Epiglotite

A epiglotite é uma infecção da supraglote que pode causar comprometimento das vias aéreas devido a inflamação e inchaço. Ela é uma emergência das vias aéreas, especialmente em crianças, que requer medidas de precaução.

A epiglotite é classicamente descrita em crianças de 2 a 6 anos de idade, porém, pode se manifestar em qualquer idade, inclusive em neonatos. Nos países que introduziram a vacinação de rotina contra a Haemophilus influenzae do tipo B (Hib), agora é extremamente rara em crianças e pode ser mais comum em adultos.

Os sinais mais comuns são início rápido de febre alta, faringite, incapacidade de controlar secreções, posição clássica em tripé, dificuldade para respirar e irritabilidade. Os adultos podem ter uma apresentação mais indolente e talvez não exijam intervenção nas vias aéreas (apenas cerca de 11% dos adultos requerem intubação, enquanto a maioria das crianças precisa de intubação).

É crucial a cooperação entre o otorrinolaringologista, pediatra ou médico e anestesista do pronto-socorro.

Não se deve tomar nenhuma medida que possa estimular uma criança com suspeita de epiglotite, inclusive exame físico da cavidade oral, iniciar punções intravenosas, coletas de sangue ou mesmo afastá-la dos pais. O mesmo cuidado é necessário na epiglotite aguda fulminante em adultos.

O diagnóstico é feito com base clínica, e a intervenção laboratorial ou outras não devem impedir nem atrasar o controle oportuno das vias aéreas em caso de suspeita de epiglotite.

Depois de proteger as vias aéreas e iniciar antibióticos, a doença geralmente remite de forma rápida.

A vacinação não exclui a possibilidade de epiglotite nem mesmo de epiglotite por Haemophilus influenzae.

A epiglotite é uma infecção da supraglote capaz de causar o comprometimento das vias aéreas, devido à inflamação e ao inchaço, e deve ser tratada como uma emergência cirúrgica até que as vias aéreas sejam examinadas e protegidas.[1]Duncan NO. Infections of the airway. In: Cummings CW. Otolaryngology: head and neck surgery, 4th ed. Philadelphia, PA: Mosby; 2005. Os critérios pertinentes de diagnóstico incluem a posição clássica em tripé do paciente, sialorreia, febre alta e aparência toxêmica.