Avaliação de síncope

A síncope é uma perda da consciência súbita e transitória que está associada com uma perda de tônus postural e apresenta resolução espontânea e completamente sem intervenção. As taxas de incidência exatas são difíceis de determinar e dependem das características da população estudada. Nos Estados Unidos, a síncope representa aproximadamente 0.8% das idas a prontos-socorros e 2% das internações hospitalares advindas de prontos-socorros.[1]Sun BC. Quality-of-life, health service use, and costs associated with syncope. Prog Cardiovasc Dis. 2013 Jan-Feb;55(4):370-75. https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0033062012001867?via%3Dihub http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23472773?tool=bestpractice.com

Embora a fisiopatologia da síncope esteja relacionada a uma redução transitória no fluxo sanguíneo cerebral, as causas de síncope são muitas e variam de benignas a risco de vida.

Os médicos devem identificar os pacientes com processos com potencial risco de vida (por exemplo, disritmias, embolia pulmonar, hemorragia subaracnoide, síndrome coronariana aguda), os pacientes que podem precisar de internação hospitalar e intervenção (por exemplo, pacientes com bradicardia ou hipotensão ortostática induzida por medicamento) e os pacientes com causas mais benignas de síncope que podem receber alta.[2]Probst MA, Su E, Weiss RE, et al. Clinical Benefit of Hospitalization for Older Adults With Unexplained Syncope: A Propensity-Matched Analysis. Ann Emerg Med. 2019 Aug;74(2):260-69. https://www.annemergmed.com/article/S0196-0644(19)30250-1/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31080027?tool=bestpractice.com

A anamnese e o exame físico podem identificar uma causa subjacente da síncope em muitos pacientes. No entanto, a falta de informações históricas precisas, e o fato de que os pacientes geralmente estão assintomáticos no momento da avaliação, contribuem para a incerteza diagnóstica.