Infecção pelo vírus da chikungunya

A infecção pelo vírus chikungunya é uma doença de notificação compulsória. É importante distinguir da infecção pelos vírus da dengue e da Zika, que são transmitidos pelo mesmo vetor.

A maioria dos pacientes tem recuperação completa, mas alguns desenvolvem doença articular crônica, caracterizada por poliartrite e manifestações sistêmicas que podem durar meses ou anos e lembrar artrite reumatoide ou espondiloartropatia soronegativa.

A infecção por chikungunya tem distribuição global, devido a uma mutação genética que permite ao vírus ser transmitido pela espécies de mosquitos Aedes albopictus (um vetor Aedes mais disseminado), assim como pelo Aedes aegypti. Casos adquiridos localmente foram relatados nos EUA e na Europa.

O diagnóstico tem como base as manifestações clínicas e os indícios epidemiológicos. A confirmação é obtida por meio da detecção sorológica de anticorpos. A reação em cadeia da polimerase via transcriptase reversa em tempo real pode ser usada para determinar se um paciente está infectado pelo vírus da chikungunya, da Zika ou da dengue em um único exame. Pode ocorrer coinfecção.

Não há tratamento específico. O manejo é basicamente de suporte.

Evitar picadas de mosquito é a melhor forma de prevenção; no entanto, há uma vacina disponível e recomendada para determinados grupos de pessoas.

O vírus da chikungunya (também conhecido como CHIKV) é um alfavírus transmitido pelas espécies de mosquitos Aedes. Chikungunya significa "aquilo que se dobra" no idioma maconde (falado em uma área fronteiriça entre Moçambique e Tanzânia, onde foi descrito o primeiro surto), e se refere à artrite que a infecção pode causar. Febre e dores nas articulações são as manifestações mais comuns da infecção, que pode lembrar outras doenças virais, como a dengue. A doença em geral é autolimitada, mas alguns casos podem evoluir para uma condição crônica com artrite debilitante.