História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

A espondilose cervical está associada ao aumento da idade (>40 anos) e pode haver uma história familiar ou de trauma, distensão miofascial ou cirurgia cervical.

início espontâneo de dor cervical

Mais provavelmente associado à espondilose cervical, particularmente se houver episódios múltiplos ao longo do tempo. Se a dor cervical for aguda e associada a um evento, o trauma ou a tensão miofascial cervical pode ser considerada, especialmente se a dor cervical for mais intensa. A dor cervical após uma infecção ou com história de neoplasia sistêmica pode sugerir afecções mais graves.[19]

dor e espasmo muscular cervical

A dor cervical axial pode existir em qualquer músculo cervical axial, incluindo escalenos (síndrome do escaleno anterior), músculos trapézio e interescapulares e músculos paraespinhais que se estendem desde a região occipital até a lombar, onde o espasmo muscular axial pode se difundir.[20]

cefaleias ou dor occipital

Os componentes referidos incluem dor occipital e cefaleias tensionais ou em salvas.[7]

fraqueza ou dormência

A presença subjetiva foca o diferencial nas complicações neurológicas da espondilose cervical ou em algum outro problema neurológico com queixas semelhantes.[13][26]

presença de dor irradiada no braço

A dor distal ao ombro desencadeia a consideração de uma radiculopatia; a dor irradiada raramente está presente na mielopatia cervical.[19]

alterações de reflexo

Os reflexos reduzidos são um sinal de radiculopatia, e quando aumentados podem ser um sinal de mielopatia cervical, possivelmente no membro superior, mas particularmente no membro inferior.[26]

Incomuns

fraqueza no braço proximal

Pode ocorrer na radiculopatia de C5, mas é incomum com a mielopatia cervical, sugerindo um diferencial mais amplo em muitos casos.[26]

fraqueza na mão distal

Particularmente nos músculos intrínsecos da mão (por exemplo, interósseos, abdutor curto do polegar), sugere mielopatia cervical.[26]

ataxia de marcha

Dificuldade em andar em linha reta. Pode indicar mielopatia cervical, através da compressão dos tratos da substância branca que descem para a medula espinhal inferior.[13][19]

Outros fatores diagnósticos

comuns

espasmo muscular cervical

Um sintoma secundário comum associado à espondilose cervical.[7]

diminuição da amplitude de movimento cervical

Comumente causada por alterações degenerativas, semelhantes à osteoartrite em qualquer articulação.[19]

alterações sensoriais

São comuns e frequentemente menos úteis no diagnóstico, a menos que uma raiz específica (radiculopatia) ou um padrão de nervo periférico sugira um diagnóstico diferente (por exemplo, síndrome do túnel do carpo com hipoalgesia do nervo mediano).[26]

Fatores de risco

Fortes

idade >40 anos

Estudos de ressonância nuclear magnética (RNM) de base populacional mostram que quase 100% dos adultos com idade >40 anos têm degeneração grave de pelo menos 1 nível cervical (comumente C5/6).[1][2][3][4][5][6] No entanto, apenas uma subpopulação de pacientes apresenta dor cervical axial, e os pacientes comumente são assintomáticos.[4][7][8]

Fracos

trauma cranioencefálico ou cervical

Pode acelerar o processo da degeneração do disco e das facetas, particularmente se houver uma fratura de um aspecto da articulação (isto é, uma fratura de faceta).

cirurgia prévia da coluna cervical

Pode predispor as articulações adjacentes a alterações degenerativas aceleradas, especialmente depois de uma fusão cervical.[16] Isso tem sido difícil de comprovar, pois essas articulações também degeneram espontaneamente e a taxa de alteração mostra pouca diferença com ou sem cirurgia prévia. No entanto, particularmente a cirurgia cervical posterior (isto é, uma laminectomia) pode melhorar os sintomas de espasmo muscular paraespinhal observado com a dor cervical axial relacionada à espondilose cervical.[25]

tensão miofascial cervical prévia

Uma lesão prévia nos tecidos moles do pescoço pode resultar em uma tensão miofascial cervical (incluindo lesão em chicote), que pode predispor aos mesmos tipos de sintomas de dor cervical axial observados apenas em alterações degenerativas.

predisposição genética

Algumas formas de alterações degenerativas graves e aceleradas, incluindo hiperostose esquelética idiopática difusa, espondilite anquilosante e ossificação do ligamento longitudinal posterior, são mais propensas a ocorrer em algumas populações.[16] Essas formas menos comuns de alterações degenerativas graves também podem causar redução acentuada do movimento cervical por causa da calcificação em torno das articulações e dos ligamentos. Tanto as mudanças degenerativas cervicais quanto a mielopatia cervical degenerativa mostram uma tendência de predisposição genética.[17][18]

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