Visão geral da meningite

Última revisão: 25 Fev 2023
Última atualização: 25 Out 2022

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Introdução

Condição
Descrição

A meningite viral é a causa mais comum de meningite asséptica. Entre os agentes causadores estão o enterovírus humano (mais comumente), vírus do herpes simples, caxumba, vírus da varicela-zóster, arbovírus, como o do Nilo Ocidental, o HIV e (raramente) o da gripe (influenza).[2][3] Distinguir a meningite viral da bacteriana pode ser difícil, e a antibioticoterapia empírica pode ser necessária enquanto se aguardam os resultados da análise do líquido cefalorraquidiano.[1] Lactentes, pacientes imunocomprometidos e aqueles infectados com o vírus do herpes ou arbovírus têm maior probabilidade de terem complicações. No entanto, a meningite viral é tipicamente autolimitada sem sequelas graves.

A meningite bacteriana é uma inflamação rara, mas grave, das meninges causada por várias bactérias. Streptococcus pneumoniae, Neisseria meningitidis e Haemophilus influenzae tipo b (Hib) são os patógenos causadores predominantes, tanto em adultos quanto em crianças.[4] Afeta comumente as extremidades etárias (<2 meses e >60 anos) devido a imunidade comprometida ou reduzida.[5] A avaliação rápida e a terapêutica antimicrobiana imediata são essenciais.

Infecções meningocócicas são causadas pela Neisseria meningitidis, um diplococo Gram-negativo que coloniza a nasofaringe. A bactéria invade a corrente sanguínea ou dissemina-se dentro do trato respiratório.[6] A infecção meningocócica pode evoluir rapidamente para um choque séptico, com hipotensão, acidose e coagulação intravascular disseminada. Avaliação e tratamento imediatos são essenciais, pois a taxa de letalidade e o risco de complicações graves são altos.

Meningite progressiva, crônica ou subaguda, que traz risco de vida, geralmente é causada pela espécie Cryptococcus.[7] Ela é frequentemente acompanhada por comprometimento sistêmico nos pacientes imunossuprimidos. Os lactentes e neonatos também apresentam risco elevado. Os outros agentes causadores incluem espécies de Coccidioides, espécies de Candida, Histoplasma capsulatum, Exserohilum rostratum, espécies de Aspergillus e mucormicose, mas todos os principais patógenos fúngicos têm a capacidade de causar meningite.[8]

Crianças com início agudo de erupção cutânea acompanhado de febre ou sinais sistêmicos precisam de avaliação e tratamento urgentes. Um dos diagnósticos diferenciais com maior risco de vida é a septicemia meningocócica. Outras doenças infecciosas que se apresentam com erupções cutâneas em crianças e que podem acarretar meningite como complicação incluem, por exemplo, roséola infantum (sexta doença).

Uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis que ocorre em outros sistema de órgãos que não os pulmões. Quase todos os sistemas de órgãos podem ser afetados pela tuberculose extrapulmonar, incluindo os linfonodos, sistema nervoso central, ossos/articulações, trato geniturinário, abdome (órgãos intra-abdominais, peritônio) e pericárdio. A meningite tuberculosa é resultante da disseminação hematogênica de Mycobacterium tuberculosis, com o desenvolvimento de focos submeníngeos ou intrameníngeos denominados focos de Rich. Os atrasos no diagnóstico e no início da terapia estão associados a maior mortalidade.[9]

Uma encefalomielite viral aguda causada por vírus RNA de sentido negativo do gênero Lyssavirus. Os vírus entram no sistema nervoso através de terminais sensoriais e motores não mielinizados. Clinicamente, a raiva tem duas formas: encefalítica (furiosa) e paralítica. Ambas as formas apresentam um pródromo de febre, calafrios, mal-estar, faringite, vômitos, cefaleias e parestesias.

Uma infecção sexualmente transmissível comum causada pela bactéria espiroqueta Treponema pallidum, subespécie pallidum. A neurossífilis é caracterizada por uma inflamação crônica e insidiosa das meninges, e é causada pela invasão dos treponemas no sistema nervoso central, que pode ocorrer em qualquer estágio da infecção. Geralmente, as síndromes de neurossífilis resultam do comprometimento meningovascular; a infecção pode ser assintomática ou se apresentar com cefaleia, meningismo, perda auditiva, convulsão ou paralisias de nervos cranianos.[10] A neurossífilis tardia pode decorrer de envolvimento meningovascular ou de infecção direta do parênquima do encéfalo e da medula espinhal.

Colaboradores

Autores

Editorial Team

BMJ Publishing Group

Declarações

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