A amenorreia é a ausência temporária ou permanente de fluxo menstrual e pode ser subdividida em apresentações primárias e secundárias em relação à menarca.[1]Practice Committee of the American Society for Reproductive Medicine. Current evaluation of amenorrhea: a committee opinion. Fertil Steril. 2024 Jul;122(1):52-61.
https://www.fertstert.org/article/S0015-0282(24)00082-7/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38456861?tool=bestpractice.com
Amenorreia primária: ausência de menstruações aos 15 anos de idade em pacientes com desenvolvimento adequado das características sexuais secundárias ou ausência de menstruações aos 13 anos de idade e sem outros sinais de maturação da puberdade.
Amenorreia secundária: ausência de menstruação em não gestantes por pelo menos 3 ciclos subsequentes ao intervalo anterior, ou ausência de menstruação por 6 meses em pacientes com fluxo menstrual prévio. Consulte Avaliação de amenorreia secundária.
Embora existam atributos sobrepostos entre os dois grupos, as abordagens de diagnóstico variam significativamente. A prevalência de amenorreia primária nos EUA é <0.1% em comparação com os 4% de amenorreia secundária.[2]Timmreck LS, Reindollar RH. Contemporary issues in primary amenorrhea. Obstet Gynecol Clin North Am. 2003;30:287-302.
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Mesmo quando as causas das amenorreias primária e secundária se sobrepõem, as probabilidades relativas dessas etiologias podem ser diferentes. Por exemplo, a síndrome do ovário policístico (SOPC) pode causar amenorreia primária ou secundária, mas geralmente se manifesta como amenorreia secundária. Muitas causas da amenorreia primária são raras na população em geral (por exemplo, síndrome de Kallman). Condições que podem parecer ser eventos raros geralmente surgem mais comumente nesse subgrupo de meninas adolescentes que apresentam amenorreia primária.
Apesar da baixa prevalência de amenorreia primária, uma avaliação imediata e abrangente por um especialista em medicina reprodutiva, ou por um médico bem versado em desenvolvimento de adolescentes, é necessária, já que a amenorreia muitas vezes é um sinal de um distúrbio reprodutivo subjacente. Atrasos no diagnóstico e no tratamento podem afetar negativamente o futuro a longo prazo dessas pacientes. Por exemplo:[1]Practice Committee of the American Society for Reproductive Medicine. Current evaluation of amenorrhea: a committee opinion. Fertil Steril. 2024 Jul;122(1):52-61.
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[9]Lass N, Kleber M, Winkel K, et al. Effect of lifestyle intervention on features of polycystic ovarian syndrome, metabolic syndrome, and intima-media thickness in obese adolescent girls. J Clin Endocrinol Metab. 2011 Nov;96(11):3533-40.
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Uma adolescente com insensibilidade androgênica completa requer aconselhamento sobre uma eventual remoção das gônadas, pois essas pacientes apresentam um risco de 14% a 22% de neoplasias gonadais, embora a neoplasia maligna seja rara antes dos 20 anos. A remoção precisa ser ponderada em relação à preservação da função hormonal durante a puberdade e às considerações sobre qualquer potencial para fertilidade.
Uma insuficiência ovariana prematura que ocorre em idade precoce afeta a densidade óssea durante um período crítico para o desenvolvimento ósseo.
Nas adolescentes que apresentam SOP, obesidade e hiperinsulinemia, modificações alimentares e comportamentais podem prevenir umaa síndrome metabólica subsequente.