Pancreatite aguda

Mais comumente, a pancreatite aguda se manifesta como dor intensa na região epigástrica média ou no quadrante superior esquerdo que irradia para as costas. O desconforto epigástrico é típico.

Com frequência, os sintomas incluem náuseas e vômitos. Pode haver história de colelitíase ou de ingestão de bebidas alcoólicas.

Sinais de hipovolemia (incluindo redução do turgor da pele, membranas mucosas secas, hipotensão e sudorese) são comuns. Nos casos mais graves o paciente pode estar taquicárdico e/ou taquipneico.

Na maioria dos pacientes que apresentam sinais clínicos típicos, o diagnóstico é confirmado por níveis elevados de lipase ou de amilase sérica (>3 vezes o limite superior do normal).

O tratamento inclui hidratação precoce com fluidoterapia intravenosa, analgesia e suporte nutricional, com favorecimento da alimentação oral precoce, se tolerada.

O tratamento da pancreatite aguda grave inclui suporte à falência de órgãos-alvo, mais comumente dos sistemas respiratório, renal e circulatório. As complicações locais que podem se desenvolver posteriormmente incluem necrose pancreática infecciosa ou estéril e pseudocistos.

A presença de colangite em um paciente com pancreatite aguda, caracterizada por níveis elevados de bilirrubina, justifica uma colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) precoce, normalmente em até 24 horas do diagnóstico.

A pancreatite aguda é um distúrbio agudo do pâncreas exócrino associado à lesão da célula acinar e a respostas inflamatórias sistêmicas e locais.[1]Nirula R. Chapter 9: Diseases of the pancreas. High yield surgery. Philadelphia, PA: Lippincott Williams & Wilkins; 2000. A gravidade da doença varia: a maioria dos pacientes apresentará doença leve, com edema pancreático mínimo, e se recuperará totalmente em poucos dias; a minoria dos pacientes apresentará doença grave, caracterizada por resposta inflamatória sistêmica persistente e/ou insuficiência de múltiplos órgãos, com ou sem necrose pancreática/peripancreática.