O monóxido de carbono (CO) é um gás inodoro e incolor, e a intoxicação pode causar hipóxia, dano celular e morte. Aproximadamente 1% a 3% de todas as intoxicações são fatais.
A intoxicação pode ocorrer após a exposição à combustão incompleta que inclui inalação de fumaça de incêndio, escapamento de veículo automotor e escapamentos de outros motores em ambientes pouco ventilados e várias fontes industriais.
Os sintomas precoces são inespecíficos e incluem cefaleia, tontura e náuseas.
Em caso de suspeita de intoxicação por CO, os indivíduos devem abandonar o prédio ou o ambiente imediatamente e ligar para o pronto-socorro.
A exposição mais grave resulta em manifestações cardiovasculares que podem incluir isquemia miocárdica, infarto do miocárdio, disfunção cardíaca, disritmia e parada cardíaca.
Os pacientes com intoxicação por CO moderada a grave devem ser avaliados para verificar se há comprometimento cardíaco com um ECG e medição dos biomarcadores cardíacos para identificar lesão aguda do miocárdio, e isso pode prever desfechos desfavoráveis em longo prazo.
Os sintomas neurológicos incluem sintomas agudos similares aos do acidente vascular cerebral (AVC), estado mental alterado, confusão, coma e síncope.
Até 40% dos sobreviventes de intoxicação por CO sofrem de deficits neurocognitivos tardios, que podem se tornar permanentes.
O diagnóstico baseia-se em uma tríade clínica: história de exposição a CO, níveis elevados de carboxi-hemoglobina e sintomas consistentes com intoxicação por CO.
A oxigenoterapia em sistema de alto fluxo, a oxigenoterapia hiperbárica e a terapia de suporte são os principais tratamentos.
Os problemas relacionados ao tratamento hiperbárico incluem dificuldade de tratar pacientes em estado crítico em algumas clínicas e barreiras logísticas para a transferência oportuna a instalações que oferecem terapia hiperbárica.
As complicações do tratamento hiperbárico incluem convulsões relacionadas à toxicidade do oxigênio, edema pulmonar e barotrauma da orelha.
A intoxicação por monóxido de carbono (CO) é o tipo mais comum de intoxicação em seres humanos.[1]Rose JJ, Wang L, Xu Q, et al. Carbon monoxide poisoning: pathogenesis, management, and future directions of therapy. Am J Respir Crit Care Med. 2017 Mar 1;195(5):596-606.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5363978/
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27753502?tool=bestpractice.com
[2]Hampson NB, Piantadosi CA, Thom SR, et al. Practice recommendations in the diagnosis, management, and prevention of carbon monoxide poisoning. Am J Respir Crit Care Med. 2012 Dec 1;186(11):1095-101.
http://www.atsjournals.org/doi/full/10.1164/rccm.201207-1284CI#.VXHCJ8-jMyo
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23087025?tool=bestpractice.com
O CO é formado pela combustão incompleta, e as principais fontes de exposição são inalação de fumaça de incêndio, veículo automotor e escapamentos de outros motores.[1]Rose JJ, Wang L, Xu Q, et al. Carbon monoxide poisoning: pathogenesis, management, and future directions of therapy. Am J Respir Crit Care Med. 2017 Mar 1;195(5):596-606.
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A maior afinidade do CO com a hemoglobina resulta em um fornecimento de oxigênio sistêmico reduzido, e os efeitos do CO na citocromo c oxidase resulta no comprometimento da respiração celular.
Os sintomas de intoxicação por CO variam muito e são, em sua maioria, inespecíficos. Os sintomas podem variar de cefaleia, náuseas e tontura a sintomas neurológicos e cardiovasculares graves, dependendo da dose e da duração da exposição. A mortalidade da intoxicação aguda por CO é, aproximadamente, 1% a 3%.[3]Hampson NB. U.S. Mortality due to carbon monoxide poisoning, 1999-2014. Accidental and intentional deaths. Ann Am Thorac Soc. 2016 Oct;13(10):1768-74.
https://www.atsjournals.org/doi/full/10.1513/AnnalsATS.201604-318OC?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%3dpubmed
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27466698?tool=bestpractice.com
Os indivíduos com risco mais alto de mortalidade são: aqueles com idade avançada; expostos a incêndio como fonte de CO; que apresentam perda da consciência; e os que têm níveis muito altos de carboxi-hemoglobina e insuficiência respiratória.[4]Hampson NB, Hauff NM. Risk factors for short-term mortality from carbon monoxide poisoning treated with hyperbaric oxygen. Crit Care Med. 2008 Sep;36(9):2523-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18679118?tool=bestpractice.com
Os sobreviventes da intoxicação por CO apresentam taxa de mortalidade em longo prazo mais alta que os indivíduos não intoxicados, e de 15% a 40% sofrem de sequelas neurocognitivas quase permanentes.[5]Hopkins RO, Weaver LK, et al.; Undersea & Hyperbaric Medical Society 2008 Annual Scientific Meeting. Cognitive outcomes 6 years after acute carbon monoxide poisoning [abstract]. June 2008 [internet publication].
http://archive.rubicon-foundation.org/xmlui/handle/123456789/7822
[6]Hsiao CL, Kuo HC, Huang CC. Delayed encephalopathy after carbon monoxide intoxication--long-term prognosis and correlation of clinical manifestations and neuroimages. Acta Neurol Taiwan. 2004 Jun;13(2):64-70.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15478677?tool=bestpractice.com
[7]Weaver LK, Hopkins RO, Churchill SK, et al.; Undersea & Hyperbaric Medical Society 2008 Annual Scientific Meeting. Neurological outcomes 6 years after acute carbon monoxide poisoning [abstract]. June 2008 [internet publication].
http://archive.rubicon-foundation.org/xmlui/handle/123456789/7823
[8]Hampson NB, Rudd RA, Hauff NM. Increased long-term mortality among survivors of acute carbon monoxide poisoning. Crit Care Med. 2009 Jun;37(6):1941-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19384195?tool=bestpractice.com