Esporotricose

A esporotricose é uma micose endêmica com distribuição mundial causada pelo complexo fúngico dimórfico Sporothrix schenckii.

A grande maioria das infecções por esporotricose é das formas linfocutânea ou cutânea fixa, embora a esporotricose possa ocorrer nas formas osteoarticular, pulmonar, meníngea e disseminada, especialmente em pacientes com diabetes, transtornos decorrentes do uso de bebidas alcoólicas, HIV e neoplasias hematológicas, mas também em hospedeiros normais.

A esporotricose linfocutânea é causada pela inoculação traumática do fungo na pele e resulta em uma lesão nodular inicial que geralmente sofre ulceração, que é seguida pela linfangite nodular ascendente.

O teste definitivo para o diagnóstico de esporotricose linfocutânea é a cultura do fungo a partir de lesões cutâneas.

Por causa de sua apresentação inespecífica e raridade relativa, um alto índice de suspeita clínica é necessário para o diagnóstico das formas extracutâneas de esporotricose, que é tipicamente tardio.

A esporotricose linfocutânea não é uma condição que oferece risco de vida e responde bem ao tratamento com itraconazol.

As manifestações extracutâneas da esporotricose podem oferecer risco de vida, especialmente em pacientes imunossuprimidos, e nem sempre respondem de forma favorável à terapia antifúngica.

A esporotricose quase sempre está localizada na pele e nos tecidos subcutâneos, após a inoculação traumática do fungo causador Sporothrix na derme de indivíduos com profissões ou hobbies ao ar livre. A maioria dos casos de esporotricose é causada pelo complexo Sporothrix schenckii, que engloba um grupo de fungos dimórficos, incluindo o S schenckii sensu stricto e várias espécies crípticas, como S pallida, S globosa, S mexicana e S brasiliensis, que são identificadas na rotina laboratorial como S schenckii.