Colestase intra-hepática gestacional

A colestase intra-hepática gestacional (CIG) se caracteriza por prurido materno (coceira) e disfunção hepática, com concentrações elevadas de ácido biliar sérico total, na ausência de outros distúrbios hepáticos contribuintes e restrita à gestação.

A condição está associada a aumento do risco de desfechos adversos durante a gravidez para o recém-nascido, inclusive nascimento pré-termo espontâneo, líquido amniótico tinto de mecônio, internação na unidade neonatal e, se as concentrações séricas de ácido biliar da mãe forem elevadas a um nível de ≥100 micromoles/L, natimorto. As complicações maternas incluem aumento do risco de diabetes gestacional e pré-eclâmpsia, além de intolerância à glicose e dislipidemia.

A única cura definitiva é dar à luz o bebê.

Gestantes com concentrações séricas de ácido biliar total <40 micromoles/L e prurido leve podem receber tratamento sintomático, como emolientes tópicos e anti-histamínicos sedativos. Para mulheres com concentrações totais de ácido biliar <100 micromoles/L, não há aumento do risco de natimorto em comparação com a população de base. Assim, o parto precoce (antes de 40 semanas gestacionais) para evitar um natimorto não é indicado. No entanto, é importante continuar a medir as concentrações séricas de ácido biliar materno, pois elas podem aumentar com o avanço da gestação.

O risco de natimorto aumenta para gestantes com concentrações séricas totais de ácido biliar ≥100 micromoles/L. Assim, deve-se oferecer o parto para essas mulheres com 35 a 36 semanas gestacionais.

O tratamento com ácido ursodesoxicólico não reduz efetivamente as concentrações séricas totais de ácido biliar nem previne claramente o natimorto. No entanto, causa uma pequena melhora no prurido materno, diminui as concentrações de alanina aminotransferase e reduz o risco de nascimento pré-termo espontâneo em mulheres com concentrações séricas de ácido biliar ≥40 micromoles/L.

A colestase intra-hepática gestacional (CIG) é um distúrbio caracterizado por prurido materno (coceira) e disfunção hepática, na ausência de outros distúrbios hepáticos contribuintes e restrita à gestação. A condição é causada por uma combinação de fatores hormonais, genéticos e ambientais.[1]Smith DD, Rood KM. Intrahepatic cholestasis of pregnancy. Clin Obstet Gynecol. 2020 Mar;63(1):134-51. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31764000?tool=bestpractice.com

As complicações maternas incluem aumento do risco de diabetes gestacional e pré-eclâmpsia, além de intolerância à glicose e dislipidemia; as complicações fetais incluem nascimento pré-termo, líquido amniótico tinto de mecônio, internação na unidade neonatal e, em gestantes com concentrações de ácido biliar ≥100 micromoles/L, óbito fetal intrauterino (natimorto).[2]Ovadia C, Seed PT, Sklavounos A, et al. Association of adverse perinatal outcomes of intrahepatic cholestasis of pregnancy with biochemical markers: results of aggregate and individual patient data meta-analyses. Lancet. 2019 Mar 2;393(10174):899-909. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6396441 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30773280?tool=bestpractice.com