Síndrome da lise tumoral

A síndrome da lise tumoral (SLT) é uma emergência oncológica causada pela rápida ruptura das células cancerosas e a liberação subsequente de grandes quantidades de conteúdo intracelular na corrente sanguínea.

As manifestações fisiopatológicas da SLT podem levar à lesão renal aguda, arritmias cardíacas, convulsão e disfunção neuromuscular, que podem causar uma morbidade considerável e, em alguns casos, morte. A SLT pode comprometer o manejo clínico de pacientes com câncer.

Mais comumente associada a neoplasias hematológicas altamente proliferativas, volumosas e sensíveis ao tratamento, particularmente neoplasias linfoides de células B de alto grau (por exemplo, leucemia linfoide aguda e linfoma de Burkitt). Os relatos de SLT associada a outras neoplasias malignas (inclusive tumores sólidos) estão aumentando devido a avanços no tratamento contra o câncer.

A identificação precoce de pacientes com risco de SLT e o início adequado do manejo preventivo são eficazes na maioria dos pacientes. Hidratação intensa e o uso de agentes anti-hiperuricêmicos constituem a base da prevenção e do tratamento.

A SLT é uma emergência oncológica caracterizada por anormalidades eletrolíticas e metabólicas que podem ocorrer após o início do tratamento contra o câncer ou espontaneamente.[1]Coiffier B, Altman A, Pui CH, et al. Guidelines for the management of pediatric and adult tumor lysis syndrome: an evidence-based review. J Clin Oncol. 2008 Jun 1;26(16):2767-78. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18509186?tool=bestpractice.com É causada pela ruptura rápida de um grande número de células cancerígenas e pela liberação subsequente de grande conteúdo intracelular (potássio, fosfato, ácidos nucleicos) na corrente sanguínea, o que sobrecarrega os mecanismos homeostáticos normais, resultando em hiperuricemia, hiperfosfatemia, hipercalemia e/ou hipocalcemia.

A SLT pode ser classificada como SLT laboratorial (definida como a presença de duas ou mais das seguintes anormalidades metabólicas: hiperuricemia, hiperfosfatemia, hipercalemia ou hipocalcemia) ou SLT clínica (definida como SLT laboratorial com uma ou mais das seguintes manifestações clínicas: lesão renal aguda [ou seja, creatinina sérica elevada], arritmia cardíaca, convulsão ou morte súbita).