Esquistossomose

A esquistossomose é uma doença tropical negligenciada que afeta principalmente as comunidades pobres e rurais, especialmente agrícolas e populações de pesca.

Os pacientes mais comumente apresentam complicações da infecção crônica; sintomas geniturinários ou intestinais, dependendo das espécies de Schistosoma.

O diagnóstico é feito por visualização microscópica de ovos nas fezes ou na urina; abordagens suplementares incluem teste sorológico ou biópsia de tecidos afetados (reto ou bexiga) para a detecção de ovos do parasita.

O praziquantel é o tratamento de escolha para todas as infecções por esquistossomos. Comunidades em risco em áreas endêmicas recebem quimioterapia preventiva com praziquantel.

As complicações graves da infecção crônica incluem anemia, hipertensão portal, doença genital, insuficiência renal, convulsões, compressão da medula espinhal e neoplasias.

Doença parasitária transmitida por caramujo e causada por trematódeos multicelulares da espécie de vermes do sangue Schistosoma.[1]King CH. Schistosomiasis. In: Guerrant RL, Walker DH, Weller PF, eds. Tropical infectious diseases: principles, pathogens and practice. 2nd ed. Philadelphia, PA: Churchill Livingstone; 2001:1341-8. É adquirida por meio de exposição da pele à água doce que abriga formas larvais infecciosas do esquistossoma, conhecidas como cercárias.[2]World Health Organization. Schistosomiasis (Bilharzia). 2022 [internet publication]. https://www.who.int/health-topics/schistosomiasis#tab=tab_1 ​ As cercárias são liberadas por caramujos aquáticos, que são os hospedeiros intermediários do parasita.[3]Sturrock RF. The schistosomes and their intermediate hosts. In: Mahmoud AAF, ed. Schistosomiasis. London, UK: Imperial College Press; 2001:7-83.