Caso clínico
Caso clínico #1
Um homem de 60 anos de idade se apresenta com dor cervical paraespinhal difusa e rigidez, que se agravou lentamente ao longo de 20 anos. Ele descreve espasmo muscular significativo nos aspectos lateral e anterior do pescoço, incluindo músculos sensíveis e doloridos, dor interescapular intensa e cefaleias ocasionais. A dor cervical axial é agravada por atividades e ao dirigir e melhora com compressas quentes e anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs). Ele descreve um rangido ou estalido ao mover o pescoço. Os exames físicos e neurológicos revelam a diminuição da amplitude de movimento do pescoço, espasmo muscular paraespinhal e função sensorial e motora normais dos membros superiores.
Caso clínico #2
Uma mulher de 57 anos de idade se apresenta principalmente com dor no braço intensa e irradiada, a qual ela descreve como iniciando no ombro e é particularmente pior na região lateral do cotovelo esquerdo. Essa dor no braço está presente há >3 meses e ela a descreve como semelhante a um raio percorrendo o braço esquerdo. Nenhuma dor cervical significativa está evidente na anamnese ou no exame físico. Ela também notou certa fraqueza na extensão do braço e na preensão com a mão esquerda, bem como uma sensação de parestesia nos dedos indicador e médio esquerdos. No exame físico, ela apresenta a reprodução da dor ao virar a cabeça para a esquerda, fraqueza significativa no tríceps esquerdo e ausência do reflexo no tríceps esquerdo e alterações sensoriais mínimas nos dedos indicador e médio.
Outras apresentações
Uma apresentação menos comum é a mielopatia cervical degenerativa, mais comumente com perda de função nos membros superiores (isto é, perda da função motora fina nas mãos) em vez dos membros inferiores (isto é, ataxia de marcha). Essa síndrome é caracterizada por sintomas de mãos dormentes ou desajeitadas, em que o paciente tem dificuldade inicial na função motora fina e pode progredir para fraqueza mais difusa nos membros superiores. A maioria desses sintomas reflete a patologia dos neurônios motores superiores diretamente atribuível à pressão sobre a medula espinhal cervical (entre os níveis de C2 e C7), resultando em hiper-reflexia (dependendo do nível nos membros superiores e inferiores) e, raramente, perda sensorial direta. Muitos pacientes também têm dor cervical axial porque a compressão sobre a medula espinhal é decorrente de alterações degenerativas graves na coluna cervical. A dor no braço radicular raramente está presente.
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