Síndrome metabólica

A síndrome metabólica é um conjunto de anormalidades comuns, incluindo resistência insulínica, intolerância à glicose, obesidade abdominal, níveis reduzidos de colesterol de lipoproteína de alta densidade (HDL), triglicerídeos elevados e hipertensão.

A incidência está aumentando juntamente com o número de pessoas com sobrepeso ou obesas, e estima-se que um quarto da população ocidental tenha essa condição.

Existem vários critérios para definir a síndrome metabólica.

Aumenta o risco de doença cardiovascular e diabetes, embora existam variações étnicas na incidência das comorbidades associadas à síndrome metabólica definida pelos mesmos critérios.

Os mecanismos patogênicos exatos que ligam todos os componentes ainda são desconhecidos, mas a resistência insulínica certamente desempenha um papel importante.

A obesidade, uma dieta aterogênica e sedentarismo são os principais fatores de risco para o desenvolvimento da síndrome metabólica.

Intervenções no estilo de vida, incluindo uma dieta com poucas gorduras saturadas e atividade física moderada a intensa, são a principal base do tratamento.

Uma abordagem multifatorial que vise aos níveis de colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL) e colesterol não HDL, controle de pressão arterial e redução de glicemia é recomendada.

As estatinas são consideradas tratamento de primeira linha quando a modificação do estilo de vida não atinge os níveis desejados de colesterol não HDL. Os fibratos também desempenham um papel significativo na modificação dos níveis de lipídios.

A síndrome metabólica, originalmente descrita por Reaven em 1988 como "síndrome X" ou "síndrome de resistência à insulina", é um conjunto de anormalidades comuns, incluindo resistência à insulina, intolerância à glicose, obesidade abdominal, níveis reduzidos de colesterol de lipoproteína de alta densidade (HDL), triglicérides elevados e hipertensão.[1]Alberti KG, Eckel RH, Grundy SM, et al. Harmonizing the metabolic syndrome: a joint interim statement of the International Diabetes Federation Task Force on Epidemiology and Prevention; National Heart, Lung, and Blood Institute; American Heart Association; World Heart Federation; International Atherosclerosis Society; and International Association for the Study of Obesity. Circulation. 2009 Oct 20;120(16):1640-5. https://circ.ahajournals.org/content/120/16/1640.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19805654?tool=bestpractice.com ​ Nenhuma causa comum conhecida liga seus componentes. A condição reflete o estilo de vida sedentário, a hipernutrição e a consequente adiposidade em excesso presentes no mundo moderno. A síndrome metabólica está associada a disfunção endotelial e à aterosclerose, resultando em um risco maior de doença cardiovascular (DCV) e diabetes mellitus do tipo 2.[2]Obunai K, Jani S, Dangas GD. Cardiovascular morbidity and mortality of the metabolic syndrome. Med Clin North Am. 2007 Nov;91(6):1169-84. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17964915?tool=bestpractice.com [3]National Cholesterol Education Program (NCEP) Expert Panel on Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Cholesterol in Adults (Adult Treatment Panel III). Third report of the National Cholesterol Education Program (NCEP) Expert Panel on Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Cholesterol in Adults (Adult Treatment Panel III) final report. Circulation. 2002 Dec 17;106(25):3143-421. https://circ.ahajournals.org/cgi/reprint/106/25/3143 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12485966?tool=bestpractice.com ​ A principal utilidade do diagnóstico da síndrome metabólica é a identificação de pessoas com alto risco de DCV, além dos níveis de colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL) No entanto, existe uma grande controvérsia sobre se um diagnóstico de síndrome metabólica fornece informações mais úteis que seus componentes individuais sobre o risco cardiovascular.