Depleção de volume em adultos

A depleção de volume é caracterizada por uma redução no volume do líquido extracelular que ocorre quando as perdas de sal e líquido excedem de forma sustentada a ingestão.

As etiologias mais comuns são hemorragia, vômitos, diarreia, diurese ou sequestro para o terceiro espaço.

Uma história e um exame físico detalhados são cruciais para determinar a etiologia.

Os sinais e sintomas podem incluir alguns dos seguintes: tontura postural, fadiga, confusão, cãibras musculares, dor torácica, dor abdominal, hipotensão postural ou taquicardia.

Os sintomas clínicos geralmente não se manifestam até que ocorram grandes perdas de líquido.

Sem avaliação adequada e ressuscitação em tempo útil, a depleção de volume pode causar colapso circulatório e choque.

Pode ser acompanhada por distúrbio eletrolítico ou distúrbio do equilíbrio ácido-básico.

Na maioria das situações, o cristaloide isotônico é o melhor tratamento inicial para a depleção de volume. Cristaloides balanceados podem ser preferíveis à solução salina normal em pacientes em estado crítico na terapia intensiva e são recomendados para pacientes com sepse ou choque séptico.

A depleção de volume é uma redução no volume do líquido extracelular que ocorre quando as perdas de sal e líquido excedem de forma sustentada a ingestão.[1]Mange K, Matsuura D, Cizman B, et al. Language guiding therapy: the case of dehydration versus volume depletion. Ann Intern Med. 1997 Nov 1;127(9):848-53. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9382413?tool=bestpractice.com [2]McGee S, Abernethy WB 3rd, Simel DL. The rational clinical examination: is this patient hypovolemic? JAMA. 1999 Mar 17;281(11):1022-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10086438?tool=bestpractice.com [3]Batlle D, Chen S, Haque S. Physiological principles in the clinical evaluation of electrolyte, water, and acid-base disorders. In: Alpern RJ, Caplan MJ, Moe OW, eds. Seldin and Giebisch's the kidney: physiology and pathophysiology. 5th ed. San Diego, CA: Academic Press; 2012:2477-512. Ela pode resultar de perdas renais (diurese) ou de perdas extrarrenais (do trato gastrointestinal, sistema respiratório, pele, febre, sepse ou sequestro para o terceiro espaço).[4]Di Somma S, Gori, CS, Grandi T, et al. Fluid assessment and management at the emergency department. Fluid overload diagnosis and management. Contrib Nephrol. 2010;164:227-36. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20428007?tool=bestpractice.com Sem avaliação adequada e ressuscitação em tempo útil, a depleção de volume pode causar colapso circulatório e choque.[5]Rose BD, Post TW. Hypovolemic states. In: Clinical physiology of acid-base and electrolyte disorders. 5th ed. New York, NY: McGraw-Hill; 2001:415-46.

A desidratação e a depleção de volume não são a mesma coisa, embora elas possam coexistir no mesmo paciente ao mesmo tempo. Embora geralmente usadas de forma intercambiável, é importante distinguir uma da outra. A desidratação implica um deficit total de água do corpo, isolado ou associado a um excesso de perda de sódio, com aumento subsequente na tonicidade plasmática que geralmente chega à atenção clínica como hipernatremia. Essa hipertonicidade implica redução da água intracelular enquanto a depleção de volume implica redução do volume de sangue.[6]Bhave G, Neilson EG. Volume depletion versus dehydration: how understanding the difference can guide therapy. Am J Kidney Dis. 2011 Aug;58(2):302-9. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4096820 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21705120?tool=bestpractice.com Os sintomas de perda pura de água surgem dos efeitos da osmolalidade aumentada e refletem as respostas celulares à hipertonicidade: confusão, sede, comprometimento sensorial e, em casos mais extremos, coma ou convulsões. Por outro lado, os sintomas clínicos da depleção de volume são um resultado dos efeitos hemodinâmicos da redução do volume intravascular e geralmente não envolvem alterações neurológicas.