A meningite bacteriana pode ser fatal dentro de poucas horas. Pacientes com suspeita de meningite bacteriana aguda devem ser rapidamente hospitalizados e avaliados para determinar a segurança clínica da realização de punção lombar (PL).
Os antimicrobianos devem ser administrados de maneiraimediata. Se a PL for adiada por causa da necessidade de tomografia computadorizada, o tratamento com antibióticos deverá ser iniciado antes do exame e após a obtenção das amostras de sangue para cultura. O protelamento dos antibióticos está fortemente associado a um mau desfecho e à morte.[59]van de Beek D, Cabellos C, Dzupova O, et al. ESCMID guideline: diagnosis and treatment of acute bacterial meningitis. Clin Microbiol Infect. 2016 May;22(suppl 3):S37-62.
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[97]Proulx N, Fréchette D, Toye B, et al. Delays in the administration of antibiotics are associated with mortality from adult acute bacterial meningitis. QJM. 2005 Apr;98(4):291-8.
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[98]Zasowski EJ, Bassetti M, Blasi F, et al. A systematic review of the effect of delayed appropriate antibiotic treatment on the outcomes of patients with severe bacterial infections. Chest. 2020 Sep;158(3):929-38.
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Um estudo de coorte multinacional e retrospectivo mostrou que esperar mais de 2 horas para administrar antibióticos aumentou significativamente a mortalidade em pacientes com meningite bacteriana adquirida na comunidade.[99]Eisen DP, Hamilton E, Bodilsen J, et al. Longer than 2 hours to antibiotics is associated with doubling of mortality in a multinational community-acquired bacterial meningitis cohort. Sci Rep. 2022 Jan 13;12(1):672.
https://www.nature.com/articles/s41598-021-04349-7
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Quando o organismo específico for identificado e os resultados de sensibilidade forem conhecidos, o tratamento pode ser modificado conforme necessário.
As recomendações a seguir são para a meningite adquirida na comunidade. As recomendações para o tratamento da meningite associada aos cuidados de saúde estão além do escopo deste tópico, e diretrizes estão disponíveis em outros lugares.[100]Tunkel AR, Hasbun R, Bhimraj A, et al. 2017 Infectious Diseases Society of America's clinical practice guidelines for healthcare-associated ventriculitis and meningitis. Clin Infect Dis. 2017 Mar;64(6):701-6.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28203777?tool=bestpractice.com
Consulte Doença meningocócica.
Suspeita de meningite bacteriana
A terapia antibacteriana empírica parenteral de amplo espectro deve ser administrada o quanto antes para suspeita de meningite bacteriana (de preferência depois de realizada a PL).[9]Sáez-Llorens X, McCracken GH Jr. Bacterial meningitis in children. Lancet. 2003 Jun 21;361(9375):2139-48.
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[99]Eisen DP, Hamilton E, Bodilsen J, et al. Longer than 2 hours to antibiotics is associated with doubling of mortality in a multinational community-acquired bacterial meningitis cohort. Sci Rep. 2022 Jan 13;12(1):672.
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[100]Tunkel AR, Hasbun R, Bhimraj A, et al. 2017 Infectious Diseases Society of America's clinical practice guidelines for healthcare-associated ventriculitis and meningitis. Clin Infect Dis. 2017 Mar;64(6):701-6.
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[101]Chaudhuri A, Martinez-Martin P, Kennedy PG, et al. EFNS guideline on the management of community-acquired bacterial meningitis: report of an EFNS Task Force on acute bacterial meningitis in older children and adults. Eur J Neurol. 2008 Jul;15(7):649-59.
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[102]Centers for Disease Control and Prevention. Meningococcal disease: clinical guidance for meningococcal disease. Aug 2024 [internet publication].
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Em alguns países, recomenda-se a administração de antibióticos (por exemplo, benzilpenicilina intramuscular, cefotaxima ou ceftriaxona) na atenção primária se a transferência para o hospital apresentar possibilidade de ser adiada.[57]National Institute for Health and Care Excellence. Meningitis (bacterial) and meningococcal disease: recognition, diagnosis and management. Mar 2024 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng240/chapter/Recommendations
No entanto, as evidências para essa abordagem estão equivocadas.[103]Sudarsanam TD, Rupali P, Tharyan P, et al. Pre-admission antibiotics for suspected cases of meningococcal disease. Cochrane Database Syst Rev. 2017 Jun 14;(6):CD005437.
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A escolha do antibiótico empírico depende da idade do paciente e das condições que possivelmente predispuseram o paciente à meningite.[6]Mount HR, Boyle SD. Aseptic and bacterial meningitis: evaluation, treatment, and prevention. Am Fam Physician. 2017 Sep 1;96(5):314-22.
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[104]Hasbun R. Progress and challenges in bacterial meningitis: a review. JAMA. 2022 Dec 6;328(21):2147-54.
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O esquema escolhido deve ser amplo o suficiente para cobrir os organismos potenciais da faixa etária afetada, levando em consideração as taxas de suscetibilidade regionais.[59]van de Beek D, Cabellos C, Dzupova O, et al. ESCMID guideline: diagnosis and treatment of acute bacterial meningitis. Clin Microbiol Infect. 2016 May;22(suppl 3):S37-62.
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A maioria dos esquemas terapêuticos empíricos inclui uma cefalosporina de terceira geração associada a vancomicina. A ampicilina é adicionada em situações em que a Listeria monocytogenes pode ser um patógeno (por exemplo, idade >50 anos, imunocomprometidos e neonatos).[1]Mace SE. Acute bacterial meningitis. Emerg Med Clin North Am. 2008 May;26(2):281-317.
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Sulfametoxazol/trimetoprima é uma alternativa à ampicilina (exceto neonatos) em pacientes com Listeria.[104]Hasbun R. Progress and challenges in bacterial meningitis: a review. JAMA. 2022 Dec 6;328(21):2147-54.
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[105]Tunkel AR, Hartman BJ, Kaplan SL, et al. Practice guidelines for the management of bacterial meningitis. Clin Infect Dis. 2004 Nov 1;39(9):1267-84.
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A seguir, apresentamos uma proposta de estratégia de tratamento com base na idade e em fatores predisponentes específicos.[1]Mace SE. Acute bacterial meningitis. Emerg Med Clin North Am. 2008 May;26(2):281-317.
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[59]van de Beek D, Cabellos C, Dzupova O, et al. ESCMID guideline: diagnosis and treatment of acute bacterial meningitis. Clin Microbiol Infect. 2016 May;22(suppl 3):S37-62.
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[101]Chaudhuri A, Martinez-Martin P, Kennedy PG, et al. EFNS guideline on the management of community-acquired bacterial meningitis: report of an EFNS Task Force on acute bacterial meningitis in older children and adults. Eur J Neurol. 2008 Jul;15(7):649-59.
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[104]Hasbun R. Progress and challenges in bacterial meningitis: a review. JAMA. 2022 Dec 6;328(21):2147-54.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36472590?tool=bestpractice.com
Imunocompetente com idade ≤1 mês: ampicilina associada a cefotaxima. Se uma cefalosporina não puder ser administrada (por exemplo, pacientes com alergia), um esquema alternativo é ampicilina associada a um aminoglicosídeo (por exemplo, gentamicina)
Imunocompetente com idade entre >1 mês e <50 anos: cefotaxima ou ceftriaxona associada a vancomicina. Se uma cefalosporina não puder ser administrada (por exemplo, pacientes com alergia), um carbapenêmico (por exemplo, meropeném) associado a vancomicina pode ser considerado
Idade ≥50 anos ou imunocomprometidos (qualquer idade): ampicilina associada a cefotaxima ou ceftriaxona associada a vancomicina. Se não for possível administrar ampicilina (por exemplo, em pacientes com alergia), sulfametoxazol/trimetoprima pode ser considerado uma alternativa no lugar da ampicilina (excluindo neonatos, nos quais deve-se procurar aconselhamento especializado).
Corticosteroide adjuvante
A recomendação geral é que a dexametasona seja administrada a todos os pacientes com mais de 6 semanas de vida que apresentem características clínicas de meningite bacteriana.[6]Mount HR, Boyle SD. Aseptic and bacterial meningitis: evaluation, treatment, and prevention. Am Fam Physician. 2017 Sep 1;96(5):314-22.
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[64]McGill F, Heyderman RS, Michael BD, et al. The UK joint specialist societies guideline on the diagnosis and management of acute meningitis and meningococcal sepsis in immunocompetent adults. J Infect. 2016 Apr;72(4):405-38.
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[101]Chaudhuri A, Martinez-Martin P, Kennedy PG, et al. EFNS guideline on the management of community-acquired bacterial meningitis: report of an EFNS Task Force on acute bacterial meningitis in older children and adults. Eur J Neurol. 2008 Jul;15(7):649-59.
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A dexametasona reduz a inflamação no líquido cefalorraquidiano (LCR), que é amplificada por antibióticos bacteriolíticos. O momento de início dos corticoides varia. Nos EUA, a Infectious Diseases Society of America recomenda que a dexametasona seja iniciada imediatamente antes da, ou em conjunto com, primeira dose de antibióticos e mantida por 2 a 4 dias ou até que o organismo específico seja identificado.[6]Mount HR, Boyle SD. Aseptic and bacterial meningitis: evaluation, treatment, and prevention. Am Fam Physician. 2017 Sep 1;96(5):314-22.
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As diretrizes europeias e do Reino Unido recomendam iniciar o tratamento com dexametasona pouco antes ou em conjunto com os antibióticos, ou dentro de 4 a 12 horas se já tiver sido iniciado.[64]McGill F, Heyderman RS, Michael BD, et al. The UK joint specialist societies guideline on the diagnosis and management of acute meningitis and meningococcal sepsis in immunocompetent adults. J Infect. 2016 Apr;72(4):405-38.
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[105]Tunkel AR, Hartman BJ, Kaplan SL, et al. Practice guidelines for the management of bacterial meningitis. Clin Infect Dis. 2004 Nov 1;39(9):1267-84.
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Uma vez isolado o organismo causador, o uso de dexametasona deve ser revisto; as diretrizes recomendam que ela seja mantida somente para meningite bacteriana causada por pneumococo ou Haemophilus influenzae do tipo B (Hib), pois eles apresentam as evidências mais fortes de benefício.[104]Hasbun R. Progress and challenges in bacterial meningitis: a review. JAMA. 2022 Dec 6;328(21):2147-54.
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[108]Evidence review for corticosteroids for treatment of bacterial meningitis: meningitis (bacterial) and meningococcal disease: recognition, diagnosis and management: Evidence review G4. London: National Institute for Health and Care Excellence (NICE); 2024 Mar.
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As evidências sugerem que dexametasona em altas doses traz benefícios em relação a redução da mortalidade e da deficiência auditiva em adultos com meningite bacteriana.[108]Evidence review for corticosteroids for treatment of bacterial meningitis: meningitis (bacterial) and meningococcal disease: recognition, diagnosis and management: Evidence review G4. London: National Institute for Health and Care Excellence (NICE); 2024 Mar.
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Um estudo observacional de 1391 adultos com meningite bacteriana adquirida na comunidade também mostrou que a proporção de pacientes com desfechos desfavoráveis foi menor em indivíduos tratados com dexametasona adjuvante, em pacientes com meningite não pneumocócica e não associada a Haemophilus (com exceção de Listeria).[109]van de Beek D, Brouwer MC, Koedel U, et al. Community-acquired bacterial meningitis. Lancet. 2021 Sep 25;398(10306):1171-83.
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Em crianças, os estudos demonstraram que os corticosteroides provavelmente reduzem a perda auditiva grave em pacientes com meningite por Hib, mas não necessariamente em crianças com meningite devido a espécies diferentes de Haemophilus.[110]Brouwer MC, McIntyre P, Prasad K, et al. Corticosteroids for acute bacterial meningitis. Cochrane Database Syst Rev. 2015 Sep 12;(9):CD004405.
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Em uma metanálise de estudos clínicos publicados entre 1988 e 1996, a dexametasona adjuvante teve seu benefício confirmado na meningite por Hib e, se iniciada com ou antes da terapêutica antimicrobiana, sugeriu benefício para meningite pneumocócica em crianças.[111]McIntyre PB, Berkey CS, King SM, et al. Dexamethasone as adjunctive therapy in bacterial meningitis. A meta-analysis of randomized clinical trials since 1988. JAMA. 1997 Sep 17;278(11):925-31.
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Uma grande metanálise mais recente descobriu que a administração de corticosteroides em baixas doses é benéfica em crianças na redução da perda auditiva e das sequelas neurológicas, bem como na redução do número médio de dias antes da resolução da febre.[112]Tian C, Jin S, Zhao Z, et al. Association of corticosteroid treatment With outcomes in pediatric patients with bacterial meningitis: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Clin Ther. 2022 Apr;44(4):551-64.
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Há evidências de baixa qualidade que sugerem que a dexametasona pode reduzir a morte e a perda auditiva em neonatos com meningite bacteriana.[113]Ogunlesi TA, Odigwe CC, Oladapo OT. Adjuvant corticosteroids for reducing death in neonatal bacterial meningitis. Cochrane Database Syst Rev. 2015 Nov 11;(11):CD010435.
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Atualmente, no entanto, os corticosteroides não são recomendados em neonatos.[59]van de Beek D, Cabellos C, Dzupova O, et al. ESCMID guideline: diagnosis and treatment of acute bacterial meningitis. Clin Microbiol Infect. 2016 May;22(suppl 3):S37-62.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27062097?tool=bestpractice.com
A dexametasona geralmente não deve ser suspensa em pacientes imunocomprometidos. Em estudos nos quais foi administrada a pacientes com meningite bacteriana, incluindo aqueles com Listeria, a mortalidade tendeu a ser menor naqueles em terapia adjuvante com dexametasona em comparação àqueles sem terapia com dexametasona.[105]Tunkel AR, Hartman BJ, Kaplan SL, et al. Practice guidelines for the management of bacterial meningitis. Clin Infect Dis. 2004 Nov 1;39(9):1267-84.
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[107]van Veen KEB, Brouwer MC, van der Ende A, et al. Bacterial meningitis in patients using immunosuppressive medication: a Population-based Prospective Nationwide Study. J Neuroimmune Pharmacol. 2017 Jun;12(2):213-8.
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O uso de dexametasona adjuvante na meningite por Listeria é controverso. Em um estudo de coorte prospectivo francês de pacientes com neurolisteriose, o uso de corticosteroides foi associado ao aumento da mortalidade, enquanto um estudo prospectivo holandês mostrou uma redução na mortalidade, mostrando que estudos adicionais são necessários.[114]Charlier C, Perrodeau É, Leclercq A, et al. Clinical features and prognostic factors of listeriosis: the MONALISA national prospective cohort study. Lancet Infect Dis. 2017 May;17(5):510-9.
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É aconselhável consultar um infectologista.
Terapia de suporte
O principal objetivo da terapia de suporte é restaurar e manter as funções respiratória, cardíaca e neurológica normais. As infecções meningocócicas podem evoluir com rapidez, e a deterioração clínica pode continuar mesmo com a administração imediata da terapêutica antimicrobiana.
A avaliação inicial deve seguir os princípios do suporte avançado de vida em adultos e em pediatria, avaliando-se as condições das vias aéreas, da respiração e da circulação e estabelecendo-se acesso intravenoso seguro por meio de cateteres de grosso calibre para a administração de líquidos.[116]Nadel S, Kroll JS. Diagnosis and management of meningococcal disease: the need for centralized care. FEMS Microbiol Rev. 2007 Jan;31(1):71-83.
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[117]Levy MM, Evans LE, Rhodes A. The Surviving Sepsis Campaign bundle: 2018 update. Crit Care Med. 2018 Jun;46(6):997-1000.
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Os pacientes com sintomas de choque compensado (o estado neurológico geralmente permanece normal, mas a frequência cardíaca pode se mostrar persistentemente elevada, a pele pode apresentar manchas, os membros podem estar frios por causa do aumento da resistência vascular sistêmica e pode ocorrer aumento no tempo de enchimento capilar e diminuição no débito urinário) ou dificuldade respiratória devem receber oxigênio suplementar. Aqueles com choque descompensado (sinais de choque compensado associado a hipotensão), hipóxia, dificuldade respiratória grave, alteração do nível de consciência ou evidência de hipertensão intracraniana necessitam de intubação e ventilação mecânica.
A oxigenação adequada, a prevenção da hipoglicemia e da hiponatremia, a terapia anticonvulsivante para controlar e prevenir convulsões e a adoção de medidas para diminuir a pressão intracraniana e prevenir oscilações no fluxo sanguíneo cerebral são aspectos importantes no manejo de pacientes com meningite bacteriana.[9]Sáez-Llorens X, McCracken GH Jr. Bacterial meningitis in children. Lancet. 2003 Jun 21;361(9375):2139-48.
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Vasopressores devem ser administrados a pacientes com hipotensão ou má perfusão que não responderem prontamente à ressuscitação fluídica. Consulte um especialista para obter orientação sobre os esquemas de vasopressores/inotrópicos adequados. Se o paciente estiver hipovolêmico ou em choque (estado de diminuição na oxigenação de órgãos-alvo causada por um desequilíbrio entre o fornecimento de oxigênio para os tecidos e a demanda, resultando em deficit de oxigênio), deve-se administrar fluidoterapia intravenosa adicional. Uma revisão sistemática não revelou evidências suficientes para orientar a prática sobre se a manutenção ou os esquemas de administração de fluidos limitados devem ser usados.[118]Maconochie IK, Bhaumik S. Fluid therapy for acute bacterial meningitis. Cochrane Database Syst Rev. 2016 Nov 4;(11):CD004786.
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No entanto, os fluidos devem ser administrados com cautela em pacientes com evidência de hipertensão intracraniana, disfunção miocárdica ou síndrome do desconforto respiratório agudo.
Caso confirmado de meningite bacteriana
Após a confirmação do diagnóstico (geralmente entre 12-48 horas após a internação), a terapêutica antibacteriana pode ser modificada de acordo com o organismo causador e suas sensibilidades.[9]Sáez-Llorens X, McCracken GH Jr. Bacterial meningitis in children. Lancet. 2003 Jun 21;361(9375):2139-48.
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[104]Hasbun R. Progress and challenges in bacterial meningitis: a review. JAMA. 2022 Dec 6;328(21):2147-54.
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Normalmente, a duração do tratamento antibacteriano depende da resposta clínica e da resposta microbiológica do LCR após o início do tratamento. Uma metanálise recente que analisou tratamentos mais curtos (até 7 dias) versus mais longos (10 dias ou o dobro do período curto) em crianças não encontrou diferenças em relação à falha do tratamento, recidiva, mortalidade, complicações neurológicas e/ou deficiência auditiva na alta e no acompanhamento.[133]Sudo RYU, Câmara MCC, Kieling SV, et al. Shorter versus longer duration of antibiotic treatment in children with bacterial meningitis: a systematic review and meta-analysis. Eur J Pediatr. 2024 Jan;183(1):61-71.
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Terapias de suporte, como a reposição de fluidos, devem ser mantidas.
S pneumoniae (duração da terapia 10-14 dias)[104]Hasbun R. Progress and challenges in bacterial meningitis: a review. JAMA. 2022 Dec 6;328(21):2147-54.
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Sensível à penicilina (concentração inibitória mínima [CIM] ≤0.06 micrograma/mL): ampicilina ou benzilpenicilina. As alternativas incluem uma cefalosporina de terceira geração (por exemplo, ceftriaxona). Sensibilidade intermediária à penicilina (CIM = ≥0.12 micrograma/mL) ou sensibilidade intermediária à ceftriaxona (CIM <1 micrograma/mL): cefotaxima ou ceftriaxona. As alternativas incluem um carbapenêmico (por exemplo, meropeném) ou uma cefalosporina de quarta geração (por exemplo, cefepima). Resistente à penicilina (CIM ≥2.0 microgramas/mL) ou resistente à cefalosporina (CIM ≥1.0 micrograma/mL): vancomicina associada a cefotaxima ou ceftriaxona. As alternativas incluem vancomicina associada a uma fluoroquinolona.[104]Hasbun R. Progress and challenges in bacterial meningitis: a review. JAMA. 2022 Dec 6;328(21):2147-54.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36472590?tool=bestpractice.com
[105]Tunkel AR, Hartman BJ, Kaplan SL, et al. Practice guidelines for the management of bacterial meningitis. Clin Infect Dis. 2004 Nov 1;39(9):1267-84.
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H influenzae (duração da terapia 7-10 dias)[104]Hasbun R. Progress and challenges in bacterial meningitis: a review. JAMA. 2022 Dec 6;328(21):2147-54.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36472590?tool=bestpractice.com
Betalactamase negativa: ampicilina. As alternativas incluem uma cefalosporina de terceira ou quarta geração (por exemplo, ceftriaxona, cefepima) ou uma fluoroquinolona.
Betalactamase positiva: cefotaxima ou ceftriaxona. As alternativas incluem uma cefalosporina de quarta geração (por exemplo, cefepima) ou uma fluoroquinolona.
Streptococcus agalactiae (estreptococos do grupo B) (duração da terapia 14-21 dias)[104]Hasbun R. Progress and challenges in bacterial meningitis: a review. JAMA. 2022 Dec 6;328(21):2147-54.
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Escherichia coli e outras Enterobacteriaceae Gram-negativas (duração da terapia 21-28 dias)[104]Hasbun R. Progress and challenges in bacterial meningitis: a review. JAMA. 2022 Dec 6;328(21):2147-54.
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Ceftriaxona ou cefotaxima. As alternativas incluem aztreonam, uma fluoroquinolona, sulfametoxazol/trimetoprima, meropeném ou ampicilina.
Listeria monocytogenes (duração da terapia 21-28 dias)[104]Hasbun R. Progress and challenges in bacterial meningitis: a review. JAMA. 2022 Dec 6;328(21):2147-54.
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Staphylococcus aureus (duração da terapia depende da resposta microbiológica do LCR e comorbidades do paciente)[104]Hasbun R. Progress and challenges in bacterial meningitis: a review. JAMA. 2022 Dec 6;328(21):2147-54.
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Suscetível à meticilina: nafcilina ou oxacilina. As alternativas incluem vancomicina, linezolida ou daptomicina. Resistente à meticilina: vancomicina. As alternativas incluem sulfametoxazol/trimetoprima, linezolida ou daptomicina.
Staphylococcus epidermidis (duração da terapia depende da resposta microbiológica do LCR e comorbidades do paciente)[105]Tunkel AR, Hartman BJ, Kaplan SL, et al. Practice guidelines for the management of bacterial meningitis. Clin Infect Dis. 2004 Nov 1;39(9):1267-84.
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Pseudomonas aeruginosa (duração da terapia 21 dias)[105]Tunkel AR, Hartman BJ, Kaplan SL, et al. Practice guidelines for the management of bacterial meningitis. Clin Infect Dis. 2004 Nov 1;39(9):1267-84.
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Espécies de enterococos (duração da terapia 21 dias)[100]Tunkel AR, Hasbun R, Bhimraj A, et al. 2017 Infectious Diseases Society of America's clinical practice guidelines for healthcare-associated ventriculitis and meningitis. Clin Infect Dis. 2017 Mar;64(6):701-6.
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Espécies de Acinetobacter (duração da terapia 21 dias)[140]Kim BN, Peleg AY, Lodise TP, et al. Management of meningitis due to antibiotic-resistant Acinetobacter species. Lancet Infect Dis. 2009 Apr;9(4):245-55.
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N meningitidis (duração da terapia 7 dias)[59]van de Beek D, Cabellos C, Dzupova O, et al. ESCMID guideline: diagnosis and treatment of acute bacterial meningitis. Clin Microbiol Infect. 2016 May;22(suppl 3):S37-62.
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Sensível à penicilina (CIM <0.1 micrograma/mL): ampicilina ou benzilpenicilina. As alternativas incluem uma cefalosporina de terceira geração (por exemplo, ceftriaxona). Sensibilidade intermediária à penicilina (CIM = 0.1 a 1.0 micrograma/mL): cefotaxima ou ceftriaxona. As alternativas incluem uma fluoroquinolona ou meropeném.
Os antibióticos fluoroquinolonas sistêmicos podem causar eventos adversos graves, incapacitantes e potencialmente duradouros ou irreversíveis. Eles incluem, entre outros: tendinopatia/ruptura tendínea; neuropatia periférica; artropatia/artralgia; aneurisma e dissecção da aorta; regurgitação de valva cardíaca; disglicemia; e efeitos sobre o sistema nervoso central, inclusive convulsões, depressão, psicose e pensamentos e comportamento suicidas.[141]Rusu A, Munteanu AC, Arbănași EM, et al. Overview of side-effects of antibacterial fluoroquinolones: new drugs versus old drugs, a step forward in the safety profile? Pharmaceutics. 2023 Mar 1;15(3):804.
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Aplicam-se restrições de prescrição ao uso das fluoroquinolonas, e essas restrições podem variar entre os países. Em geral, o uso das fluoroquinolonas deve ser restrito apenas às infecções bacterianas graves e com risco à vida. Algumas agências regulatórias também podem recomendar que eles sejam usados apenas em situações em que outros antibióticos comumente recomendados para a infecção sejam inadequados (por exemplo, resistência, contraindicações, falha do tratamento, indisponibilidade).
Consulte as diretrizes e a fonte de informações de medicamentos locais para obter mais informações sobre adequação, contraindicações e precauções.