Síndrome do intestino curto

A síndrome do intestino curto geralmente se apresenta como consequência da ressecção intestinal extensa.

O intestino pode se adaptar com o tempo, tornando-se mais eficiente na absorção de nutrientes; a extensão da adaptação determina a extensão da recuperação.

O tratamento e o prognóstico dependem do comprimento, da saúde e da anatomia do intestino restante.

O manejo inclui reposição de fluidos e de eletrólitos, fornecimento de macronutrientes adequados e prevenção e tratamento de deficiências de micronutrientes durante a adaptação intestinal.

Quando possível, a anastomose primária do intestino delgado residual até o cólon é o procedimento cirúrgico mais importante para reduzir a necessidade de nutrição parenteral (NP).

O grau de absorção do medicamento por via oral varia imprevisivelmente entre os pacientes; vias alternativas de administração devem ser procuradas sempre que possível.

Os médicos e os pacientes precisam observar de perto os sinais de desidratação, deficiência de micronutrientes, doença hepática e complicações relacionadas à NP, como infecções por cateter e oclusões.

A síndrome do intestino curto (SIC) se refere a uma condição na qual porções substanciais do intestino curto estão ausentes, seja de forma congênita ou devido a ressecção.[1]Pironi L, Arends J, Baxter J, et al. ESPEN endorsed recommendations. Definition and classification of intestinal failure in adults. Clin Nutr. 2015 Apr;34(2):171-80. https://www.doi.org/10.1016/j.clnu.2014.08.017 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25311444?tool=bestpractice.com [2]Cuerda C, Pironi L, Arends J, et al. ESPEN practical guideline: clinical nutrition in chronic intestinal failure. Clin Nutr. 2021 Sep;40(9):5196-220. https://www.doi.org/10.1016/j.clnu.2021.07.002 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34479179?tool=bestpractice.com

Normalmente, menos de 200 cm de intestino curto residual está presente. Isso resulta em perda da superfície para absorção de fluidos, nutrientes e medicamentos, causando a incapacidade de manter o equilíbrio de proteína-energia, fluido, eletrólito ou micronutrientes ao ingerir uma dieta normal e convencionalmente aceita.[1]Pironi L, Arends J, Baxter J, et al. ESPEN endorsed recommendations. Definition and classification of intestinal failure in adults. Clin Nutr. 2015 Apr;34(2):171-80. https://www.doi.org/10.1016/j.clnu.2014.08.017 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25311444?tool=bestpractice.com