Monitoramento
Monitore regularmente o seguinte nos pacientes hospitalizados para facilitar o reconhecimento precoce da deterioração e monitorar as complicações:[2][601]
Sinais vitais (temperatura, frequência respiratória, frequência cardíaca, pressão arterial, saturação de oxigênio)
Parâmetros hematológicos e bioquímicos
Parâmetros de coagulação (dímero D, fibrinogênio, contagem plaquetária, tempo de protrombina)
eletrocardiograma (ECG)
Exame de imagem torácica
Sinais e sintomas de tromboembolismo venoso ou arterial.
Escores clínicos de alerta precoce
Utilize escores clínicos de alerta precoce que facilitem o reconhecimento precoce e o escalonamento do tratamento de pacientes que apresentem deterioração (por exemplo, National Early Warning Score 2 [NEWS2], Paediatric Early Warning Signs [PEWS]), se possível.[2]
Não há dados sobre o valor do uso desses escores nos pacientes com COVID-19 no cenário da atenção primária.[942]
Gestantes
Monitore os sinais vitais de três a quatro vezes ao dia, bem como a frequência cardíaca fetal em gestantes com infecção confirmada que estejam sintomáticas e internadas. Realize ultrassonografias para acompanhar o crescimento fetal e avaliações com Doppler para monitorar uma possível restrição do crescimento intrauterino em gestantes com infecção confirmada que estejam assintomáticas.[651] Realize uma ultrassonografia do crescimento fetal 14 dias após a remissão dos sintomas.[653]
Acompanhamento pós-alta
Foram publicadas diretrizes para o acompanhamento respiratório de pacientes com pneumonia devida à COVID-19. Os algoritmos de acompanhamento dependem da gravidade da pneumonia e podem incluir consulta clínica e revisão (presencial ou telefone) por um médico ou enfermeira, imagens do tórax, testes de função pulmonar, ecocardiograma, amostra de escarro, teste de marcha e avaliação de saturação de oxigênio.[943]
Escores prognósticos em desenvolvimento
Vários escores prognósticos e de risco clínico estão sendo pesquisados ou desenvolvidos para a COVID-19; no entanto, é necessária uma maior validação externa entre várias populações antes que se possa recomendar seu uso.
A-DROP: uma versão modificada do CURB-65 que demonstrou melhor precisão na predição de morte hospitalar à admissão em pacientes com pneumonia por COVID-19 em comparação com outros escores de pneumonia adquirida na comunidade amplamente utilizados.[944]
APACHE II: uma ferramenta clínica eficaz para prever a mortalidade hospitalar, com desempenho melhor que os escores SOFA e CURB-65 em pacientes com COVID-19. Um escore de 17 ou mais é um indicador precoce de morte e pode servir de base para outras decisões clínicas.[945]
CALL: um escore dos fatores de risco que pontua os pacientes com base em quatro fatores: comorbidades, idade, contagem de linfócitos e nível de lactato desidrogenase. Um estudo constatou que 96% dos pacientes com baixos escores CALL não evoluíram para doença grave.[946]
COVID-GRAM: uma calculadora na web usada para estimar a probabilidade de um paciente desenvolver doença crítica, tendo como base as 10 variáveis a seguir, no momento da admissão: anormalidade à radiografia torácica, idade, hemoptise, dispneia, inconsciência, número de comorbidades, histórico de câncer, proporção neutrófilos/linfócitos, lactato desidrogenase e bilirrubina direta. São necessários estudos de validação adicionais, especialmente fora da China.[947]
COVID-19MRS: ferramenta clínica rápida e independente do operador que demonstrou predizer objetivamente a mortalidade em um estudo de coorte retrospectivo.[948]
3F: modelo de previsão da mortalidade baseado em três características clínicas: idade, saturação mínima de oxigênio e tipo de encontro com o paciente (ou seja, encontros com pacientes hospitalizados ou ambulatoriais ou por telessaúde). Um estudo constatou que o modelo apresentou alta precisão quando aplicado a conjuntos de dados retrospectivos e prospectivos de pacientes com COVID-19.[949]
4C: um escore desenvolvido e validado em um estudo de coorte prospectivo no Reino Unido com adultos hospitalizados com COVID-19. O escore usa dados demográficos do paciente, observações clínicas e parâmetros sanguíneos comumente disponíveis no momento da internação hospitalar e pode caracterizar com precisão os pacientes como de baixo, intermediário, alto ou muito alto risco de morte. O escore superou outras ferramentas de estratificação de risco, mostrou utilidade para a tomada de decisão clínica e teve desempenho semelhante ao de modelos mais complexos.[950]
QCOVID: um novo algoritmo de predição de risco clínico para estimar o risco de internação hospitalar e mortalidade com base na idade, etnia, privação, índice de massa corporal e uma gama de comorbidades. Um estudo de coorte de base populacional revelou que o algoritmo teve um bom desempenho, mostrando níveis muito altos de discriminação para mortes e internações hospitalares.[951]
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