Caso clínico

Caso clínico

Uma criança com 17 meses de idade, previamente hígida porém sem imunização, apresenta febre, mal-estar, irritabilidade e sintomas no trato respiratório superior, incluindo tosse, coriza e conjuntivite, evoluindo com piora ao longo de vários dias. A febre aumenta gradualmente para até 39 °C a 40 °C (103 °F a 104 °F) durante vários dias, e a tosse piora. Há presença de fotofobia. Visualizam-se lesões esbranquiçadas na mucosa bucal eritematosa nesse momento. Dois dias depois, surge um exantema maculopapular e eritematoso na cabeça que se espalha até os pés, persistindo durante os 3 próximos. A erupção cutânea se torna amarronzada e com aparência confluente durante os dias seguintes. A febre desaparece no terceiro dia de erupção cutânea, a qual, da mesma forma que a tosse, persiste durante cerca de uma semana.

Outras apresentações

O sarampo modificado ocorre em indivíduos parcialmente imunes. Apresenta um período prodrômico abreviado, as manchas de Koplik são raras e a erupção cutânea tem evolução semelhante à do sarampo típico, porém sem coalescência. As manifestações atípicas de sarampo incluem pneumonia, otite média, miocardite/pericardite e encefalite. O sarampo é mais grave nos pacientes com imunocomprometimento e desnutrição.

O sarampo atípico ocorre em indivíduos que foram imunizados previamente e estão expostos ao sarampo do tipo selvagem. A maioria dos casos ocorre em indivíduos que tomaram a vacina com vírus inativado. O início é agudo, com febre alta, cefaleia, dor abdominal, mialgia e tosse seca. A coriza e a conjuntivite não são proeminentes, sendo raras as manchas de Koplik. Diferentemente do sarampo natural, a erupção cutânea começa nos membros e evolui para a cabeça. Pode estar presente especialmente nos punhos e tornozelos, inclusive nas regiões palmar e plantar.[1]

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