Convulsão febril

As convulsões febris geralmente são autolimitadas; o risco de evoluírem para epilepsia é baixo, exceto em um número pequeno de casos.

A maioria das convulsões febris apresenta resolução espontânea e rápida e não exige tratamento agudo ou em longo prazo com anticonvulsivante.

A American Academy of Pediatrics define uma convulsão febril como uma convulsão que ocorre em uma criança febril (temperatura ≥38 °C ou 100.4 °F) entre as idades de 6 e 60 meses sem infecção intracraniana, distúrbio metabólico ou história de convulsões afebris.[1]American Academy of Pediatrics: Subcommittee on Febrile Seizures. Clinical practice guideline: neurodiagnostic evaluation of the child with a simple febrile seizure. Pediatrics. 2011 Feb;127(2):389-94. http://pediatrics.aappublications.org/content/127/2/389.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21285335?tool=bestpractice.com [2]American Academy of Pediatrics. Febrile seizures: clinical practice guideline for the long-term management of the child with simple febrile seizures. Pediatrics. 2008 Jun;121(6):1281-6. http://pediatrics.aappublications.org/content/121/6/1281.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18519501?tool=bestpractice.com A primeira ocorrência geralmente é antes dos 3 anos de idade, mas não é frequente em crianças com menos de 6 meses de idade. As convulsões febris podem ser classificadas como simples ou complexas, dependendo das características clínicas, duração e recorrência.

O relatório de 2006 da International League Against Epilepsy Task Force on Classification and Terminology of Epilepsy and Epileptic Syndromes propôs uma mudança na terminologia e a omissão das palavras em inglês "convulsion" e "convulsive". Eles sugeriram que o termo em inglês "febrile convulsions" seja substituído por "febrile seizures", ambos traduzidos como "convulsões febris" em português.[3]Fisher RS, Cross JH, French JA, et al. Operational classification of seizure types by the International League Against Epilepsy: position paper of the ILAE Commission for Classification and Terminology. Epilepsia. 2017 Apr;58(4):522-30. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/epi.13670/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28276060?tool=bestpractice.com  Outras alterações realizadas em 2017 incluíram a substituição do termo em inglês "benign" por "self-limiting".