As escolhas são o fosfato de potássio ou o cloreto de potássio. Um terço da reposição de potássio deve ser administrado como fosfato de potássio para evitar a administração excessiva de cloreto.
O nível de potássio sérico deve ser monitorado pelo menos uma vez por hora e deve ser ajustado conforme a necessidade.
Opções primárias
fosfato de potássio: 20-30 mEq adicionados a cada litro de fluido de infusão inicialmente; ajustar a dose de acordo com o nível de potássio sérico
Mais fosfato de potássioSe o potássio estiver <3.3 mEq/L a qualquer momento da terapia, a insulina deve ser descontinuada e o potássio reposto por via intravenosa.
ou
cloreto de potássio: 20-30 mEq adicionados a cada litro de fluido de infusão inicialmente; ajustar a dose de acordo com o nível de potássio sérico
Mais cloreto de potássioSe o potássio estiver <3.3 mEq/L a qualquer momento da terapia, a insulina deve ser descontinuada e o potássio reposto por via intravenosa.
vasopressores
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Nos pacientes hemodinamicamente instáveis, a terapia com vasopressores também pode ser necessária.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [58]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving Sepsis Campaign: International Guidelines for Management of Sepsis and Septic Shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-e1143. https://www.doi.org/10.1097/CCM.0000000000005337 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34605781?tool=bestpractice.com
Consulte um especialista para obter orientação quanto ao esquema vasopressor adequado.
terapia com bicarbonato
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A terapia com bicarbonato pode ser utilizada em pacientes adultos com pH <7 ou nível de bicarbonato <5 mmol/L (5 mEq/L), embora os dados sejam limitados.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [70]Chua HR, Schneider A, Bellomo R. Bicarbonate in diabetic ketoacidosis - a systematic review. Ann Intensive Care. 2011 Jul 6;1(1):23. https://www.annalsofintensivecare.com/content/1/1/23 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21906367?tool=bestpractice.com
Em adultos com pH de 6.9 a 7.0, podem ser administrados 50 mmol de bicarbonato de sódio (1 ampola) em 200 mL de água estéril com 10 mmol (10 mEq) de KCl ao longo de 1 hora até que o pH esteja >7.0.
Em adultos com pH <6.9, recomendamos que sejam administrados 100 mmol de bicarbonato de sódio em 400 mL de água estéril com 20 mmol (20 mEq) de KCl na velocidade de 200 mL/hora por 2 horas ou até que o pH esteja >7.0. O tratamento deve ser repetido a cada 2 horas até que o pH esteja >7.0. A terapia com bicarbonato, da mesma forma que a insulinoterapia, diminui o potássio sérico; portanto, KCl deve ser adicionado ao bicarbonato isotônico.[71]Morris LR, Murphy MB, Kitabchi AE. Bicarbonate therapy in severe diabetic ketoacidosis. Ann Intern Med. 1986 Dec;105(6):836-40. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3096181?tool=bestpractice.com
Opções primárias
bicarbonato de sódio: pH sérico 6.9 a 7.0: infusão intravenosa de 50 mmol durante 1 hora até pH >7.0; pH sérico <6.9: 100 mmol em infusão intravenosa de 200 mL/hora por 2 horas ou até que o pH esteja >7.0
terapia com fosfato
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A reposição de rotina do fosfato na CAD ou no estado hiperosmolar hiperglicêmico não é recomendada.
No entanto, para evitar disfunção cardíaca, respiratória e musculoesquelética, uma terapia cuidadosa de fosfato pode ser indicada em pacientes com disfunção cardíaca (por exemplo, com sinais de disfunção ventricular esquerda), anemia sintomática ou depressão respiratória (por exemplo, diminuição da saturação de oxigênio) e em pacientes com hipofosfatemia confirmada (concentração sérica de fosfato <1.0 mg/dL).[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
A dose é de 20-30 mEq/L de fosfato de potássio adicionados aos fluidos de reposição.
A terapia com fosfato acima da dose recomendada pode resultar em hipocalcemia grave.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [83]Fisher JN, Kitabchi AE. A randomized study of phosphate therapy in the treatment of diabetic ketoacidosis. J Clin Endocrinol Metab. 1983 Jul;57(1):177-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6406531?tool=bestpractice.com [84]Adrogue HJ, Wilson H, Boyd AE 3rd, et al. Plasma acid-base patterns in diabetic ketoacidosis. N Engl J Med. 1982 Dec 23;307(26):1603-10. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6815530?tool=bestpractice.com
Opções primárias
fosfato de potássio: 20-30 mEq adicionados a cada litro do fluido de infusão
fluidoterapia intravenosa
A depleção de volume grave é indicada pela presença de hipotensão ortostática ou hipotensão supina, membranas mucosas ressecadas e turgor cutâneo diminuído. Casos extremos podem ser hemodinamicamente instáveis.
A meta da fluidoterapia inicial é restaurar a perfusão tecidual. A escolha inicial de fluido é o soro fisiológico isotônico na taxa de 1.0 a 1.5 L (ou 15-20 mL/kg peso corporal) pela primeira hora. Em pacientes com depleção de volume grave (ou seja, hipotensão supina ou ortostática, membranas mucosas ressecadas e turgor cutâneo diminuído) ou choque cardiogênico, fluidoterapia isotônica e monitoramento hemodinâmico devem continuar na unidade de terapia intensiva (UTI) até que estejam estáveis.
Os eletrólitos devem ser verificados pelo menos uma vez a cada hora (para monitorar os níveis de potássio), e ureia, pH venoso, creatinina e glicose devem ser verificados a cada 2-4 horas até a resolução da CAD.
Quando a glicose plasmática atingir 11.1 mmol/L (200 mg/dL), a fluidoterapia deve ser alterada para dextrose a 5% com NaCl a 0.45% de 150 a 250 mL/hora para evitar a hipoglicemia.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
cuidados de suporte + internação na unidade de terapia intensiva (UTI)
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
As indicações para internação na UTI incluem a instabilidade hemodinâmica ou choque cardiogênico, estado mental alterado, insuficiência respiratória e acidose grave.
Após a internação na UTI, os acessos arteriais e venosos centrais são necessários, além do cateterismo de Swan-Ganz e oximetria percutânea contínua.
Intubação e ventilação mecânica são comumente necessárias, com monitoramento constante dos parâmetros respiratórios.
Como inserir um tubo traqueal em adulto usando um laringoscópio.
Como usar um aparato reanimador manual autoinflável para fornecer suporte ventilatório a adultos. Vídeo de demonstração da técnica de duas pessoas.
A aspiração nasogástrica sempre é realizada devido à frequente ocorrência de íleo paralítico e ao perigo de aspiração.
insulina intravenosa
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os pacientes devem receber uma infusão intravenosa contínua de insulina regular após a exclusão de hipocalemia (isto é, o nível de potássio deve ser >3.3 mmol/L [>3.3 mEq/L]) antes do início da terapia com insulina). Este é o padrão de cuidados em pacientes gravemente enfermos e mentalmente obnubilados com CAD.[3]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 A ADA recomenda dois esquemas alternativos de baixas dosagens.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com A primeira opção é uma infusão intravenosa contínua de insulina regular na dose de 0.14 unidades/kg/hora (aproximadamente 10 unidades/hora em um paciente de 70 kg) sem bolus inicial.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com Isto baseia-se em estudos que demonstram que a utilização de insulina regular em baixas doses administrada por infusão intravenosa é suficiente para o tratamento da CAD, desde que a dose seja superior a 0.1 unidade/kg/hora. O regime alternativo envolve uma dose inicial intravenosa em bolus de 0.1 unidade/kg, seguida por uma infusão contínua a uma dose de 0.1 unidade/kg/hora.[59]Gosmanov AR, Gosmanova EO, Dillard-Cannon E. Management of adult diabetic ketoacidosis. Diabetes Metab Syndr Obes. 2014 Jun 30;7:255-64. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4085289 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25061324?tool=bestpractice.com Esses protocolos de insulinoterapia de baixa dose diminuem a concentração da glicose plasmática na velocidade de 2.8 a 4.2 mmol/L/hora (50-75 mg/dL/hora).[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
Se a glicose plasmática não diminuir em, no mínimo, 10% ou 2.8 mmol/L (50 mg/dL) na primeira hora de infusão de insulina, uma dose de 0.14 unidades/kg de insulina regular deve ser administrada em bolus intravenoso, e a taxa de infusão contínua de insulina deve ser mantida (0.1 unidades/kg/hora ou 0.14 unidades/kg/hora, dependendo do regime selecionado).[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [59]Gosmanov AR, Gosmanova EO, Dillard-Cannon E. Management of adult diabetic ketoacidosis. Diabetes Metab Syndr Obes. 2014 Jun 30;7:255-64. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4085289 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25061324?tool=bestpractice.com A injeção de insulina em uma escala móvel não é mais recomendada. Quando a glicemia está abaixo de 11.1 mmol/L (200 mg/dL), a infusão pode ser reduzida para 0.02 a 0.05 unidade/kg/hora, quando a dextrose pode ser adicionada aos fluidos intravenosos.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [59]Gosmanov AR, Gosmanova EO, Dillard-Cannon E. Management of adult diabetic ketoacidosis. Diabetes Metab Syndr Obes. 2014 Jun 30;7:255-64. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4085289 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25061324?tool=bestpractice.com A taxa de infusão de insulina (ou a concentração de dextrose) deve então ser ajustada para manter um nível de glicose plasmática entre 8.3 e 11.1 mmol/L (150-200 mg/dL).[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
Este regime deve ser seguido até que todos os critérios restantes para a resolução sejam atendidos: bicarbonato sérico >18 mmol/L (>18 mEq/L), pH venoso >7.3 e anion gap <10.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
A reposição de potássio não é necessária, mas os níveis de potássio devem ser verificados a cada 2 horas.
Opções primárias
insulina neutra: consulte os protocolos locais para diretrizes de dosagem
vasopressores
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Nos pacientes hemodinamicamente instáveis, a terapia com vasopressores também pode ser necessária.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [58]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving Sepsis Campaign: International Guidelines for Management of Sepsis and Septic Shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-e1143. https://www.doi.org/10.1097/CCM.0000000000005337 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34605781?tool=bestpractice.com
Consulte um especialista para obter orientação quanto ao esquema vasopressor adequado.
terapia com bicarbonato
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A terapia com bicarbonato pode ser utilizada em pacientes adultos com pH <7 ou nível de bicarbonato <5 mmol/L (5 mEq/L), embora os dados sejam limitados.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [70]Chua HR, Schneider A, Bellomo R. Bicarbonate in diabetic ketoacidosis - a systematic review. Ann Intensive Care. 2011 Jul 6;1(1):23. https://www.annalsofintensivecare.com/content/1/1/23 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21906367?tool=bestpractice.com
Em adultos com pH de 6.9 a 7.0, podem ser administrados 50 mmol de bicarbonato de sódio (1 ampola) em 200 mL de água estéril com 10 mmol (10 mEq) de KCl ao longo de 1 hora até que o pH esteja >7.0.
Em adultos com pH <6.9, recomendamos que sejam administrados 100 mmol de bicarbonato de sódio em 400 mL de água estéril com 20 mmol (20 mEq) de KCl na velocidade de 200 mL/hora por 2 horas ou até que o pH esteja >7.0. O tratamento deve ser repetido a cada 2 horas até que o pH esteja >7.0. A terapia com bicarbonato, da mesma forma que a insulinoterapia, diminui o potássio sérico; portanto, KCl deve ser adicionado ao bicarbonato isotônico.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [71]Morris LR, Murphy MB, Kitabchi AE. Bicarbonate therapy in severe diabetic ketoacidosis. Ann Intern Med. 1986 Dec;105(6):836-40. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3096181?tool=bestpractice.com
Opções primárias
bicarbonato de sódio: pH sérico 6.9 a 7.0: infusão intravenosa de 50 mmol durante 1 hora até pH >7.0; pH sérico <6.9: 100 mmol em infusão intravenosa de 200 mL/hora por 2 horas ou até que o pH esteja >7.0
terapia com fosfato
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A reposição de rotina do fosfato na CAD ou no estado hiperosmolar hiperglicêmico não é recomendada.
No entanto, para evitar disfunção cardíaca, respiratória e musculoesquelética, uma terapia cuidadosa de fosfato pode ser indicada em pacientes com disfunção cardíaca (por exemplo, com sinais de disfunção ventricular esquerda), anemia sintomática ou depressão respiratória (por exemplo, diminuição da saturação de oxigênio) e em pacientes com hipofosfatemia confirmada (concentração sérica de fosfato <1.0 mg/dL).[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
A dose é de 20-30 mEq/L de fosfato de potássio adicionados aos fluidos de reposição.
A terapia com fosfato acima da dose recomendada pode resultar em hipocalcemia grave.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [83]Fisher JN, Kitabchi AE. A randomized study of phosphate therapy in the treatment of diabetic ketoacidosis. J Clin Endocrinol Metab. 1983 Jul;57(1):177-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6406531?tool=bestpractice.com [84]Adrogue HJ, Wilson H, Boyd AE 3rd, et al. Plasma acid-base patterns in diabetic ketoacidosis. N Engl J Med. 1982 Dec 23;307(26):1603-10. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6815530?tool=bestpractice.com
Opções primárias
fosfato de potássio: 20-30 mEq adicionados a cada litro do fluido de infusão
depleção de volume de leve a moderada: hiponatrêmico
fluidoterapia intravenosa
A depleção de volume leve a moderada é indicada pela ausência de hipotensão ortostática ou hipotensão supina, membranas mucosas secas e turgor cutâneo diminuído. A meta é gradualmente repor metade do deficit de fluidos ao longo de 12-24 horas, para prevenir complicações, como edema cerebral.
A escolha inicial de fluido é o soro fisiológico isotônico na taxa de 1.0 a 1.5 L (ou 15-20 mL/kg peso corporal) pela primeira hora.
Após a reposição de fluidos inicial, o nível de sódio sérico corrigido deve ser avaliado. A equação das unidades do sistema internacional (SI) é: sódio corrigido (mmol/L) = sódio medido (mmol/L) + 0.016 ([glicose (mmol/L) × 18]-100). A equação das unidades convencionais é: sódio corrigido (mEq/L) = sódio medido (mEq/L) + 0.016 (glicose [mg/dL] - 100). Em pacientes em estado hiponatrêmico, NaCl a 0.9% deve ser iniciado em 250-500 mL/hora.
Os eletrólitos devem ser verificados pelo menos uma vez a cada hora (para monitorar os níveis de potássio), e ureia, pH venoso, creatinina e glicose devem ser verificados a cada 2-4 horas até a resolução da CAD.
Quando a glicose plasmática atingir 11.1 mmol/L (200 mg/dL), a fluidoterapia deve ser alterada para dextrose a 5% com NaCl a 0.45% de 150 a 250 mL/hora para evitar a hipoglicemia.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
cuidados de suporte ± internação na unidade de terapia intensiva (UTI)
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
As indicações para internação na UTI incluem o estado mental alterado, insuficiência respiratória e acidose grave.
Após a internação na UTI, os acessos arteriais e venosos centrais são necessários, além do cateterismo de Swan-Ganz e oximetria percutânea contínua. Intubação e ventilação mecânica são comumente necessárias, com monitoramento constante dos parâmetros respiratórios. A aspiração nasogástrica sempre é realizada devido à frequente ocorrência de íleo paralítico e ao perigo de aspiração.
Como inserir um tubo traqueal em adulto usando um laringoscópio.
Como usar um aparato reanimador manual autoinflável para fornecer suporte ventilatório a adultos. Vídeo de demonstração da técnica de duas pessoas.
Os casos leves de CAD podem ser tratados sem a internação na UTI.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
terapia com potássio
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A insulinoterapia e a correção da hiperosmolaridade e acidemia diminuem a concentração plasmática de potássio. Por essa razão, a insulinoterapia deve ser suspensa até o nível de potássio sérico atingir 3.3 mmol/L (3.3 mEq/L).
Da mesma forma, caso o potássio plasmático fique <3.3 mmol/L (3.3 mEq/L) a qualquer momento durante a terapia, a insulina deve ser descontinuada.
A dose é de 20-30 mmol (20-30 mEq) adicionada a cada litro do fluido de infusão.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
As escolhas para a correção do potássio são o fosfato de potássio ou o cloreto de potássio. Um terço da reposição de potássio deve ser administrado como fosfato de potássio para evitar a administração excessiva de cloreto.
Opções primárias
fosfato de potássio: 20-30 mEq adicionados a cada litro de fluido de infusão inicialmente; ajustar a dose de acordo com o nível de potássio sérico
Mais fosfato de potássioSe o potássio estiver <3.3 mEq/L a qualquer momento da terapia, a insulina deve ser descontinuada e o potássio reposto por via intravenosa.
ou
cloreto de potássio: 20-30 mEq adicionados a cada litro de fluido de infusão inicialmente; ajustar a dose de acordo com o nível de potássio sérico
Mais cloreto de potássioSe o potássio estiver <3.3 mEq/L a qualquer momento da terapia, a insulina deve ser descontinuada e o potássio reposto por via intravenosa.
insulina uma vez que o potássio sérico tenha atingido 3.3 mmol/L (3.3 mEq/L)
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A insulinoterapia não deve ser iniciada até que o potássio sérico chegue a 3.3 mol/L (3.3 mEq/L).
Os pacientes devem receber uma infusão intravenosa contínua de insulina regular após a exclusão de hipocalemia (isto é, o nível de potássio deve ser >3.3 mmol/L [>3.3 mEq/L]) antes do início da terapia com insulina). Este é o padrão de cuidados em pacientes gravemente enfermos e mentalmente obnubilados com CAD.[3]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 A ADA recomenda dois esquemas alternativos de baixas dosagens.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com A primeira opção é uma infusão intravenosa contínua de insulina regular na dose de 0.14 unidades/kg/hora (aproximadamente 10 unidades/hora em um paciente de 70 kg) sem bolus inicial.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com Isto baseia-se em estudos que demonstram que a utilização de insulina regular em baixas doses administrada por infusão intravenosa é suficiente para o tratamento da CAD, desde que a dose seja superior a 0.1 unidade/kg/hora. O regime alternativo envolve uma dose inicial intravenosa em bolus de 0.1 unidade/kg, seguida por uma infusão contínua a uma dose de 0.1 unidade/kg/hora.[59]Gosmanov AR, Gosmanova EO, Dillard-Cannon E. Management of adult diabetic ketoacidosis. Diabetes Metab Syndr Obes. 2014 Jun 30;7:255-64. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4085289 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25061324?tool=bestpractice.com Esses protocolos de insulinoterapia de baixa dose diminuem a concentração da glicose plasmática na velocidade de 2.8 a 4.2 mmol/L/hora (50-75 mg/dL/hora).[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
Se a glicose plasmática não diminuir em, no mínimo, 10% ou 2.8 mmol/L (50 mg/dL) na primeira hora de infusão de insulina, uma dose de 0.14 unidades/kg de insulina regular deve ser administrada em bolus intravenoso, e a taxa de infusão contínua de insulina deve ser mantida (0.1 unidades/kg/hora ou 0.14 unidades/kg/hora, dependendo do regime selecionado).[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [59]Gosmanov AR, Gosmanova EO, Dillard-Cannon E. Management of adult diabetic ketoacidosis. Diabetes Metab Syndr Obes. 2014 Jun 30;7:255-64. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4085289 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25061324?tool=bestpractice.com A injeção de insulina em uma escala móvel não é mais recomendada. Quando a glicemia está abaixo de 11.1 mmol/L (200 mg/dL), a infusão pode ser reduzida para 0.02 a 0.05 unidade/kg/hora, quando a dextrose pode ser adicionada aos fluidos intravenosos.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [59]Gosmanov AR, Gosmanova EO, Dillard-Cannon E. Management of adult diabetic ketoacidosis. Diabetes Metab Syndr Obes. 2014 Jun 30;7:255-64. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4085289 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25061324?tool=bestpractice.com A taxa de infusão de insulina (ou a concentração de dextrose) deve então ser ajustada para manter um nível de glicose plasmática entre 8.3 e 11.1 mmol/L (150-200 mg/dL).[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
Pacientes com CAD leve a moderada (glicose plasmática >13.9 mmol/L [>250 mg/dL], pH arterial de 7.00 a 7.30, bicarbonato sérico de 10-18 mmol/L [10-18 mEq/L]) que não seja complicado por infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência hepática ou renal em estágio terminal, uso de esteroides ou gravidez, podem receber insulina de ação rápida por via subcutânea como uma alternativa à insulina regular intravenosa (sem diferença significativa nos desfechos ao usar qualquer abordagem juntamente com o manejo hídrico agressivo para CAD leve ou moderada).[3]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 [67]Ludvigsson J, Samuelsson U. Continuous insulin infusion (CSII) or modern type of multiple daily injections (MDI) in diabetic children and adolescents: a critical review on a controversial issue. Pediatr Endocrinol Rev. 2007 Dec;5(2):666-78. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18084161?tool=bestpractice.com [68]Mukhopadhyay A, Farrell T, Fraser RB, et al. Continuous subcutaneous insulin infusion vs intensive conventional insulin therapy in pregnant diabetic women: a systematic review and metaanalysis of randomized, controlled trials. Am J Obstet Gynecol. 2007 Nov;197(5):447-56. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17678864?tool=bestpractice.com [69]Andrade-Castellanos CA, Colunga-Lozano LE, Delgado-Figueroa N, et al. Subcutaneous rapid-acting insulin analogues for diabetic ketoacidosis. Cochrane Database Syst Rev. 2016 Jan 21;(1):CD011281. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD011281.pub2/abstract http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26798030?tool=bestpractice.com [ ] How do subcutaneous rapid-acting insulin analogs compare with regular insulin in people with diabetic ketoacidosis?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1713/fullMostre-me a resposta Uma sugestão de protocolo seria uma injeção subcutânea inicial de insulina de ação rápida em uma dose de 0.3 unidade/kg, seguida por outra injeção subcutânea de 0.2 unidade/kg depois de 1 hora. Depois disso, eles devem receber 0.2 unidade/kg a cada 2 horas até que a glicose sanguínea esteja <13.9 mmol/L (<250 mg/dL). Nesse ponto, a dose de insulina deve ser diminuída pela metade, para 0.1 unidade/kg a cada 2 horas, até a resolução da CAD.[65]Umpierrez GE, Cuervo R, Karabell A, et al. Treatment of diabetic ketoacidosis with subcutaneous insulin aspart. Diabetes Care. 2004 Aug;27(8):1873-8. https://care.diabetesjournals.org/content/27/8/1873.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15277410?tool=bestpractice.com Os pacientes tratados com insulina subcutânea devem receber reposição de fluidos adequada, exames de glicemia à beira do leito frequentes e tratamento adequado das causas subjacentes para evitar a CAD recorrente.[3]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 A infusão intravenosa contínua de insulina regular deve continuar sendo a via de escolha por causa da meia-vida curta e da fácil titulação da insulina intravenosa. Isso é comparado ao início de ação tardio e à meia-vida prolongada da insulina administrada por via subcutânea. No entanto, se o tempo de espera por vagas na unidade de terapia intensiva (UTI) for longo, ou onde os recursos médicos forem escassos, o uso de análogos da insulina no tratamento de episódios leves e descomplicados de CAD poderá ser considerado para os pacientes ambulatoriais, na enfermaria ou no pronto-socorro.[3]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
Pacientes com CAD grave (glicose plasmática >13.9 mmol/L [>250 mg/dL], pH arterial <7.00, bicarbonato sérico <10 mmol/L [<10 mEq/L]), hipotensão, anasarca (edema grave generalizado) ou doença crítica grave associada devem ser tratados com insulina regular intravenosa na UTI, utilizando o regime descrito acima.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [65]Umpierrez GE, Cuervo R, Karabell A, et al. Treatment of diabetic ketoacidosis with subcutaneous insulin aspart. Diabetes Care. 2004 Aug;27(8):1873-8. https://care.diabetesjournals.org/content/27/8/1873.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15277410?tool=bestpractice.com [64]Fisher JN, Shahshahani MN, Kitabchi AE. Diabetic ketoacidosis: low-dose insulin therapy by various routes. N Engl J Med. 1977 Aug 4;297(5):238-41. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/406561?tool=bestpractice.com [66]Umpierrez GE, Latif K, Stoever J, et al. Efficacy of subcutaneous insulin lispro versus continuous intravenous regular insulin for the treatment of patients with diabetic ketoacidosis. Am J Med. 2004 Sep 1;117(5):291-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15336577?tool=bestpractice.com
Este regime deve ser seguido até que todos os critérios restantes para a resolução sejam atendidos: bicarbonato sérico >18 mmol/L (18 mEq/L), pH venoso >7.3 e anion gap <10.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
Opções primárias
insulina neutra: consulte os protocolos locais para diretrizes de dosagem
Opções secundárias
insulina asparte: consulte os protocolos locais para diretrizes de dosagem
ou
insulina lispro: consulte os protocolos locais para diretrizes de dosagem
terapia com bicarbonato
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A terapia com bicarbonato pode ser utilizada em pacientes adultos com pH <7 ou nível de bicarbonato <5 mmol/L (5 mEq/L), embora os dados sejam limitados.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [70]Chua HR, Schneider A, Bellomo R. Bicarbonate in diabetic ketoacidosis - a systematic review. Ann Intensive Care. 2011 Jul 6;1(1):23. https://www.annalsofintensivecare.com/content/1/1/23 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21906367?tool=bestpractice.com
Em adultos com pH de 6.9 a 7.0, podem ser administrados 50 mmol de bicarbonato de sódio (1 ampola) em 200 mL de água estéril com 10 mmol (10 mEq) de KCl ao longo de 1 hora até que o pH esteja >7.0.
Em adultos com pH <6.9, recomendamos que sejam administrados 100 mmol de bicarbonato de sódio em 400 mL de água estéril com 20 mmol (20 mEq) de KCl na velocidade de 200 mL/hora por 2 horas ou até que o pH esteja >7.0. O tratamento deve ser repetido a cada 2 horas até que o pH esteja >7.0. A terapia com bicarbonato, da mesma forma que a insulinoterapia, diminui o potássio sérico; portanto, KCl deve ser adicionado ao bicarbonato isotônico.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [71]Morris LR, Murphy MB, Kitabchi AE. Bicarbonate therapy in severe diabetic ketoacidosis. Ann Intern Med. 1986 Dec;105(6):836-40. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3096181?tool=bestpractice.com
Opções primárias
bicarbonato de sódio: pH sérico 6.9 a 7.0: infusão intravenosa de 50 mmol durante 1 hora até pH >7.0; pH sérico <6.9: 100 mmol em infusão intravenosa de 200 mL/hora por 2 horas ou até que o pH esteja >7.0
terapia com fosfato
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A reposição de rotina do fosfato na CAD ou no estado hiperosmolar hiperglicêmico não é recomendada.
No entanto, para evitar disfunção cardíaca, respiratória e musculoesquelética, uma terapia cuidadosa de fosfato pode ser indicada em pacientes com disfunção cardíaca (por exemplo, com sinais de disfunção ventricular esquerda), anemia sintomática ou depressão respiratória (por exemplo, diminuição da saturação de oxigênio) e em pacientes com hipofosfatemia confirmada (concentração sérica de fosfato <1.0 mg/dL).[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
A dose é de 20-30 mEq/L de fosfato de potássio adicionados aos fluidos de reposição.
A terapia com fosfato acima da dose recomendada pode resultar em hipocalcemia grave.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [83]Fisher JN, Kitabchi AE. A randomized study of phosphate therapy in the treatment of diabetic ketoacidosis. J Clin Endocrinol Metab. 1983 Jul;57(1):177-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6406531?tool=bestpractice.com [84]Adrogue HJ, Wilson H, Boyd AE 3rd, et al. Plasma acid-base patterns in diabetic ketoacidosis. N Engl J Med. 1982 Dec 23;307(26):1603-10. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6815530?tool=bestpractice.com
Opções primárias
fosfato de potássio: 20-30 mEq adicionados a cada litro do fluido de infusão
fluidoterapia intravenosa
A depleção de volume leve a moderada é indicada pela ausência de hipotensão ortostática ou hipotensão supina, membranas mucosas secas e turgor cutâneo diminuído. A meta é gradualmente repor metade do deficit de fluidos ao longo de 12-24 horas, para prevenir complicações, como edema cerebral.
A escolha inicial de fluido é o soro fisiológico isotônico na taxa de 1.0 a 1.5 L (ou 15-20 mL/kg peso corporal) pela primeira hora.
Após a reposição de fluidos inicial, o nível de sódio sérico corrigido deve ser avaliado. A equação das unidades do sistema internacional (SI) é: sódio corrigido (mmol/L) = sódio medido (mmol/L) + 0.016 ([glicose (mmol/L) × 18]-100). A equação das unidades convencionais é: sódio corrigido (mEq/L) = sódio medido (mEq/L) + 0.016 (glicose [mg/dL] - 100). Em pacientes em estado hiponatrêmico, NaCl a 0.9% deve ser iniciado em 250 a 500 mL/hora.
Os eletrólitos devem ser verificados pelo menos uma vez a cada hora (para monitorar os níveis de potássio), e ureia, pH venoso, creatinina e glicose devem ser verificados a cada 2-4 horas até a resolução da CAD.
Quando a glicose plasmática atingir 11.1 mmol/L (200 mg/dL), a fluidoterapia deve ser alterada para dextrose a 5% com NaCl a 0.45% de 150 a 250 mL/hora para evitar a hipoglicemia.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
cuidados de suporte ± internação na unidade de terapia intensiva (UTI)
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
As indicações para internação na UTI incluem o estado mental alterado, insuficiência respiratória e acidose grave.
Após a internação na UTI, os acessos arteriais e venosos centrais são necessários, além do cateterismo de Swan-Ganz e oximetria percutânea contínua. Intubação e ventilação mecânica são comumente necessárias, com monitoramento constante dos parâmetros respiratórios. A aspiração nasogástrica sempre é realizada devido à frequente ocorrência de íleo paralítico e ao perigo de aspiração.
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Os casos leves de CAD podem ser tratados sem a internação na UTI.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
insulina
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os pacientes devem receber uma infusão intravenosa contínua de insulina regular após a exclusão de hipocalemia (isto é, o nível de potássio deve ser >3.3 mmol/L [>3.3 mEq/L]) antes do início da terapia com insulina). Este é o padrão de cuidados em pacientes gravemente enfermos e mentalmente obnubilados com CAD.[3]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 A ADA recomenda dois esquemas alternativos de baixas dosagens.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com A primeira opção é uma infusão intravenosa contínua de insulina regular na dose de 0.14 unidades/kg/hora (aproximadamente 10 unidades/hora em um paciente de 70 kg) sem bolus inicial.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com Isto baseia-se em estudos que demonstram que a utilização de insulina regular em baixas doses administrada por infusão intravenosa é suficiente para o tratamento da CAD, desde que a dose seja >0.1 unidade/kg/hora. O regime alternativo envolve uma dose inicial intravenosa em bolus de 0.1 unidade/kg, seguida por uma infusão contínua a uma dose de 0.1 unidade/kg/hora.[59]Gosmanov AR, Gosmanova EO, Dillard-Cannon E. Management of adult diabetic ketoacidosis. Diabetes Metab Syndr Obes. 2014 Jun 30;7:255-64. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4085289 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25061324?tool=bestpractice.com Esses protocolos de insulinoterapia de baixa dose diminuem a concentração da glicose plasmática na velocidade de 2.8 a 4.2 mmol/L/hora (50-75 mg/dL/hora).[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
Se a glicose plasmática não diminuir em, no mínimo, 10% ou 2.8 mmol/L (50 mg/dL) na primeira hora de infusão de insulina, uma dose de 0.14 unidades/kg de insulina regular deve ser administrada em bolus intravenoso, e a taxa de infusão contínua de insulina deve ser mantida (0.1 unidades/kg/hora ou 0.14 unidades/kg/hora, dependendo do regime selecionado).[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [59]Gosmanov AR, Gosmanova EO, Dillard-Cannon E. Management of adult diabetic ketoacidosis. Diabetes Metab Syndr Obes. 2014 Jun 30;7:255-64. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4085289 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25061324?tool=bestpractice.com A injeção de insulina em uma escala móvel não é mais recomendada. Quando a glicemia está abaixo de 11.1 mmol/L (200 mg/dL), a infusão pode ser reduzida para 0.02 a 0.05 unidade/kg/hora, quando a dextrose pode ser adicionada aos fluidos intravenosos.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [59]Gosmanov AR, Gosmanova EO, Dillard-Cannon E. Management of adult diabetic ketoacidosis. Diabetes Metab Syndr Obes. 2014 Jun 30;7:255-64. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4085289 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25061324?tool=bestpractice.com A taxa de infusão de insulina (ou a concentração de dextrose) deve então ser ajustada para manter um nível de glicose plasmática entre 8.3 e 11.1 mmol/L (150 e 200 mg/dL).[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
Pacientes com CAD leve a moderada (glicose plasmática >13.9 mmol/L [>250 mg/dL], pH arterial 7.00-7.30, bicarbonato sérico de 10-18 mmol/L [10-18 mEq/L]) que não seja complicado por infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência hepática ou renal em estágio terminal, uso de esteroides ou gravidez, podem receber insulina de ação rápida por via subcutânea como uma alternativa à insulina regular intravenosa (sem diferença significativa nos desfechos ao usar qualquer abordagem juntamente com o manejo hídrico agressivo para CAD leve ou moderada).[3]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 [67]Ludvigsson J, Samuelsson U. Continuous insulin infusion (CSII) or modern type of multiple daily injections (MDI) in diabetic children and adolescents: a critical review on a controversial issue. Pediatr Endocrinol Rev. 2007 Dec;5(2):666-78. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18084161?tool=bestpractice.com [68]Mukhopadhyay A, Farrell T, Fraser RB, et al. Continuous subcutaneous insulin infusion vs intensive conventional insulin therapy in pregnant diabetic women: a systematic review and metaanalysis of randomized, controlled trials. Am J Obstet Gynecol. 2007 Nov;197(5):447-56. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17678864?tool=bestpractice.com [69]Andrade-Castellanos CA, Colunga-Lozano LE, Delgado-Figueroa N, et al. Subcutaneous rapid-acting insulin analogues for diabetic ketoacidosis. Cochrane Database Syst Rev. 2016 Jan 21;(1):CD011281. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD011281.pub2/abstract http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26798030?tool=bestpractice.com [ ] How do subcutaneous rapid-acting insulin analogs compare with regular insulin in people with diabetic ketoacidosis?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1713/fullMostre-me a resposta Uma sugestão de protocolo seria uma injeção subcutânea inicial de insulina de ação rápida em uma dose de 0.3 unidade/kg, seguida por outra injeção subcutânea de 0.2 unidade/kg depois de 1 hora. Depois disso, eles devem receber 0.2 unidade/kg a cada 2 horas até que a glicose sanguínea esteja <13.9 mmol/L (<250 mg/dL). Nesse ponto, a dose de insulina deve ser diminuída pela metade, para 0.1 unidade/kg a cada 2 horas, até a resolução da CAD.[65]Umpierrez GE, Cuervo R, Karabell A, et al. Treatment of diabetic ketoacidosis with subcutaneous insulin aspart. Diabetes Care. 2004 Aug;27(8):1873-8. https://care.diabetesjournals.org/content/27/8/1873.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15277410?tool=bestpractice.com Os pacientes tratados com insulina subcutânea devem receber reposição de fluidos adequada, exames de glicemia à beira do leito frequentes e tratamento adequado das causas subjacentes para evitar a CAD recorrente.[3]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 A infusão intravenosa contínua de insulina regular deve, no entanto, continuar sendo a via de escolha em todos os pacientes com CAD por causa da meia-vida curta e da fácil titulação da insulina intravenosa. Isso é comparado ao início de ação tardio e à meia-vida prolongada da insulina administrada por via subcutânea. No entanto, se o tempo de espera por vagas na unidade de terapia intensiva (UTI) for longo, ou onde os recursos médicos forem escassos, o uso de análogos da insulina no tratamento de episódios leves ou moderados e descomplicados de CAD poderá ser considerado para pacientes ambulatoriais, na enfermaria ou no pronto-socorro.[3]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
Pacientes com CAD grave (glicose plasmática >13.9 mmol/L [>250 mg/dL], pH arterial <7.00, bicarbonato sérico <10 mmol/L [<10 mEq/L]), hipotensão, anasarca (edema grave generalizado) ou doença crítica grave associada devem ser tratados com insulina regular intravenosa na UTI, utilizando o regime descrito acima.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [65]Umpierrez GE, Cuervo R, Karabell A, et al. Treatment of diabetic ketoacidosis with subcutaneous insulin aspart. Diabetes Care. 2004 Aug;27(8):1873-8. https://care.diabetesjournals.org/content/27/8/1873.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15277410?tool=bestpractice.com [64]Fisher JN, Shahshahani MN, Kitabchi AE. Diabetic ketoacidosis: low-dose insulin therapy by various routes. N Engl J Med. 1977 Aug 4;297(5):238-41. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/406561?tool=bestpractice.com [66]Umpierrez GE, Latif K, Stoever J, et al. Efficacy of subcutaneous insulin lispro versus continuous intravenous regular insulin for the treatment of patients with diabetic ketoacidosis. Am J Med. 2004 Sep 1;117(5):291-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15336577?tool=bestpractice.com
Este regime deve ser seguido até que todos os critérios restantes para a resolução sejam atendidos: bicarbonato sérico >18 mmol/L (18 mEq/L), pH venoso >7.3 e anion gap <10.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
Opções primárias
insulina neutra: consulte os protocolos locais para diretrizes de dosagem
Opções secundárias
insulina asparte: consulte os protocolos locais para diretrizes de dosagem
ou
insulina lispro: consulte os protocolos locais para diretrizes de dosagem
terapia com potássio
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A insulinoterapia e a correção da hiperosmolaridade e acidemia diminuem a concentração plasmática de potássio. A reposição concomitante de potássio será recomendada se o potássio sérico estiver entre 3.3 e 5.3 mmol/L (3.3 a 5.3 mEq/L) para prevenir arritmias cardíacas decorrentes da hipocalemia. A dose é de 20-30 mmol (20-30 mEq) adicionada a cada litro do fluido de infusão. Se o potássio for <3.3 mmol/L (<3.3 mEq/L) em qualquer momento do tratamento, a insulina deve ser descontinuada.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
As escolhas são o fosfato de potássio ou o cloreto de potássio. Um terço da reposição de potássio deve ser administrado como fosfato de potássio para evitar a administração excessiva de cloreto.
O nível de potássio sérico deve ser monitorado pelo menos uma vez por hora e deve ser ajustado conforme a necessidade.
Opções primárias
fosfato de potássio: 20-30 mEq adicionados a cada litro de fluido de infusão inicialmente; ajustar a dose de acordo com o nível de potássio sérico
Mais fosfato de potássioSe o potássio estiver <3.3 mEq/L a qualquer momento da terapia, a insulina deve ser descontinuada e o potássio reposto por via intravenosa.
ou
cloreto de potássio: 20-30 mEq adicionados a cada litro de fluido de infusão inicialmente; ajustar a dose de acordo com o nível de potássio sérico
Mais cloreto de potássioSe o potássio estiver <3.3 mEq/L a qualquer momento da terapia, a insulina deve ser descontinuada e o potássio reposto por via intravenosa.
terapia com bicarbonato
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A terapia com bicarbonato pode ser utilizada em pacientes adultos com pH <7 ou nível de bicarbonato <5 mmol/L (5 mEq/L), embora os dados sejam limitados.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [70]Chua HR, Schneider A, Bellomo R. Bicarbonate in diabetic ketoacidosis - a systematic review. Ann Intensive Care. 2011 Jul 6;1(1):23. https://www.annalsofintensivecare.com/content/1/1/23 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21906367?tool=bestpractice.com
Em adultos com pH de 6.9 a 7.0, podem ser administrados 50 mmol de bicarbonato de sódio (1 ampola) em 200 mL de água estéril com 10 mmol (10 mEq) de KCl ao longo de 1 hora até que o pH esteja >7.0.
Em adultos com pH <6.9, recomendamos que sejam administrados 100 mmol de bicarbonato de sódio em 400 mL de água estéril com 20 mmol (20 mEq) de KCl na velocidade de 200 mL/hora por 2 horas ou até que o pH esteja >7.0. O tratamento deve ser repetido a cada 2 horas até que o pH esteja >7.0. A terapia com bicarbonato, da mesma forma que a insulinoterapia, diminui o potássio sérico; portanto, KCl deve ser adicionado ao bicarbonato isotônico.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [71]Morris LR, Murphy MB, Kitabchi AE. Bicarbonate therapy in severe diabetic ketoacidosis. Ann Intern Med. 1986 Dec;105(6):836-40. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3096181?tool=bestpractice.com
Opções primárias
bicarbonato de sódio: pH sérico 6.9 a 7.0: infusão intravenosa de 50 mmol durante 1 hora até pH >7.0; pH sérico <6.9: 100 mmol em infusão intravenosa de 200 mL/hora por 2 horas ou até que o pH esteja >7.0
terapia com fosfato
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A reposição de rotina do fosfato na CAD ou no estado hiperosmolar hiperglicêmico não é recomendada.
No entanto, para evitar disfunção cardíaca, respiratória e musculoesquelética, uma terapia cuidadosa de fosfato pode ser indicada em pacientes com disfunção cardíaca (por exemplo, com sinais de disfunção ventricular esquerda), anemia sintomática ou depressão respiratória (por exemplo, diminuição da saturação de oxigênio) e em pacientes com hipofosfatemia confirmada (concentração sérica de fosfato <1.0 mg/dL).[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
A dose é de 20-30 mEq/L de fosfato de potássio adicionados aos fluidos de reposição.
A terapia com fosfato acima da dose recomendada pode resultar em hipocalcemia grave.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [83]Fisher JN, Kitabchi AE. A randomized study of phosphate therapy in the treatment of diabetic ketoacidosis. J Clin Endocrinol Metab. 1983 Jul;57(1):177-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6406531?tool=bestpractice.com [84]Adrogue HJ, Wilson H, Boyd AE 3rd, et al. Plasma acid-base patterns in diabetic ketoacidosis. N Engl J Med. 1982 Dec 23;307(26):1603-10. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6815530?tool=bestpractice.com
Opções primárias
fosfato de potássio: 20-30 mEq adicionados a cada litro do fluido de infusão
fluidoterapia intravenosa
A depleção de volume leve a moderada é indicada pela ausência de hipotensão ortostática ou hipotensão supina, membranas mucosas secas e turgor cutâneo diminuído. A meta é gradualmente repor metade do deficit de fluidos ao longo de 12-24 horas, para prevenir complicações, como edema cerebral.
A escolha inicial de fluido é o soro fisiológico isotônico na taxa de 1.0 a 1.5 L (ou 15-20 mL/kg peso corporal) pela primeira hora.
Após a reposição de fluidos inicial, o nível de sódio sérico corrigido deve ser avaliado. A equação das unidades do sistema internacional (SI) é: sódio corrigido (mmol/L) = sódio medido (mmol/L) + 0.016 ([glicose (mmol/L) × 18]-100). A equação das unidades convencionais é: sódio corrigido (mEq/L) = sódio medido (mEq/L) + 0.016 (glicose [mg/dL] - 100). Em pacientes em estado hiponatrêmico, NaCl a 0.9% deve ser iniciado em 250-500 mL/hora.
A reposição de potássio não é necessária, mas os níveis de potássio devem ser verificados a cada 2 horas.
Eletrólitos, ureia, pH venoso, creatinina e glicose devem ser verificados a cada 2-4 horas até a resolução da CAD.
Quando a glicose plasmática atingir 11.1 mmol/L (200 mg/dL), a fluidoterapia deve ser alterada para dextrose a 5% com NaCl a 0.45% de 150 a 250 mL/hora para evitar a hipoglicemia.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
cuidados de suporte ± internação na unidade de terapia intensiva (UTI)
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
As indicações para internação na UTI incluem o estado mental alterado, insuficiência respiratória e acidose grave.
Após a internação na UTI, os acessos arteriais e venosos centrais são necessários, além do cateterismo de Swan-Ganz e oximetria percutânea contínua. Intubação e ventilação mecânica são comumente necessárias, com monitoramento constante dos parâmetros respiratórios. A aspiração nasogástrica sempre é realizada devido à frequente ocorrência de íleo paralítico e ao perigo de aspiração.
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Os casos leves de CAD podem ser tratados sem a internação na UTI.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
insulina
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os pacientes devem receber uma infusão intravenosa contínua de insulina regular após a exclusão de hipocalemia (isto é, o nível de potássio deve ser >3.3 mmol/L [>3.3 mEq/L]) antes do início da terapia com insulina). Este é o padrão de cuidados em pacientes gravemente enfermos e mentalmente obnubilados com CAD.[3]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 A ADA recomenda dois esquemas alternativos de baixas dosagens.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com A primeira opção é uma infusão intravenosa contínua de insulina regular na dose de 0.14 unidades/kg/hora (aproximadamente 10 unidades/hora em um paciente de 70 kg) sem bolus inicial.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com Isto baseia-se em estudos que demonstram que a utilização de insulina regular em baixas doses administrada por infusão intravenosa é suficiente para o tratamento da CAD, desde que a dose seja superior a 0.1 unidade/kg/hora. O regime alternativo envolve uma dose inicial intravenosa em bolus de 0.1 unidade/kg, seguida por uma infusão contínua a uma dose de 0.1 unidade/kg/hora.[59]Gosmanov AR, Gosmanova EO, Dillard-Cannon E. Management of adult diabetic ketoacidosis. Diabetes Metab Syndr Obes. 2014 Jun 30;7:255-64. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4085289 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25061324?tool=bestpractice.com Esses protocolos de insulinoterapia de baixa dose diminuem a concentração da glicose plasmática na velocidade de 2.8 a 4.2 mmol/L/hora (50 a 75 mg/dL/hora).[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
Se a glicose plasmática não diminuir em, no mínimo, 10% ou 2.8 mmol/L (50 mg/dL) na primeira hora de infusão de insulina, uma dose de 0.14 unidades/kg de insulina regular deve ser administrada em bolus intravenoso, e a taxa de infusão contínua de insulina deve ser mantida (0.1 unidades/kg/hora ou 0.14 unidades/kg/hora, dependendo do regime selecionado).[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [59]Gosmanov AR, Gosmanova EO, Dillard-Cannon E. Management of adult diabetic ketoacidosis. Diabetes Metab Syndr Obes. 2014 Jun 30;7:255-64. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4085289 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25061324?tool=bestpractice.com A injeção de insulina em uma escala móvel não é mais recomendada. Quando a glicemia está abaixo de 11.1 mmol/L (200 mg/dL), a infusão pode ser reduzida para 0.02 a 0.05 unidade/kg/hora, quando a dextrose pode ser adicionada aos fluidos intravenosos.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [59]Gosmanov AR, Gosmanova EO, Dillard-Cannon E. Management of adult diabetic ketoacidosis. Diabetes Metab Syndr Obes. 2014 Jun 30;7:255-64. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4085289 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25061324?tool=bestpractice.com A taxa de infusão de insulina (ou a concentração de dextrose) deve então ser ajustada para manter um nível de glicose plasmática entre 8.3 e 11.1 mmol/L (150 e 200 mg/dL).[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
Pacientes com CAD leve a moderada (glicose plasmática >13.9 mmol/L [>250 mg/dL], pH arterial de 7.00 a 7.30, bicarbonato sérico de 10-18 mmol/L [10-18 mEq/L]) que não seja complicado por infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência hepática ou renal em estágio terminal, uso de esteroides ou gravidez, podem receber insulina de ação rápida por via subcutânea como uma alternativa à insulina regular intravenosa (sem diferença significativa nos desfechos ao usar qualquer abordagem juntamente com o manejo hídrico agressivo para CAD leve ou moderada).[3]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 [67]Ludvigsson J, Samuelsson U. Continuous insulin infusion (CSII) or modern type of multiple daily injections (MDI) in diabetic children and adolescents: a critical review on a controversial issue. Pediatr Endocrinol Rev. 2007 Dec;5(2):666-78. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18084161?tool=bestpractice.com [68]Mukhopadhyay A, Farrell T, Fraser RB, et al. Continuous subcutaneous insulin infusion vs intensive conventional insulin therapy in pregnant diabetic women: a systematic review and metaanalysis of randomized, controlled trials. Am J Obstet Gynecol. 2007 Nov;197(5):447-56. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17678864?tool=bestpractice.com [69]Andrade-Castellanos CA, Colunga-Lozano LE, Delgado-Figueroa N, et al. Subcutaneous rapid-acting insulin analogues for diabetic ketoacidosis. Cochrane Database Syst Rev. 2016 Jan 21;(1):CD011281. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD011281.pub2/abstract http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26798030?tool=bestpractice.com [ ] How do subcutaneous rapid-acting insulin analogs compare with regular insulin in people with diabetic ketoacidosis?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1713/fullMostre-me a resposta Uma sugestão de protocolo seria uma injeção subcutânea inicial de insulina de ação rápida em uma dose de 0.3 unidade/kg, seguida por outra injeção subcutânea de 0.2 unidade/kg depois de 1 hora. Depois disso, eles devem receber 0.2 unidade/kg a cada 2 horas até que a glicose sanguínea esteja <13.9 mmol/L (<250 mg/dL). Nesse ponto, a dose de insulina deve ser diminuída pela metade, para 0.1 unidade/kg a cada 2 horas, até a resolução da CAD.[65]Umpierrez GE, Cuervo R, Karabell A, et al. Treatment of diabetic ketoacidosis with subcutaneous insulin aspart. Diabetes Care. 2004 Aug;27(8):1873-8. https://care.diabetesjournals.org/content/27/8/1873.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15277410?tool=bestpractice.com Os pacientes tratados com insulina subcutânea devem receber reposição de fluidos adequada, exames de glicemia à beira do leito frequentes e tratamento adequado das causas subjacentes para evitar a CAD recorrente.[3]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 A infusão intravenosa contínua de insulina regular deve continuar sendo a via de escolha por causa da meia-vida curta e da fácil titulação da insulina intravenosa. Isso é comparado ao início de ação tardio e à meia-vida prolongada da insulina administrada por via subcutânea. No entanto, se o tempo de espera por vagas na unidade de terapia intensiva (UTI) for longo, ou onde os recursos médicos forem escassos, o uso de análogos da insulina no tratamento de episódios leves ou moderados e descomplicados de CAD poderá ser considerado para pacientes ambulatoriais, da enfermaria ou do pronto-socorro.[3]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
Pacientes com CAD grave (glicose plasmática >13.9 mmol/L [>250 mg/dL], pH arterial <7.00, bicarbonato sérico <10 mmol/L [<10 mEq/L]), hipotensão, anasarca (edema grave generalizado) ou doença crítica grave associada devem ser tratados com insulina regular intravenosa na UTI, utilizando o regime descrito acima.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [65]Umpierrez GE, Cuervo R, Karabell A, et al. Treatment of diabetic ketoacidosis with subcutaneous insulin aspart. Diabetes Care. 2004 Aug;27(8):1873-8. https://care.diabetesjournals.org/content/27/8/1873.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15277410?tool=bestpractice.com [64]Fisher JN, Shahshahani MN, Kitabchi AE. Diabetic ketoacidosis: low-dose insulin therapy by various routes. N Engl J Med. 1977 Aug 4;297(5):238-41. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/406561?tool=bestpractice.com [66]Umpierrez GE, Latif K, Stoever J, et al. Efficacy of subcutaneous insulin lispro versus continuous intravenous regular insulin for the treatment of patients with diabetic ketoacidosis. Am J Med. 2004 Sep 1;117(5):291-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15336577?tool=bestpractice.com
Este regime deve ser seguido até que todos os critérios restantes para a resolução sejam atendidos: bicarbonato sérico >18 mmol/L (18 mEq/L), pH venoso >7.3 e anion gap <10.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
Opções primárias
insulina neutra: consulte os protocolos locais para diretrizes de dosagem
Opções secundárias
insulina asparte: consulte os protocolos locais para diretrizes de dosagem
ou
insulina lispro: consulte os protocolos locais para diretrizes de dosagem
terapia com bicarbonato
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A terapia com bicarbonato pode ser utilizada em pacientes adultos com pH <7 ou nível de bicarbonato <5 mmol/L (5 mEq/L), embora os dados sejam limitados.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [70]Chua HR, Schneider A, Bellomo R. Bicarbonate in diabetic ketoacidosis - a systematic review. Ann Intensive Care. 2011 Jul 6;1(1):23. https://www.annalsofintensivecare.com/content/1/1/23 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21906367?tool=bestpractice.com
Em adultos com pH de 6.9 a 7.0, podem ser administrados 50 mmol de bicarbonato de sódio (1 ampola) em 200 mL de água estéril com 10 mmol (10 mEq) de KCl ao longo de 1 hora até que o pH esteja >7.0.
Em adultos com pH <6.9, recomendamos que sejam administrados 100 mmol de bicarbonato de sódio em 400 mL de água estéril com 20 mmol (20 mEq) de KCl na velocidade de 200 mL/hora por 2 horas ou até que o pH esteja >7.0. O tratamento deve ser repetido a cada 2 horas até que o pH esteja >7.0. A terapia com bicarbonato, da mesma forma que a insulinoterapia, diminui o potássio sérico; portanto, KCl deve ser adicionado ao bicarbonato isotônico.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [71]Morris LR, Murphy MB, Kitabchi AE. Bicarbonate therapy in severe diabetic ketoacidosis. Ann Intern Med. 1986 Dec;105(6):836-40. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3096181?tool=bestpractice.com
Opções primárias
bicarbonato de sódio: pH sérico 6.9 a 7.0: infusão intravenosa de 50 mmol durante 1 hora até pH >7.0; pH sérico <6.9: 100 mmol em infusão intravenosa de 200 mL/hora por 2 horas ou até que o pH esteja >7.0
terapia com fosfato
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A reposição de rotina do fosfato na CAD ou no estado hiperosmolar hiperglicêmico não é recomendada.
No entanto, para evitar disfunção cardíaca, respiratória e musculoesquelética, uma terapia cuidadosa de fosfato pode ser indicada em pacientes com disfunção cardíaca (por exemplo, com sinais de disfunção ventricular esquerda), anemia sintomática ou depressão respiratória (por exemplo, diminuição da saturação de oxigênio) e em pacientes com hipofosfatemia confirmada (concentração sérica de fosfato <1.0 mg/dL).[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
A dose é de 20-30 mEq/L de fosfato de potássio adicionados aos fluidos de reposição.
A terapia com fosfato acima da dose recomendada pode resultar em hipocalcemia grave.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [83]Fisher JN, Kitabchi AE. A randomized study of phosphate therapy in the treatment of diabetic ketoacidosis. J Clin Endocrinol Metab. 1983 Jul;57(1):177-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6406531?tool=bestpractice.com [84]Adrogue HJ, Wilson H, Boyd AE 3rd, et al. Plasma acid-base patterns in diabetic ketoacidosis. N Engl J Med. 1982 Dec 23;307(26):1603-10. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6815530?tool=bestpractice.com
Opções primárias
fosfato de potássio: 20-30 mEq adicionados a cada litro do fluido de infusão
depleção de volume de leve a moderada: eunatrêmico ou hipernatrêmico
fluidoterapia intravenosa
A depleção de volume leve a moderada é indicada pela ausência de hipotensão ortostática ou hipotensão supina, membranas mucosas secas e turgor cutâneo diminuído. A meta é gradualmente repor metade do deficit de fluidos ao longo de 12-24 horas, para prevenir complicações, como edema cerebral.
A escolha inicial de fluido é o soro fisiológico isotônico na taxa de 1.0 a 1.5 L (ou 15-20 mL/kg peso corporal) pela primeira hora.
Após a reposição de fluidos inicial, o nível de sódio sérico corrigido deve ser avaliado. A equação das unidades do sistema internacional (SI) é: sódio corrigido (mmol/L) = sódio medido (mmol/L) + 0.016 ([glicose (mmol/L) × 18]-100). A equação das unidades convencionais é: sódio corrigido (mEq/L) = sódio medido (mEq/L) + 0.016 (glicose [mg/dL] - 100). Em pacientes em estado hipernatrêmico ou eunatrêmico, NaCl a 0.45% a 250 a 500 mL/hora é recomendado.
Os eletrólitos devem ser verificados pelo menos uma vez a cada hora (para monitorar os níveis de potássio), e ureia, pH venoso, creatinina e glicose devem ser verificados a cada 2-4 horas até a resolução da CAD.
cuidados de suporte ± internação na unidade de terapia intensiva (UTI)
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
As indicações para internação na UTI incluem o estado mental alterado, insuficiência respiratória e acidose grave.
Após a internação na UTI, os acessos arteriais e venosos centrais são necessários, além do cateterismo de Swan-Ganz e oximetria percutânea contínua. Intubação e ventilação mecânica são comumente necessárias, com monitoramento constante dos parâmetros respiratórios. A aspiração nasogástrica sempre é realizada devido à frequente ocorrência de íleo paralítico e ao perigo de aspiração.
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Os casos leves de CAD podem ser tratados sem a internação na UTI.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
terapia com potássio
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A insulinoterapia e a correção da hiperosmolaridade e acidemia diminuem a concentração plasmática de potássio. Por essa razão, a insulinoterapia deve ser suspensa até o nível de potássio sérico atingir 3.3 mmol/L (3.3 mEq/L).
Da mesma forma, caso o potássio plasmático fique <3.3 mmol/L (3.3 mEq/L) a qualquer momento durante a terapia, a insulina deve ser descontinuada.
A dose é de 20-30 mmol (20-30 mEq) adicionada a cada litro do fluido de infusão.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
As escolhas para a correção do potássio são o fosfato de potássio ou o cloreto de potássio. Um terço da reposição de potássio deve ser administrado como fosfato de potássio para evitar a administração excessiva de cloreto.
O nível de potássio sérico deve ser monitorado pelo menos uma vez por hora e deve ser ajustado conforme a necessidade.
Opções primárias
fosfato de potássio: 20-30 mEq adicionados a cada litro de fluido de infusão inicialmente; ajustar a dose de acordo com o nível de potássio sérico
Mais fosfato de potássioSe o potássio estiver <3.3 mEq/L a qualquer momento da terapia, a insulina deve ser descontinuada e o potássio reposto por via intravenosa.
ou
cloreto de potássio: 20-30 mEq adicionados a cada litro de fluido de infusão inicialmente; ajustar a dose de acordo com o nível de potássio sérico
Mais cloreto de potássioSe o potássio estiver <3.3 mEq/L a qualquer momento da terapia, a insulina deve ser descontinuada e o potássio reposto por via intravenosa.
insulina uma vez que o potássio sérico tenha atingido 3.3 mmol/L (3.3 mEq/L)
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A insulinoterapia não deve ser iniciada até que o potássio sérico chegue a 3.3 mol/L (3.3 mEq/L).
Os pacientes devem receber uma infusão intravenosa contínua de insulina regular após a exclusão de hipocalemia (isto é, o nível de potássio deve ser >3.3 mmol/L [>3.3 mEq/L]) antes do início da terapia com insulina). Este é o padrão de cuidados em pacientes gravemente enfermos e mentalmente obnubilados com CAD.[3]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 A ADA recomenda dois esquemas alternativos de baixas dosagens.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com A primeira opção é uma infusão intravenosa contínua de insulina regular na dose de 0.14 unidades/kg/hora (aproximadamente 10 unidades/hora em um paciente de 70 kg) sem bolus inicial.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com Isto baseia-se em estudos que demonstram que a utilização de insulina regular em baixas doses administrada por infusão intravenosa é suficiente para o tratamento da CAD, desde que a dose seja >0.1 unidade/kg/hora. O regime alternativo envolve uma dose inicial intravenosa em bolus de 0.1 unidade/kg, seguida por uma infusão contínua a uma dose de 0.1 unidade/kg/hora.[59]Gosmanov AR, Gosmanova EO, Dillard-Cannon E. Management of adult diabetic ketoacidosis. Diabetes Metab Syndr Obes. 2014 Jun 30;7:255-64. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4085289 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25061324?tool=bestpractice.com Esses protocolos de insulinoterapia de baixa dose diminuem a concentração da glicose plasmática na velocidade de 2.8 a 4.2 mmol/L/hora (50 a 75 mg/dL/hora).[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
Se a glicose plasmática não diminuir em, no mínimo, 10% ou 2.8 mmol/L (50 mg/dL) na primeira hora de infusão de insulina, uma dose de 0.14 unidades/kg de insulina regular deve ser administrada em bolus intravenoso, e a taxa de infusão contínua de insulina deve ser mantida (0.1 unidades/kg/hora ou 0.14 unidades/kg/hora, dependendo do regime selecionado).[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [59]Gosmanov AR, Gosmanova EO, Dillard-Cannon E. Management of adult diabetic ketoacidosis. Diabetes Metab Syndr Obes. 2014 Jun 30;7:255-64. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4085289 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25061324?tool=bestpractice.com A injeção de insulina em uma escala móvel não é mais recomendada. Quando a glicemia está abaixo de 11.1 mmol/L (200 mg/dL), a infusão pode ser reduzida para 0.02 a 0.05 unidade/kg/hora, quando a dextrose pode ser adicionada aos fluidos intravenosos.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [59]Gosmanov AR, Gosmanova EO, Dillard-Cannon E. Management of adult diabetic ketoacidosis. Diabetes Metab Syndr Obes. 2014 Jun 30;7:255-64. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4085289 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25061324?tool=bestpractice.com A taxa de infusão de insulina (ou a concentração de dextrose) deve então ser ajustada para manter um nível de glicose plasmática entre 8.3 e 11.1 mmol/L (150-200 mg/dL).[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
Pacientes com CAD leve a moderada (glicose plasmática >13.9 mmol/L [>250 mg/dL], pH arterial de 7.00 a 7.30, bicarbonato sérico de 10-18 mmol/L [10-18 mEq/L]) que não seja complicado por infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência hepática ou renal em estágio terminal, uso de esteroides ou gravidez, podem receber insulina de ação rápida por via subcutânea como uma alternativa à insulina regular intravenosa (sem diferença significativa nos desfechos ao usar qualquer abordagem juntamente com o manejo hídrico agressivo para CAD leve ou moderada).[3]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 [67]Ludvigsson J, Samuelsson U. Continuous insulin infusion (CSII) or modern type of multiple daily injections (MDI) in diabetic children and adolescents: a critical review on a controversial issue. Pediatr Endocrinol Rev. 2007 Dec;5(2):666-78. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18084161?tool=bestpractice.com [68]Mukhopadhyay A, Farrell T, Fraser RB, et al. Continuous subcutaneous insulin infusion vs intensive conventional insulin therapy in pregnant diabetic women: a systematic review and metaanalysis of randomized, controlled trials. Am J Obstet Gynecol. 2007 Nov;197(5):447-56. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17678864?tool=bestpractice.com [69]Andrade-Castellanos CA, Colunga-Lozano LE, Delgado-Figueroa N, et al. Subcutaneous rapid-acting insulin analogues for diabetic ketoacidosis. Cochrane Database Syst Rev. 2016 Jan 21;(1):CD011281. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD011281.pub2/abstract http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26798030?tool=bestpractice.com [ ] How do subcutaneous rapid-acting insulin analogs compare with regular insulin in people with diabetic ketoacidosis?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1713/fullMostre-me a resposta Uma sugestão de protocolo seria uma injeção subcutânea inicial de insulina de ação rápida em uma dose de 0.3 unidade/kg, seguida por outra injeção subcutânea de 0.2 unidade/kg depois de 1 hora. Depois disso, eles devem receber 0.2 unidade/kg a cada 2 horas até que a glicose sanguínea esteja <13.9 mmol/L (<250 mg/dL). Nesse ponto, a dose de insulina deve ser diminuída pela metade, para 0.1 unidade/kg a cada 2 horas, até a resolução da CAD.[65]Umpierrez GE, Cuervo R, Karabell A, et al. Treatment of diabetic ketoacidosis with subcutaneous insulin aspart. Diabetes Care. 2004 Aug;27(8):1873-8. https://care.diabetesjournals.org/content/27/8/1873.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15277410?tool=bestpractice.com Os pacientes tratados com insulina subcutânea devem receber reposição de fluidos adequada, exames de glicemia à beira do leito frequentes e tratamento adequado das causas subjacentes para evitar a CAD recorrente.[3]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 A infusão intravenosa contínua de insulina regular deve, no entanto, continuar sendo a via de escolha por causa da meia-vida curta e da fácil titulação da insulina intravenosa. Isso é comparado ao início de ação tardio e à meia-vida prolongada da insulina administrada por via subcutânea. No entanto, se o tempo de espera por vagas na unidade de terapia intensiva (UTI) for longo, ou onde os recursos médicos forem escassos, o uso de análogos da insulina no tratamento de episódios leves ou moderados e descomplicados de CAD poderá ser considerado para pacientes ambulatoriais, na enfermaria ou no pronto-socorro.[3]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
Pacientes com CAD grave (glicose plasmática >13.9 mmol/L [>250 mg/dL], pH arterial <7.00, bicarbonato sérico <10 mmol/L [<10 mEq/L]), hipotensão, anasarca (edema grave generalizado) ou doença crítica grave associada devem ser tratados com insulina regular intravenosa na UTI, utilizando o regime descrito acima.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [65]Umpierrez GE, Cuervo R, Karabell A, et al. Treatment of diabetic ketoacidosis with subcutaneous insulin aspart. Diabetes Care. 2004 Aug;27(8):1873-8. https://care.diabetesjournals.org/content/27/8/1873.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15277410?tool=bestpractice.com [64]Fisher JN, Shahshahani MN, Kitabchi AE. Diabetic ketoacidosis: low-dose insulin therapy by various routes. N Engl J Med. 1977 Aug 4;297(5):238-41. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/406561?tool=bestpractice.com [66]Umpierrez GE, Latif K, Stoever J, et al. Efficacy of subcutaneous insulin lispro versus continuous intravenous regular insulin for the treatment of patients with diabetic ketoacidosis. Am J Med. 2004 Sep 1;117(5):291-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15336577?tool=bestpractice.com
Este regime deve ser seguido até que todos os critérios restantes para a resolução sejam atendidos: bicarbonato sérico >18 mmol/L (18 mEq/L), pH venoso >7.3 e anion gap <10.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
Opções primárias
insulina neutra: consulte os protocolos locais para diretrizes de dosagem
Opções secundárias
insulina asparte: consulte os protocolos locais para diretrizes de dosagem
ou
insulina lispro: consulte os protocolos locais para diretrizes de dosagem
terapia com bicarbonato
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A terapia com bicarbonato pode ser utilizada em pacientes adultos com pH <7 ou nível de bicarbonato <5 mmol/L (5 mEq/L), embora os dados sejam limitados.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [70]Chua HR, Schneider A, Bellomo R. Bicarbonate in diabetic ketoacidosis - a systematic review. Ann Intensive Care. 2011 Jul 6;1(1):23. https://www.annalsofintensivecare.com/content/1/1/23 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21906367?tool=bestpractice.com
Em adultos com pH de 6.9 a 7.0, podem ser administrados 50 mmol de bicarbonato de sódio (1 ampola) em 200 mL de água estéril com 10 mmol (10 mEq) de KCl ao longo de 1 hora até que o pH esteja >7.0.
Em adultos com pH <6.9, recomendamos que sejam administrados 100 mmol de bicarbonato de sódio em 400 mL de água estéril com 20 mmol (20 mEq) de KCl na velocidade de 200 mL/hora por 2 horas ou até que o pH esteja >7.0. O tratamento deve ser repetido a cada 2 horas até que o pH esteja >7.0. A terapia com bicarbonato, da mesma forma que a insulinoterapia, diminui o potássio sérico; portanto, KCl deve ser adicionado ao bicarbonato isotônico.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [71]Morris LR, Murphy MB, Kitabchi AE. Bicarbonate therapy in severe diabetic ketoacidosis. Ann Intern Med. 1986 Dec;105(6):836-40. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3096181?tool=bestpractice.com
Opções primárias
bicarbonato de sódio: pH sérico 6.9 a 7.0: infusão intravenosa de 50 mmol durante 1 hora até pH >7.0; pH sérico <6.9: 100 mmol em infusão intravenosa de 200 mL/hora por 2 horas ou até que o pH esteja >7.0
terapia com fosfato
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A reposição de rotina do fosfato na CAD ou no estado hiperosmolar hiperglicêmico não é recomendada.
No entanto, para evitar disfunção cardíaca, respiratória e musculoesquelética, uma terapia cuidadosa de fosfato pode ser indicada em pacientes com disfunção cardíaca (por exemplo, com sinais de disfunção ventricular esquerda), anemia sintomática ou depressão respiratória (por exemplo, diminuição da saturação de oxigênio) e em pacientes com hipofosfatemia confirmada (concentração sérica de fosfato <1.0 mg/dL).[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
A dose é de 20-30 mEq/L de fosfato de potássio adicionados aos fluidos de reposição.
A terapia com fosfato acima da dose recomendada pode resultar em hipocalcemia grave.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [83]Fisher JN, Kitabchi AE. A randomized study of phosphate therapy in the treatment of diabetic ketoacidosis. J Clin Endocrinol Metab. 1983 Jul;57(1):177-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6406531?tool=bestpractice.com [84]Adrogue HJ, Wilson H, Boyd AE 3rd, et al. Plasma acid-base patterns in diabetic ketoacidosis. N Engl J Med. 1982 Dec 23;307(26):1603-10. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6815530?tool=bestpractice.com
Opções primárias
fosfato de potássio: 20-30 mEq adicionados a cada litro do fluido de infusão
fluidoterapia intravenosa
A depleção de volume leve a moderada é indicada pela ausência de hipotensão ortostática ou hipotensão supina, membranas mucosas secas e turgor cutâneo diminuído. A meta é gradualmente repor metade do deficit de fluidos ao longo de 12-24 horas, para prevenir complicações, como edema cerebral.
A escolha inicial de fluido é o soro fisiológico isotônico na taxa de 1.0 a 1.5 L (ou 15-20 mL/kg peso corporal) pela primeira hora.
Após a reposição de fluidos inicial, o nível de sódio sérico corrigido deve ser avaliado. A equação das unidades do sistema internacional (SI) é: sódio corrigido (mmol/L) = sódio medido (mmol/L) + 0.016 ([glicose (mmol/L) × 18]-100). A equação das unidades convencionais é: sódio corrigido (mEq/L) = sódio medido (mEq/L) + 0.016 (glicose [mg/dL] - 100). Em pacientes em estado hipernatrêmico ou eunatrêmico, NaCl a 0.45% a 250 a 500 mL/hora é recomendado.
Os eletrólitos devem ser verificados pelo menos uma vez a cada hora (para monitorar os níveis de potássio), e ureia, pH venoso, creatinina e glicose devem ser verificados a cada 2-4 horas até a resolução da CAD.
cuidados de suporte ± internação na unidade de terapia intensiva (UTI)
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
As indicações para internação na UTI incluem o estado mental alterado, insuficiência respiratória e acidose grave.
Após a internação na UTI, os acessos arteriais e venosos centrais são necessários, além do cateterismo de Swan-Ganz e oximetria percutânea contínua. Intubação e ventilação mecânica são comumente necessárias, com monitoramento constante dos parâmetros respiratórios. A aspiração nasogástrica sempre é realizada devido à frequente ocorrência de íleo paralítico e ao perigo de aspiração.
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Os casos leves de CAD podem ser tratados sem a internação na UTI.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
insulina
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os pacientes devem receber uma infusão intravenosa contínua de insulina regular após a exclusão de hipocalemia (isto é, o nível de potássio deve ser >3.3 mmol/L [>3.3 mEq/L]) antes do início da terapia com insulina). Este é o padrão de cuidados em pacientes gravemente enfermos e mentalmente obnubilados com CAD.[3]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 A ADA recomenda dois esquemas alternativos de baixas dosagens.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com A primeira opção é uma infusão intravenosa contínua de insulina regular na dose de 0.14 unidades/kg/hora (aproximadamente 10 unidades/hora em um paciente de 70 kg) sem bolus inicial.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com Isto baseia-se em estudos que demonstram que a utilização de insulina regular em baixas doses administrada por infusão intravenosa é suficiente para o tratamento da CAD, desde que a dose seja >0.1 unidade/kg/hora. O regime alternativo envolve uma dose inicial intravenosa em bolus de 0.1 unidade/kg, seguida por uma infusão contínua a uma dose de 0.1 unidade/kg/hora.[59]Gosmanov AR, Gosmanova EO, Dillard-Cannon E. Management of adult diabetic ketoacidosis. Diabetes Metab Syndr Obes. 2014 Jun 30;7:255-64. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4085289 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25061324?tool=bestpractice.com Esses protocolos de insulinoterapia de baixa dose diminuem a concentração da glicose plasmática na velocidade de 2.8 a 4.2 mmol/L/hora (50 a 75 mg/dL/hora).[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
Se a glicose plasmática não diminuir em, no mínimo, 10% ou 2.8 mmol/L (50 mg/dL) na primeira hora de infusão de insulina, uma dose de 0.14 unidades/kg de insulina regular deve ser administrada em bolus intravenoso, e a taxa de infusão contínua de insulina deve ser mantida (0.1 unidades/kg/hora ou 0.14 unidades/kg/hora, dependendo do regime selecionado).[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [59]Gosmanov AR, Gosmanova EO, Dillard-Cannon E. Management of adult diabetic ketoacidosis. Diabetes Metab Syndr Obes. 2014 Jun 30;7:255-64. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4085289 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25061324?tool=bestpractice.com A injeção de insulina em uma escala móvel não é mais recomendada. Quando a glicemia está abaixo de 11.1 mmol/L (200 mg/dL), a infusão pode ser reduzida para 0.02 a 0.05 unidade/kg/hora, quando a dextrose pode ser adicionada aos fluidos intravenosos.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [59]Gosmanov AR, Gosmanova EO, Dillard-Cannon E. Management of adult diabetic ketoacidosis. Diabetes Metab Syndr Obes. 2014 Jun 30;7:255-64. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4085289 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25061324?tool=bestpractice.com A taxa de infusão de insulina (ou a concentração de dextrose) deve então ser ajustada para manter um nível de glicose plasmática entre 8.3 e 11.1 mmol/L (150-200 mg/dL).[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
Pacientes com CAD leve a moderada (glicose plasmática >13.9 mmol/L [>250 mg/dL], pH arterial 7.00-7.30, bicarbonato sérico de 10-18 mmol/L [10-18 mEq/L]) que não seja complicado por infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência hepática ou renal em estágio terminal, uso de esteroides ou gravidez, podem receber insulina de ação rápida por via subcutânea como uma alternativa à insulina regular intravenosa (sem diferença significativa nos desfechos ao usar qualquer abordagem juntamente com o manejo hídrico agressivo para CAD leve ou moderada).[3]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 [67]Ludvigsson J, Samuelsson U. Continuous insulin infusion (CSII) or modern type of multiple daily injections (MDI) in diabetic children and adolescents: a critical review on a controversial issue. Pediatr Endocrinol Rev. 2007 Dec;5(2):666-78. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18084161?tool=bestpractice.com [68]Mukhopadhyay A, Farrell T, Fraser RB, et al. Continuous subcutaneous insulin infusion vs intensive conventional insulin therapy in pregnant diabetic women: a systematic review and metaanalysis of randomized, controlled trials. Am J Obstet Gynecol. 2007 Nov;197(5):447-56. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17678864?tool=bestpractice.com [69]Andrade-Castellanos CA, Colunga-Lozano LE, Delgado-Figueroa N, et al. Subcutaneous rapid-acting insulin analogues for diabetic ketoacidosis. Cochrane Database Syst Rev. 2016 Jan 21;(1):CD011281. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD011281.pub2/abstract http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26798030?tool=bestpractice.com [ ] How do subcutaneous rapid-acting insulin analogs compare with regular insulin in people with diabetic ketoacidosis?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1713/fullMostre-me a resposta Uma sugestão de protocolo seria uma injeção subcutânea inicial de insulina de ação rápida em uma dose de 0.3 unidade/kg, seguida por outra injeção subcutânea de 0.2 unidade/kg depois de 1 hora. Depois disso, eles devem receber 0.2 unidade/kg a cada 2 horas até que a glicose sanguínea esteja <13.9 mmol/L (<250 mg/dL). Nesse ponto, a dose de insulina deve ser diminuída pela metade, para 0.1 unidade/kg a cada 2 horas, até a resolução da CAD.[65]Umpierrez GE, Cuervo R, Karabell A, et al. Treatment of diabetic ketoacidosis with subcutaneous insulin aspart. Diabetes Care. 2004 Aug;27(8):1873-8. https://care.diabetesjournals.org/content/27/8/1873.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15277410?tool=bestpractice.com Os pacientes tratados com insulina subcutânea devem receber reposição de fluidos adequada, exames de glicemia à beira do leito frequentes e tratamento adequado das causas subjacentes para evitar a CAD recorrente.[3]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 A infusão intravenosa contínua de insulina regular deve, no entanto, continuar sendo a via de escolha por causa de sua meia-vida curta e da fácil titulação. Isso é comparado ao início de ação tardio e à meia-vida prolongada da insulina administrada por via subcutânea. No entanto, se o tempo de espera por vagas na unidade de terapia intensiva (UTI) for longo, ou onde os recursos médicos forem escassos, o uso de análogos da insulina no tratamento de episódios leves ou moderados e descomplicados de CAD poderá ser considerado para pacientes ambulatoriais, na enfermaria ou no pronto-socorro.[3]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
Pacientes com CAD grave (glicose plasmática >13.9 mmol/L [>250 mg/dL], pH arterial <7.00, bicarbonato sérico <10 mmol/L [<10 mEq/L]), hipotensão, anasarca (edema grave generalizado) ou doença crítica grave associada devem ser tratados com insulina regular intravenosa na UTI, utilizando o regime descrito acima.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [65]Umpierrez GE, Cuervo R, Karabell A, et al. Treatment of diabetic ketoacidosis with subcutaneous insulin aspart. Diabetes Care. 2004 Aug;27(8):1873-8. https://care.diabetesjournals.org/content/27/8/1873.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15277410?tool=bestpractice.com [64]Fisher JN, Shahshahani MN, Kitabchi AE. Diabetic ketoacidosis: low-dose insulin therapy by various routes. N Engl J Med. 1977 Aug 4;297(5):238-41. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/406561?tool=bestpractice.com [66]Umpierrez GE, Latif K, Stoever J, et al. Efficacy of subcutaneous insulin lispro versus continuous intravenous regular insulin for the treatment of patients with diabetic ketoacidosis. Am J Med. 2004 Sep 1;117(5):291-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15336577?tool=bestpractice.com
Este regime deve ser seguido até que todos os critérios restantes para a resolução sejam atendidos: bicarbonato sérico >18 mmol/L (18 mEq/L), pH venoso >7.3 e anion gap <10.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
Opções primárias
insulina neutra: consulte os protocolos locais para diretrizes de dosagem
Opções secundárias
insulina asparte: consulte os protocolos locais para diretrizes de dosagem
ou
insulina lispro: consulte os protocolos locais para diretrizes de dosagem
terapia com potássio
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A insulinoterapia e a correção da hiperosmolaridade e acidemia diminuem a concentração plasmática de potássio. A reposição concomitante de potássio será recomendada se o potássio sérico estiver entre 3.3 e 5.3 mmol/L (3.3 a 5.3 mEq/L) para prevenir arritmias cardíacas decorrentes da hipocalemia. A dose é de 20-30 mmol (20-30 mEq) adicionada a cada litro do fluido de infusão. Se o potássio for <3.3 mmol/L (<3.3 mEq/L) em qualquer momento do tratamento, a insulina deve ser descontinuada.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
As escolhas são o fosfato de potássio ou o cloreto de potássio. Um terço da reposição de potássio deve ser administrado como fosfato de potássio para evitar a administração excessiva de cloreto.
O nível de potássio sérico deve ser monitorado pelo menos uma vez por hora e deve ser ajustado conforme a necessidade.
Opções primárias
fosfato de potássio: 20-30 mEq adicionados a cada litro de fluido de infusão inicialmente; ajustar a dose de acordo com o nível de potássio sérico
Mais fosfato de potássioSe o potássio estiver <3.3 mEq/L a qualquer momento da terapia, a insulina deve ser descontinuada e o potássio reposto por via intravenosa.
ou
cloreto de potássio: 20-30 mEq adicionados a cada litro de fluido de infusão inicialmente; ajustar a dose de acordo com o nível de potássio sérico
Mais cloreto de potássioSe o potássio estiver <3.3 mEq/L a qualquer momento da terapia, a insulina deve ser descontinuada e o potássio reposto por via intravenosa.
terapia com bicarbonato
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A terapia com bicarbonato pode ser utilizada em pacientes adultos com pH <7 ou nível de bicarbonato <5 mmol/L (5 mEq/L), embora os dados sejam limitados.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [70]Chua HR, Schneider A, Bellomo R. Bicarbonate in diabetic ketoacidosis - a systematic review. Ann Intensive Care. 2011 Jul 6;1(1):23. https://www.annalsofintensivecare.com/content/1/1/23 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21906367?tool=bestpractice.com
Em adultos com pH de 6.9 a 7.0, podem ser administrados 50 mmol de bicarbonato de sódio (1 ampola) em 200 mL de água estéril com 10 mmol (10 mEq) de KCl ao longo de 1 hora até que o pH esteja >7.0.
Em adultos com pH <6.9, recomendamos que sejam administrados 100 mmol de bicarbonato de sódio em 400 mL de água estéril com 20 mmol (20 mEq) de KCl na velocidade de 200 mL/hora por 2 horas ou até que o pH esteja >7.0. O tratamento deve ser repetido a cada 2 horas até que o pH esteja >7.0. A terapia com bicarbonato, da mesma forma que a insulinoterapia, diminui o potássio sérico; portanto, KCl deve ser adicionado ao bicarbonato isotônico.[71]Morris LR, Murphy MB, Kitabchi AE. Bicarbonate therapy in severe diabetic ketoacidosis. Ann Intern Med. 1986 Dec;105(6):836-40. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3096181?tool=bestpractice.com
Opções primárias
bicarbonato de sódio: pH sérico 6.9 a 7.0: infusão intravenosa de 50 mmol durante 1 hora até pH >7.0; pH sérico <6.9: 100 mmol em infusão intravenosa de 200 mL/hora por 2 horas ou até que o pH esteja >7.0
terapia com fosfato
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A reposição de rotina do fosfato na CAD ou no estado hiperosmolar hiperglicêmico não é recomendada.
No entanto, para evitar disfunção cardíaca, respiratória e musculoesquelética, uma terapia cuidadosa de fosfato pode ser indicada em pacientes com disfunção cardíaca (por exemplo, com sinais de disfunção ventricular esquerda), anemia sintomática ou depressão respiratória (por exemplo, diminuição da saturação de oxigênio) e em pacientes com hipofosfatemia confirmada (concentração sérica de fosfato <1.0 mg/dL).[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
A dose é de 20-30 mEq/L de fosfato de potássio adicionados aos fluidos de reposição.
A terapia com fosfato acima da dose recomendada pode resultar em hipocalcemia grave.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [83]Fisher JN, Kitabchi AE. A randomized study of phosphate therapy in the treatment of diabetic ketoacidosis. J Clin Endocrinol Metab. 1983 Jul;57(1):177-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6406531?tool=bestpractice.com [84]Adrogue HJ, Wilson H, Boyd AE 3rd, et al. Plasma acid-base patterns in diabetic ketoacidosis. N Engl J Med. 1982 Dec 23;307(26):1603-10. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6815530?tool=bestpractice.com
Opções primárias
fosfato de potássio: 20-30 mEq adicionados a cada litro do fluido de infusão
fluidoterapia intravenosa
A depleção de volume leve a moderada é indicada pela ausência de hipotensão ortostática ou hipotensão supina, membranas mucosas secas e turgor cutâneo diminuído. A meta é gradualmente repor metade do deficit de fluidos ao longo de 12-24 horas, para prevenir complicações, como edema cerebral.
A escolha inicial de fluido é o soro fisiológico isotônico na taxa de 1.0 a 1.5 L (ou 15-20 mL/kg peso corporal) pela primeira hora.
Após a reposição de fluidos inicial, o nível de sódio sérico corrigido deve ser avaliado. A equação das unidades do sistema internacional (SI) é: sódio corrigido (mmol/L) = sódio medido (mmol/L) + 0.016 ([glicose (mmol/L) × 18]-100). A equação das unidades convencionais é: sódio corrigido (mEq/L) = sódio medido (mEq/L) + 0.016 (glicose [mg/dL] - 100). Em pacientes em estado hipernatrêmico ou eunatrêmico, NaCl a 0.45% a 250 a 500 mL/hora é recomendado.
A reposição de potássio não é necessária, mas os níveis de potássio devem ser verificados a cada 2 horas.
Eletrólitos, ureia, pH venoso, creatinina e glicose devem ser verificados a cada 2-4 horas até a resolução da CAD.
cuidados de suporte ± internação na unidade de terapia intensiva (UTI)
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
As indicações para internação na UTI incluem o estado mental alterado, insuficiência respiratória e acidose grave.
Após a internação na UTI, os acessos arteriais e venosos centrais são necessários, além do cateterismo de Swan-Ganz e oximetria percutânea contínua. Intubação e ventilação mecânica são comumente necessárias, com monitoramento constante dos parâmetros respiratórios. A aspiração nasogástrica sempre é realizada devido à frequente ocorrência de íleo paralítico e ao perigo de aspiração.
Os casos leves de CAD podem ser tratados sem a internação na UTI.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
insulina
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os pacientes devem receber uma infusão intravenosa contínua de insulina regular após a exclusão de hipocalemia (isto é, o nível de potássio deve ser >3.3 mmol/L [>3.3 mEq/L]) antes do início da terapia com insulina). Este é o padrão de cuidados em pacientes gravemente enfermos e mentalmente obnubilados com CAD.[3]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 A ADA recomenda dois esquemas alternativos de baixas dosagens.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com A primeira opção é uma infusão intravenosa contínua de insulina regular na dose de 0.14 unidades/kg/hora (aproximadamente 10 unidades/hora em um paciente de 70 kg) sem bolus inicial.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com Isto baseia-se em estudos que demonstram que a utilização de insulina regular em baixas doses administrada por infusão intravenosa é suficiente para o tratamento da CAD, desde que a dose seja >0.1 unidade/kg/hora. O regime alternativo envolve uma dose inicial intravenosa em bolus de 0.1 unidade/kg, seguida por uma infusão contínua a uma dose de 0.1 unidade/kg/hora.[59]Gosmanov AR, Gosmanova EO, Dillard-Cannon E. Management of adult diabetic ketoacidosis. Diabetes Metab Syndr Obes. 2014 Jun 30;7:255-64. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4085289 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25061324?tool=bestpractice.com Esses protocolos de insulinoterapia de baixa dose diminuem a concentração da glicose plasmática na velocidade de 2.8 a 4.2 mmol/L/hora (50 a 75 mg/dL/hora).[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
Se a glicose plasmática não diminuir em, no mínimo, 10% ou 2.8 mmol/L (50 mg/dL) na primeira hora de infusão de insulina, uma dose de 0.14 unidades/kg de insulina regular deve ser administrada em bolus intravenoso, e a taxa de infusão contínua de insulina deve ser mantida (0.1 unidades/kg/hora ou 0.14 unidades/kg/hora, dependendo do regime selecionado).[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [59]Gosmanov AR, Gosmanova EO, Dillard-Cannon E. Management of adult diabetic ketoacidosis. Diabetes Metab Syndr Obes. 2014 Jun 30;7:255-64. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4085289 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25061324?tool=bestpractice.com A injeção de insulina em uma escala móvel não é mais recomendada. Quando a glicemia está abaixo de 11.1 mmol/L (200 mg/dL), a infusão pode ser reduzida para 0.02 a 0.05 unidade/kg/hora, quando a dextrose pode ser adicionada aos fluidos intravenosos.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [59]Gosmanov AR, Gosmanova EO, Dillard-Cannon E. Management of adult diabetic ketoacidosis. Diabetes Metab Syndr Obes. 2014 Jun 30;7:255-64. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4085289 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25061324?tool=bestpractice.com A taxa de infusão de insulina (ou a concentração de dextrose) deve então ser ajustada para manter um nível de glicose plasmática entre 8.3 e 11.1 mmol/L (150-200 mg/dL).[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
Pacientes com CAD leve a moderada (glicose plasmática >13.9 mmol/L [>250 mg/dL], pH arterial de 7.00 a 7.30, bicarbonato sérico de 10-18 mmol/L [10-18 mEq/L]) que não seja complicado por infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência hepática ou renal em estágio terminal, uso de esteroides ou gravidez, podem receber insulina de ação rápida por via subcutânea como uma alternativa à insulina regular intravenosa (sem diferença significativa nos desfechos ao usar qualquer abordagem juntamente com o manejo hídrico agressivo para CAD leve ou moderada).[3]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 [67]Ludvigsson J, Samuelsson U. Continuous insulin infusion (CSII) or modern type of multiple daily injections (MDI) in diabetic children and adolescents: a critical review on a controversial issue. Pediatr Endocrinol Rev. 2007 Dec;5(2):666-78. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18084161?tool=bestpractice.com [68]Mukhopadhyay A, Farrell T, Fraser RB, et al. Continuous subcutaneous insulin infusion vs intensive conventional insulin therapy in pregnant diabetic women: a systematic review and metaanalysis of randomized, controlled trials. Am J Obstet Gynecol. 2007 Nov;197(5):447-56. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17678864?tool=bestpractice.com [69]Andrade-Castellanos CA, Colunga-Lozano LE, Delgado-Figueroa N, et al. Subcutaneous rapid-acting insulin analogues for diabetic ketoacidosis. Cochrane Database Syst Rev. 2016 Jan 21;(1):CD011281. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD011281.pub2/abstract http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26798030?tool=bestpractice.com [ ] How do subcutaneous rapid-acting insulin analogs compare with regular insulin in people with diabetic ketoacidosis?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1713/fullMostre-me a resposta Uma sugestão de protocolo seria uma injeção subcutânea inicial de insulina de ação rápida em uma dose de 0.3 unidade/kg, seguida por outra injeção subcutânea de 0.2 unidade/kg depois de 1 hora. Depois disso, eles devem receber 0.2 unidade/kg a cada 2 horas até que a glicose sanguínea esteja <13.9 mmol/L (<250 mg/dL). Nesse ponto, a dose de insulina deve ser diminuída pela metade, para 0.1 unidade/kg a cada 2 horas, até a resolução da CAD.[65]Umpierrez GE, Cuervo R, Karabell A, et al. Treatment of diabetic ketoacidosis with subcutaneous insulin aspart. Diabetes Care. 2004 Aug;27(8):1873-8. https://care.diabetesjournals.org/content/27/8/1873.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15277410?tool=bestpractice.com Os pacientes tratados com insulina subcutânea devem receber reposição de fluidos adequada, exames de glicemia à beira do leito frequentes e tratamento adequado das causas subjacentes para evitar a CAD recorrente.[3]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 A infusão intravenosa contínua de insulina regular deve continuar sendo a via de escolha por causa da meia-vida curta e da fácil titulação da insulina intravenosa. Isso é comparado ao início de ação tardio e à meia-vida prolongada da insulina administrada por via subcutânea. No entanto, se o tempo de espera por vagas na unidade de terapia intensiva (UTI) for longo, ou onde os recursos médicos forem escassos, o uso de análogos da insulina no tratamento de episódios leves ou moderados e descomplicados de CAD poderá ser considerado para pacientes ambulatoriais, da enfermaria ou do pronto-socorro.[3]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
Pacientes com CAD grave (glicose plasmática >13.9 mmol/L [>250 mg/dL], pH arterial <7.00, bicarbonato sérico <10 mmol/L [<10 mEq/L]), hipotensão, anasarca (edema grave generalizado) ou doença crítica grave associada devem ser tratados com insulina regular intravenosa na UTI, utilizando o regime descrito acima.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [65]Umpierrez GE, Cuervo R, Karabell A, et al. Treatment of diabetic ketoacidosis with subcutaneous insulin aspart. Diabetes Care. 2004 Aug;27(8):1873-8. https://care.diabetesjournals.org/content/27/8/1873.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15277410?tool=bestpractice.com [64]Fisher JN, Shahshahani MN, Kitabchi AE. Diabetic ketoacidosis: low-dose insulin therapy by various routes. N Engl J Med. 1977 Aug 4;297(5):238-41. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/406561?tool=bestpractice.com
Este regime deve ser seguido até que todos os critérios restantes para a resolução sejam atendidos: bicarbonato sérico >18 mmol/L (18 mEq/L), pH venoso >7.3 e anion gap <10.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
A reposição de potássio não é necessária, mas os níveis de potássio devem ser verificados a cada 2 horas.
Opções primárias
insulina neutra: consulte os protocolos locais para diretrizes de dosagem
Opções secundárias
insulina asparte: consulte os protocolos locais para diretrizes de dosagem
ou
insulina lispro: consulte os protocolos locais para diretrizes de dosagem
terapia com bicarbonato
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A terapia com bicarbonato pode ser utilizada em pacientes adultos com pH <7 ou nível de bicarbonato <5 mmol/L (5 mEq/L), embora os dados sejam limitados.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [70]Chua HR, Schneider A, Bellomo R. Bicarbonate in diabetic ketoacidosis - a systematic review. Ann Intensive Care. 2011 Jul 6;1(1):23. https://www.annalsofintensivecare.com/content/1/1/23 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21906367?tool=bestpractice.com
Em adultos com pH de 6.9 a 7.0, podem ser administrados 50 mmol de bicarbonato de sódio (1 ampola) em 200 mL de água estéril com 10 mmol (10 mEq) de KCl ao longo de 1 hora até que o pH esteja >7.0.
Em adultos com pH <6.9, recomendamos que sejam administrados 100 mmol de bicarbonato de sódio em 400 mL de água estéril com 20 mmol (20 mEq) de KCl na velocidade de 200 mL/hora por 2 horas ou até que o pH esteja >7.0. O tratamento deve ser repetido a cada 2 horas até que o pH esteja >7.0. A terapia com bicarbonato, da mesma forma que a insulinoterapia, diminui o potássio sérico; portanto, KCl deve ser adicionado ao bicarbonato isotônico.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [71]Morris LR, Murphy MB, Kitabchi AE. Bicarbonate therapy in severe diabetic ketoacidosis. Ann Intern Med. 1986 Dec;105(6):836-40. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3096181?tool=bestpractice.com [83]Fisher JN, Kitabchi AE. A randomized study of phosphate therapy in the treatment of diabetic ketoacidosis. J Clin Endocrinol Metab. 1983 Jul;57(1):177-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6406531?tool=bestpractice.com
Opções primárias
bicarbonato de sódio: pH sérico 6.9 a 7.0: infusão intravenosa de 50 mmol durante 1 hora até pH >7.0; pH sérico <6.9: 100 mmol em infusão intravenosa de 200 mL/hora por 2 horas ou até que o pH esteja >7.0
terapia com fosfato
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A reposição de rotina do fosfato na CAD ou no estado hiperosmolar hiperglicêmico não é recomendada.
No entanto, para evitar disfunção cardíaca, respiratória e musculoesquelética, uma terapia cuidadosa de fosfato pode ser indicada em pacientes com disfunção cardíaca (por exemplo, com sinais de disfunção ventricular esquerda), anemia sintomática ou depressão respiratória (por exemplo, diminuição da saturação de oxigênio) e em pacientes com hipofosfatemia confirmada (concentração sérica de fosfato <1.0 mg/dL).[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com
A dose é de 20-30 mEq/L de fosfato de potássio adicionados aos fluidos de reposição.
A terapia com fosfato acima da dose recomendada pode resultar em hipocalcemia grave.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [84]Adrogue HJ, Wilson H, Boyd AE 3rd, et al. Plasma acid-base patterns in diabetic ketoacidosis. N Engl J Med. 1982 Dec 23;307(26):1603-10. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6815530?tool=bestpractice.com
Opções primárias
fosfato de potássio: 20-30 mEq adicionados a cada litro do fluido de infusão
cetoacidose diabética (CAD) revertida e o paciente capaz de tolerar a ingestão oral
estabelecer um regime de insulina subcutânea (SC) regular
Uma vez que a CAD se resolva e o paciente consiga tolerar a ingestão oral, a transição para a insulina subcutânea precisa ser iniciada. A ADA recomenda o uso de um protocolo de transição (pois isso está associado à redução da morbidade e dos custos) e informa que a administração de insulina basal é necessária de 2 a 4 horas antes de se interromper a insulina intravenosa para prevenir a recorrência da CAD e a hiperglicemia de rebote.[3]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1 A ADA também aponta para evidências emergentes de que a administração de um análogo de insulina basal de baixa dosagem (0.15 a 0.3 unidades/kg), além da infusão intravenosa de insulina, pode reduzir a duração da infusão e a duração da internação hospitalar, ao mesmo tempo em que previne a hiperglicemia de rebote (sem um aumento do risco de hipoglicemia).[3]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
A insulina de ação intermediária ou prolongada é recomendada para uso basal, e a insulina de ação curta, para o controle glicêmico prandial. Se o paciente tiver utilizado insulina para controlar o diabetes antes da CAD, a mesma dose poderá ser reiniciada. Do contrário, recomenda-se o seguinte esquema: uma dose diária total de insulina de 0.5 a 0.8 unidade/kg/dia, sendo 30% a 50% da dose diária total administrada como insulina basal de ação prolongada, geralmente à noite em dose única, e o restante da dose diária total em doses fracionadas de insulina de ação rápida antes de cada refeição.[1]Kitabchi AE, Umpierrez GE, Miles JM, et al. Hyperglycemic crises in adult patients with diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2009 Jul;32(7):1335-43. https://care.diabetesjournals.org/content/32/7/1335.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564476?tool=bestpractice.com [65]Umpierrez GE, Cuervo R, Karabell A, et al. Treatment of diabetic ketoacidosis with subcutaneous insulin aspart. Diabetes Care. 2004 Aug;27(8):1873-8. https://care.diabetesjournals.org/content/27/8/1873.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15277410?tool=bestpractice.com [66]Umpierrez GE, Latif K, Stoever J, et al. Efficacy of subcutaneous insulin lispro versus continuous intravenous regular insulin for the treatment of patients with diabetic ketoacidosis. Am J Med. 2004 Sep 1;117(5):291-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15336577?tool=bestpractice.com A ADA menciona que a dose total diária de insulina subcutânea também pode ser calculada a partir da taxa de infusão de insulina nas 6 a 8 horas anteriores, quando níveis estáveis da glicemia tiverem sido atingidos.[3]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2024. Diabetes Care. 2024 Jan 1;47(Suppl 1):S1-321. https://diabetesjournals.org/care/issue/47/Supplement_1
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