Doença degenerativa da coluna cervical
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Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
dor cervical axial
fisioterapia
A fisioterapia é o tratamento de primeira linha para a dor cervical axial, que é uma forma mecânica ou musculoesquelética da dor.[22]Gross AR, Goldsmith C, Hoving JL, et al.; Cervical Overview Group. Conservative management of mechanical neck disorders: a systematic review. J Rheumatol. 2007 May;34(5):1083-102. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17295434?tool=bestpractice.com Conselhos sobre postura, posição ao dormir, atividades diárias, trabalho e passatempos, exercícios de alongamento e de mobilidade e outros exercícios para a cabeça, pescoço e ombro podem beneficiar determinados pacientes.[47]Evans R, Bronfort G, Nelson B, et al. Two-year follow-up of a randomized clinical trial of spinal manipulation and two types of exercise for patients with chronic neck pain. Spine. 2002 Nov 1;27(21):2383-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12438988?tool=bestpractice.com [48]Gross A, Kay TM, Paquin JP, et al. Exercises for mechanical neck disorders. Cochrane Database Syst Rev. 2015 Jan 28;(1):CD004250. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD004250.pub5/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25629215?tool=bestpractice.com
Modalidades adicionais de tratamento incluem estimulador elétrico transcutâneo de nervos, tratamento quiroprático, acupuntura e outras abordagens menos ortodoxas, particularmente eletroterapia, laserterapia e terapia de manipulação da coluna cervical.[34]Levin JH. Prospective, double-blind, randomized placebo-controlled trials in interventional spine: what the highest quality literature tells us. Spine J. 2009 Aug;9(8):690-703. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18789773?tool=bestpractice.com [47]Evans R, Bronfort G, Nelson B, et al. Two-year follow-up of a randomized clinical trial of spinal manipulation and two types of exercise for patients with chronic neck pain. Spine. 2002 Nov 1;27(21):2383-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12438988?tool=bestpractice.com [50]Graham N, Gross A, Goldsmith CH, et al. Mechanical traction for neck pain with or without radiculopathy. Cochrane Database Syst Rev. 2008 Jul 16;(3):CD006408. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD006408.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18646151?tool=bestpractice.com [54]Salt E, Wright C, Kelly S, Dean A. A systematic literature review on the effectiveness of non-invasive therapy for cervicobrachial pain. Man Ther. 2011 Feb;16(1):53-65. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21075037?tool=bestpractice.com [57]Kroeling P, Gross A, Graham N, et al. Electrotherapy for neck pain. Cochrane Database Syst Rev. 2013 Aug 26;(8):CD004251. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD004251.pub5/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23979926?tool=bestpractice.com [58]Chow RT, Johnson MI, Lopes-Martins RA, et al. Efficacy of low-level laser therapy in the management of neck pain: a systematic review and meta-analysis of randomised placebo or active-treatment controlled trials. Lancet. 2009 Dec 5;374(9705):1897-908. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19913903?tool=bestpractice.com [59]Martimbianco ALC, Porfírio GJ, Pacheco RL, et al. Transcutaneous electrical nerve stimulation (TENS) for chronic neck pain. Cochrane Database Syst Rev. 2019 Dec 12;(12):CD011927. https://www.doi.org/10.1002/14651858.CD011927.pub2 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31830313?tool=bestpractice.com [60]Malone D, Baldwin NG, Tomecek FJ, et al. Complications of cervical spine manipulation therapy: 5-year retrospective study in a single-group practice. Neurosurg Focus. 2002 Dec 15;13(6):ecp1. https://thejns.org/doi/pdf/10.3171/foc.2002.13.6.8 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15766233?tool=bestpractice.com [61]Benyamin RM, Singh V, Parr AT, et al. Systematic review of the effectiveness of cervical epidurals in the management of chronic neck pain. Pain Physician. 2009 Jan-Feb;12(1):137-57. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19165300?tool=bestpractice.com [62]Canadian Chiropractic Association; Canadian Federation of Chiropractic Regulatory and Education Boards. Clinical practice guideline for the chiropractic treatment of adults with neck pain. March 2014 [internet publication].[63]Fu LM, Li JT, Wu WS. Randomized controlled trials of acupuncture for neck pain: systematic review and meta-analysis. J Altern Complement Med. 2009 Feb;15(2):133-45. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19216662?tool=bestpractice.com Embora essas abordagens possam ser benéficas para o alívio sintomático em alguns pacientes, faltam evidências de alta qualidade para dar suporte ao seu uso nesse cenário.[3]Guzman J, Haldeman S, Carroll LJ, et al. Clinical practice implications of the Bone and Joint Decade 2000-2010 Task Force on Neck Pain and Its Associated Disorders: from concepts and findings to recommendations. J Manipulative Physiol Ther. 2009 Feb;32(2 suppl):S227-43. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19251069?tool=bestpractice.com [12]Binder AI. Cervical spondylosis and neck pain. BMJ. 2007 Mar 10;334(7592):527-31. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17347239?tool=bestpractice.com [59]Martimbianco ALC, Porfírio GJ, Pacheco RL, et al. Transcutaneous electrical nerve stimulation (TENS) for chronic neck pain. Cochrane Database Syst Rev. 2019 Dec 12;(12):CD011927. https://www.doi.org/10.1002/14651858.CD011927.pub2 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31830313?tool=bestpractice.com [60]Malone D, Baldwin NG, Tomecek FJ, et al. Complications of cervical spine manipulation therapy: 5-year retrospective study in a single-group practice. Neurosurg Focus. 2002 Dec 15;13(6):ecp1. https://thejns.org/doi/pdf/10.3171/foc.2002.13.6.8 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15766233?tool=bestpractice.com [64]Diwan S, Manchikanti L, Benyamin RM, et al. Effectiveness of cervical epidural injections in the management of chronic neck and upper extremity pain. Pain Physician. 2012 Jul-Aug;15(4):E405-34. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22828692?tool=bestpractice.com Além disso, algumas dessas terapias podem acarretar riscos adicionais; por exemplo, a manipulação cervical pode estar associada a complicações neurológicas graves.[50]Graham N, Gross A, Goldsmith CH, et al. Mechanical traction for neck pain with or without radiculopathy. Cochrane Database Syst Rev. 2008 Jul 16;(3):CD006408. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD006408.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18646151?tool=bestpractice.com [60]Malone D, Baldwin NG, Tomecek FJ, et al. Complications of cervical spine manipulation therapy: 5-year retrospective study in a single-group practice. Neurosurg Focus. 2002 Dec 15;13(6):ecp1. https://thejns.org/doi/pdf/10.3171/foc.2002.13.6.8 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15766233?tool=bestpractice.com
analgesia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Dependendo da intensidade da dor, o uso de anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs; por exemplo, ibuprofeno, naproxeno, diclofenaco, meloxicam) pode ser benéfico em pacientes individuais.[46]Hegmann KT. Cervical and thoracic spine disorders. In: Occupational medicine practice guidelines: evaluation and management of common health problems and functional recovery in workers. 3rd ed. Elk Grove Village, IL: American College of Occupational and Environmental Medicine (ACOEM); 2011. Os inibidores da ciclo-oxigenase-2 (COX-2) (por exemplo, celecoxibe) podem ser preferenciais em pacientes com história de doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) ou úlceras pépticas.
Não existe diferença na eficácia clínica entre vários AINEs, mas muitos pacientes toleram melhor um AINE que os outros ou podem ter preferências individuais ao tratamento.
Os AINEs estão associados a um aumento do risco de eventos trombóticos cardiovasculares e toxicidade gastrointestinal (sangramento, ulceração, perfuração). Os AINEs devem ser usados na menor dose eficaz para o menor período de tratamento eficaz.
O paracetamol pode ser usado em pacientes com contraindicação aos AINEs. É necessária cautela em pacientes com doença hepática.
Opções primárias
ibuprofeno: 300-400 mg por via oral a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
ou
naproxeno: 250-500 mg por via oral duas vezes ao dia quando necessário, máximo de 1250 mg/dia
ou
diclofenaco potássico: 50 mg por via oral (liberação imediata) duas ou três vezes ao dia quando necessário
ou
meloxicam: 5-10 mg por via oral (cápsula) uma vez ao dia, quando necessário; 7.5 a 15 mg por via oral (comprimido ou suspensão) uma vez ao dia, quando necessário
ou
celecoxibe: 200 mg por via oral duas vezes ao dia quando necessário
ou
paracetamol: 500-1000 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia
relaxante muscular
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Como o espasmo muscular cervical é um componente crítico da espondilose cervical, os medicamentos podem aliviar alguns dos efeitos secundários da dor em combinação com medidas físicas para relaxar os músculos (incluindo calor, massagem e travesseiros cervicais).[54]Salt E, Wright C, Kelly S, Dean A. A systematic literature review on the effectiveness of non-invasive therapy for cervicobrachial pain. Man Ther. 2011 Feb;16(1):53-65. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21075037?tool=bestpractice.com Não há diferença de eficácia clínica entre vários relaxantes musculares. Todos os medicamentos podem causar torpor suficiente para interferir em atividades críticas ou na condução de veículos.[3]Guzman J, Haldeman S, Carroll LJ, et al. Clinical practice implications of the Bone and Joint Decade 2000-2010 Task Force on Neck Pain and Its Associated Disorders: from concepts and findings to recommendations. J Manipulative Physiol Ther. 2009 Feb;32(2 suppl):S227-43. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19251069?tool=bestpractice.com [22]Gross AR, Goldsmith C, Hoving JL, et al.; Cervical Overview Group. Conservative management of mechanical neck disorders: a systematic review. J Rheumatol. 2007 May;34(5):1083-102. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17295434?tool=bestpractice.com [24]Binder AI. Neck pain. BMJ Clin Evid. 2008 [internet publication]. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2907992 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19445809?tool=bestpractice.com
Opções primárias
tizanidina: 4 mg por via oral a cada 6-8 horas quando necessário inicialmente, aumentar em incrementos de 2-4 mg/dose de acordo com a resposta, máximo de 18 mg/dia
ou
metocarbamol: 1500 mg por via oral quatro vezes ao dia por 2-3 dias inicialmente, aumentar a dose de acordo com a resposta, dose habitual de 4000-4500 mg/dia administrados em 3-6 doses fracionadas
ou
diazepam: 5-10 mg por via oral a cada 8 horas quando necessário
injeção em ponto gatilho e/ou faceta articular
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Essas injeções são geralmente administradas por um radiologista (sob controle por tomografia computadorizada [TC] ou por fluoroscopia) ou anestesiologista para controle da dor (sob controle fluoroscópico), conforme necessário.[55]Falco FJ, Erhart S, Wargo BW, et al. Systematic review of diagnostic utility and therapeutic effectiveness of cervical facet joint interventions. Pain Physician. 2009 Mar-Apr;12(2):323-44. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19305483?tool=bestpractice.com
Uma preparação de corticosteroide de ação prolongada geralmente é adicionada a um anestésico local de ação prolongada.[3]Guzman J, Haldeman S, Carroll LJ, et al. Clinical practice implications of the Bone and Joint Decade 2000-2010 Task Force on Neck Pain and Its Associated Disorders: from concepts and findings to recommendations. J Manipulative Physiol Ther. 2009 Feb;32(2 suppl):S227-43. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19251069?tool=bestpractice.com [24]Binder AI. Neck pain. BMJ Clin Evid. 2008 [internet publication]. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2907992 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19445809?tool=bestpractice.com [56]Mazanec D, Reddy A. Medical management of cervical spondylosis. Neurosurgery. 2007 Jan;60(1 suppl 1):S43-50. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17204885?tool=bestpractice.com
Na prática, injeções em pontos-gatilho em músculos, fáscia e/ou ligamentos locais (usando anestesia local) podem ser consideradas clinicamente necessárias, se pontos-gatilho forem identificados por palpação. Se essa opção não melhorar a condição do paciente e houver suspeita de fontes de dor mediadas pela faceta cervical com base no exame físico e na imagem, injeções na faceta articular cervical guiadas por imagem (injeções intra-articulares na(s) articulação(ões) usando uma mistura de anestésico local e um corticosteroide ou, alternativamente, bloqueios nervosos do ramo medial diagnósticos, seguidos por ablação/denervação terapêutica por radiofrequência) podem ser consideradas se o tratamento clínico consistindo em, pelo menos, modificação da atividade, fisioterapia, analgesia e relaxantes musculares não tiver conseguido aliviar a dor do paciente.
Opções primárias
dexametasona: 4 mg por via intra-articular/intrassinovial/dentro da bainha do tendão em dose única
Mais dexametasonaUsa-se geralmente fosfato de dexametasona sob a forma de sal.
radiculopatia espondilótica cervical (REC)
analgesia
A dor irradiada no braço pode ser intensa e é inicialmente controlada com analgesia por via oral combinada com fisioterapia e tração cervical.[12]Binder AI. Cervical spondylosis and neck pain. BMJ. 2007 Mar 10;334(7592):527-31. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17347239?tool=bestpractice.com [22]Gross AR, Goldsmith C, Hoving JL, et al.; Cervical Overview Group. Conservative management of mechanical neck disorders: a systematic review. J Rheumatol. 2007 May;34(5):1083-102. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17295434?tool=bestpractice.com
Os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs; por exemplo, ibuprofeno, naproxeno, diclofenaco, meloxicam) são normalmente usados como primeira linha, com o escalonamento para um opioide (por exemplo, hidrocodona, oxicodona) ou gabapentina, se a dor do paciente permanecer descontrolada.
Os AINEs estão associados a um aumento do risco de eventos trombóticos cardiovasculares e toxicidade gastrointestinal (sangramento, ulceração, perfuração). Os AINEs devem ser usados na menor dose eficaz para o menor período de tratamento eficaz.
O potencial aditivo e o dano da superdosagem dos opioides devem sempre ser considerados. O escalonamento para um opioide (por exemplo, hidrocodona ou oxicodona) só deve ser considerado se a dor não for controlada adequadamente com analgésicos não opioides, relaxantes musculares, fisioterapia e injeções intervencionistas na coluna guiadas por imagem para diminuir a dependência dessa classe de medicamentos.
A gabapentina pode ser usada como uma opção de segunda linha para dor neuropática. Os pacientes devem ser alertados sobre possíveis efeitos adversos cognitivos ou de sedação no início do tratamento. Após a melhora dos sintomas do paciente, a dose pode ser reduzida gradualmente.
Opções primárias
ibuprofeno: 400-800 mg por via oral a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
ou
naproxeno: 250-500 mg por via oral duas vezes ao dia quando necessário, máximo de 1250 mg/dia
ou
diclofenaco potássico: 50 mg por via oral (liberação imediata) duas ou três vezes ao dia quando necessário
ou
meloxicam: 5-10 mg por via oral (cápsula) uma vez ao dia, quando necessário; 7.5 a 15 mg por via oral (comprimido ou suspensão) uma vez ao dia, quando necessário
Opções secundárias
paracetamol/hidrocodona: 5 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 60 mg/dia
Mais paracetamol/hidrocodonaA dose refere-se apenas ao componente hidrocodona.
ou
oxicodona: 5-10 mg por via oral (liberação imediata) a cada 4-6 horas quando necessário; 10 mg por via oral (liberação controlada) a cada 12 horas
ou
gabapentina: 300 mg por via oral uma vez ao dia por 1 dia, seguidos por 300 mg duas vezes ao dia por 1 dia, seguidos por 300 mg três vezes ao dia, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 3600 mg/dia
fisioterapia e tração
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Deve-se oferecer a fisioterapia a todos os pacientes com dor radicular cervical que tenham dificuldade física nas atividades diárias, incluindo a correção de postura, exercícios de alongamento e exercícios ativos de amplitude de movimento.[22]Gross AR, Goldsmith C, Hoving JL, et al.; Cervical Overview Group. Conservative management of mechanical neck disorders: a systematic review. J Rheumatol. 2007 May;34(5):1083-102. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17295434?tool=bestpractice.com
A fisioterapia e especialmente a tração cervical podem ajudar a ampliar o forame estreitado pela espondilose cervical. Isso pode proporcionar mais espaço para as raízes nervosas e diminuir subsequentemente a gravidade da compressão do nervo (aliviando, assim, parcialmente a dor radicular).[3]Guzman J, Haldeman S, Carroll LJ, et al. Clinical practice implications of the Bone and Joint Decade 2000-2010 Task Force on Neck Pain and Its Associated Disorders: from concepts and findings to recommendations. J Manipulative Physiol Ther. 2009 Feb;32(2 suppl):S227-43. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19251069?tool=bestpractice.com [24]Binder AI. Neck pain. BMJ Clin Evid. 2008 [internet publication]. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2907992 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19445809?tool=bestpractice.com Recomenda-se um esquema de tração de 5-8 kg (12-18 libras) por 30-45 minutos, várias vezes ao dia.
corticosteroide oral
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Geralmente limitado a 8-10 dias no total devido à toxicidade sistêmica, mas pode ser útil como tratamento inicial adjuvante para diminuir a irritação dos nervos e a dor radicular.[22]Gross AR, Goldsmith C, Hoving JL, et al.; Cervical Overview Group. Conservative management of mechanical neck disorders: a systematic review. J Rheumatol. 2007 May;34(5):1083-102. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17295434?tool=bestpractice.com [26]Bono CM, Ghiselli G, Gilbert TJ, et al; North American Spine Society. An evidence-based clinical guideline for the diagnosis and treatment of cervical radiculopathy from degenerative disorders. Spine J. 2011 Jan;11(1):64-72. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21168100?tool=bestpractice.com [56]Mazanec D, Reddy A. Medical management of cervical spondylosis. Neurosurgery. 2007 Jan;60(1 suppl 1):S43-50. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17204885?tool=bestpractice.com
Opções primárias
prednisolona: 60-80 mg por via oral uma vez ao dia por 2-3 dias, em seguida reduzir a dose gradualmente ao longo de 10-14 dias
anestesia epidural ou bloqueio da raiz nervosa cervical
Dependendo do cronograma e dos desfechos dos tratamentos iniciais, tratamentos mais invasivos subsequentes podem consistir em corticosteroides epidurais ou bloqueio da raiz nervosa cervical no nível suspeito, para manter um efeito positivo dos corticosteroides orais.[25]Van Zundert J, Huntoon M, Patijn J, et al. 4. Cervical radicular pain. Pain Pract. 2010 Jan-Feb;10(1):1-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19807874?tool=bestpractice.com [34]Levin JH. Prospective, double-blind, randomized placebo-controlled trials in interventional spine: what the highest quality literature tells us. Spine J. 2009 Aug;9(8):690-703. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18789773?tool=bestpractice.com [61]Benyamin RM, Singh V, Parr AT, et al. Systematic review of the effectiveness of cervical epidurals in the management of chronic neck pain. Pain Physician. 2009 Jan-Feb;12(1):137-57. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19165300?tool=bestpractice.com [64]Diwan S, Manchikanti L, Benyamin RM, et al. Effectiveness of cervical epidural injections in the management of chronic neck and upper extremity pain. Pain Physician. 2012 Jul-Aug;15(4):E405-34. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22828692?tool=bestpractice.com
A anestesia peridural ou o bloqueio da raiz nervosa cervical devem ser administrados por um especialista intervencionista de coluna com treinamento especializado ou certificado, que pode ser um radiologista intervencionista, um médico de controle da dor (geralmente com treinamento em anestesia), um fisiatra (medicamentos físicos e reabilitação) e/ou um neurologista.
descompressão cirúrgica do nervo
Se a dor não se resolver e todos os sintomas, sinais e estudos diagnósticos indicarem pressão sobre uma raiz nervosa única, então a descompressão cirúrgica do nervo pode ser um tratamento útil para alguns pacientes.[13]Rao RD, Currier BL, Albert TJ, et al. Degenerative cervical spondylosis: clinical syndromes, pathogenesis and management. J Bone Joint Surg Am. 2007 Jun;89(6):1360-78. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17575617?tool=bestpractice.com [25]Van Zundert J, Huntoon M, Patijn J, et al. 4. Cervical radicular pain. Pain Pract. 2010 Jan-Feb;10(1):1-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19807874?tool=bestpractice.com
A discectomia cervical anterior com fusão (DCAF) ou os procedimentos de descompressão do nervo posterior são geralmente selecionados com base nos sintomas do paciente, número de níveis de comprometimento e anatomia específica observada por ressonância nuclear magnética (RNM) cervical.
Geralmente são necessários, no mínimo, 2 a 3 meses de terapia conservadora. Uma vez que raramente a fraqueza significativa ou a alteração neurológica é associada à radiculopatia, a decisão primária para considerar a descompressão cirúrgica é o grau subjetivo da dor do paciente e a importância funcional do desconforto.
Outra abordagem é a artroplastia cervical, em que se aplica um disco artificial em vez de um enxerto ósseo e placa, para evitar uma fusão e reter o movimento; vários estudos randomizados foram realizados, mas esses procedimentos ainda não são aplicados rotineiramente em todos os lugares.[69]Gao F, Mao T, Sun W, et al. An updated meta-analysis comparing artificial cervical disc arthroplasty (CDA) versus anterior cervical discectomy and fusion (ACDF) for the treatment of cervical degenerative disc disease (CDDD). Spine (Phila Pa 1976). 2015 Dec;40(23):1816-23. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26571063?tool=bestpractice.com [70]Janssen ME, Zigler JE, Spivak JM, et al. ProDisc-C total disc replacement versus anterior cervical discectomy and fusion for single-level symptomatic cervical disc disease: seven-year follow-up of the prospective randomized US Food and Drug Administration investigational device exemption study. J Bone Joint Surg Am. 2015 Nov 4;97(21):1738-47. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26537161?tool=bestpractice.com Apesar desses vários estudos randomizados, ainda não existe uma clara evidência de que a artroplastia é mais eficaz para o alívio da dor radicular no braço com artroplastia comparado com discectomia cervical anterior com fusão. No entanto, apesar de ainda não haver dados claros sobre a prevenção da estenose do segmento adjacente ao longo do tempo, a artroplastia pode fornecer uma taxa menor de nova operação comparado com discectomia cervical anterior com fusão.[69]Gao F, Mao T, Sun W, et al. An updated meta-analysis comparing artificial cervical disc arthroplasty (CDA) versus anterior cervical discectomy and fusion (ACDF) for the treatment of cervical degenerative disc disease (CDDD). Spine (Phila Pa 1976). 2015 Dec;40(23):1816-23. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26571063?tool=bestpractice.com [70]Janssen ME, Zigler JE, Spivak JM, et al. ProDisc-C total disc replacement versus anterior cervical discectomy and fusion for single-level symptomatic cervical disc disease: seven-year follow-up of the prospective randomized US Food and Drug Administration investigational device exemption study. J Bone Joint Surg Am. 2015 Nov 4;97(21):1738-47. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26537161?tool=bestpractice.com [71]Shriver MF, Lubelski D, Sharma AM, et al. Adjacent segment degeneration and disease following cervical arthroplasty: a systematic review and meta-analysis. Spine J. 2016 Feb;16(2):168-81. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26515401?tool=bestpractice.com
A discectomia cervical anterior é menos dolorosa, mas podem ocorrer problemas de deglutição.[13]Rao RD, Currier BL, Albert TJ, et al. Degenerative cervical spondylosis: clinical syndromes, pathogenesis and management. J Bone Joint Surg Am. 2007 Jun;89(6):1360-78. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17575617?tool=bestpractice.com [28]Joint Section on Disorders of the Spine and Peripheral Nerves of the American Association of Neurological Surgeons and Congress of Neurological Surgeons. Guidelines for the surgical management of cervical degenerative disease. 2009 [internet publication]. https://www.cns.org/guidelines/surgical-management-cervical-degenerative-disease/cervical-surgical-techniques-treatment-of-cervical [72]Smith-Hammond CA, New K, Pietrobon R, et al. Prospective analysis of incidence and risk factors of dysphagia in spine surgery patients: comparison of anterior cervical, posterior cervical and lumbar procedures. Spine. 2004 Jul 1;29(13):1441-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15223936?tool=bestpractice.com
A discectomia cervical posterior pode ser associada ao aumento da dor cervical, mas geralmente não envolve uma fusão, resultando na preservação do movimento.
mielopatia cervical degenerativa (MCD)
descompressão cirúrgica
A descompressão cirúrgica é o tratamento de escolha em pacientes com sintomas moderados e graves e que são bons candidatos à cirurgia, embora dois ensaios clínicos randomizados e controlados não tenham demonstrado nenhum benefício em curto prazo para a mielopatia leve a moderada.[26]Bono CM, Ghiselli G, Gilbert TJ, et al; North American Spine Society. An evidence-based clinical guideline for the diagnosis and treatment of cervical radiculopathy from degenerative disorders. Spine J. 2011 Jan;11(1):64-72. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21168100?tool=bestpractice.com [27]Rao RD, Gourab K, David KS. Operative treatment of cervical spondylotic myelopathy. J Bone Surg Am. 2006 Jul;88(7):1619-40. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16818991?tool=bestpractice.com [28]Joint Section on Disorders of the Spine and Peripheral Nerves of the American Association of Neurological Surgeons and Congress of Neurological Surgeons. Guidelines for the surgical management of cervical degenerative disease. 2009 [internet publication]. https://www.cns.org/guidelines/surgical-management-cervical-degenerative-disease/cervical-surgical-techniques-treatment-of-cervical [33]Nikolaidis I, Fouyas IP, Sandercock PA, et al. Surgery for cervical radiculopathy or myelopathy. Cochrane Database Syst Rev. 2010 Jan 20;(1):CD001466. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD001466.pub3/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20091520?tool=bestpractice.com [37]Fehlings MG, Tetreault LA, Riew KD, et al. A clinical practice guideline for the management of patients with degenerative cervical myelopathy: recommendations for patients with mild, moderate, and severe disease and nonmyelopathic patients with evidence of cord compression. Global Spine J. 2017 Sep;7(3 suppl):70S-83S. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5684840 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29164035?tool=bestpractice.com
Geralmente, o tratamento adequado da doença articular degenerativa (DAD) subjacente grave requer fusão ou imobilização dos segmentos, o que causa perda da amplitude de movimento da coluna cervical.[26]Bono CM, Ghiselli G, Gilbert TJ, et al; North American Spine Society. An evidence-based clinical guideline for the diagnosis and treatment of cervical radiculopathy from degenerative disorders. Spine J. 2011 Jan;11(1):64-72. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21168100?tool=bestpractice.com [28]Joint Section on Disorders of the Spine and Peripheral Nerves of the American Association of Neurological Surgeons and Congress of Neurological Surgeons. Guidelines for the surgical management of cervical degenerative disease. 2009 [internet publication]. https://www.cns.org/guidelines/surgical-management-cervical-degenerative-disease/cervical-surgical-techniques-treatment-of-cervical Portanto, a cirurgia é tipicamente considerada para estabilizar a função, não necessariamente melhorá-la. Essa cirurgia tem riscos mais altos que a cirurgia para a radiculopatia, particularmente o risco de agravamento neurológico.
Com abordagens anteriores, os segmentos adjacentes frequentemente desenvolvem uma DAD ao longo do tempo, causando estenose do segmento adjacente. Com abordagens posteriores, pode haver instabilidade (após a laminectomia isolada) ou perda quase completa da amplitude de movimento cervical, com a típica fusão posterior extensa necessária. Além disso, a cirurgia de descompressão tipicamente só estabiliza a função da medula espinhal (apenas com uma leve melhora dos sintomas), pois geralmente existe um dano permanente à medula espinhal, no momento da cirurgia. A tendência é, consequentemente, direcionada à cirurgia precoce, enquanto o paciente tem mais chances de retornar à função normal, ou à cirurgia enquanto o paciente está assintomático.[26]Bono CM, Ghiselli G, Gilbert TJ, et al; North American Spine Society. An evidence-based clinical guideline for the diagnosis and treatment of cervical radiculopathy from degenerative disorders. Spine J. 2011 Jan;11(1):64-72. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21168100?tool=bestpractice.com [27]Rao RD, Gourab K, David KS. Operative treatment of cervical spondylotic myelopathy. J Bone Surg Am. 2006 Jul;88(7):1619-40. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16818991?tool=bestpractice.com [28]Joint Section on Disorders of the Spine and Peripheral Nerves of the American Association of Neurological Surgeons and Congress of Neurological Surgeons. Guidelines for the surgical management of cervical degenerative disease. 2009 [internet publication]. https://www.cns.org/guidelines/surgical-management-cervical-degenerative-disease/cervical-surgical-techniques-treatment-of-cervical [33]Nikolaidis I, Fouyas IP, Sandercock PA, et al. Surgery for cervical radiculopathy or myelopathy. Cochrane Database Syst Rev. 2010 Jan 20;(1):CD001466. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD001466.pub3/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20091520?tool=bestpractice.com [35]Matz PG. Does nonoperative management play a role in the treatment of cervical spondylotic myelopathy? Spine J. 2006 Nov-Dec;6(6 suppl):175S-81S. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17097536?tool=bestpractice.com [36]Benatar M. Clinical equipoise and treatment decisions in cervical spondylotic myelopathy. Can J Neurol Sci. 2007 Feb;34(1):47-52. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17352346?tool=bestpractice.com
Não existem medicamentos para tratamento em longo prazo que sejam úteis no controle da CMD; os corticosteroides podem ser utilizados em curto prazo como uma ponte antes da possível descompressão cirúrgica, mas por um período inferior a 2 semanas devido ao perfil de efeitos colaterais intensos ao longo do tempo.
tratamento conservador com imobilização em um colar cervical rígido
O tratamento conservador é a abordagem preferencial para pacientes que não são bons candidatos à cirurgia. Em alguns países, embora não em todos, também é usado em pessoas que apresentam sintomas leves e crônicos.
Medidas conservadoras implementadas em ensaios randomizados consistem principalmente na imobilização em um colar cervical rígido.[35]Matz PG. Does nonoperative management play a role in the treatment of cervical spondylotic myelopathy? Spine J. 2006 Nov-Dec;6(6 suppl):175S-81S. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17097536?tool=bestpractice.com Este tratamento conservador demonstrou ser equivalente (ao longo de 1-3 anos) à descompressão cirúrgica em pacientes com mielopatia leve a moderada.[33]Nikolaidis I, Fouyas IP, Sandercock PA, et al. Surgery for cervical radiculopathy or myelopathy. Cochrane Database Syst Rev. 2010 Jan 20;(1):CD001466. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD001466.pub3/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20091520?tool=bestpractice.com
Não existem medicamentos para tratamento em longo prazo que sejam úteis no controle da CMD; os corticosteroides podem ser utilizados em curto prazo como uma ponte antes da possível descompressão cirúrgica, mas por um período inferior a 2 semanas devido ao perfil de efeitos colaterais intensos ao longo do tempo.
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