Obstrução das vias aéreas centrais

A obstrução das vias aéreas centrais (OCVA) geralmente se apresenta com sintomas inespecíficos, incluindo dispneia, tosse e sibilo. Os pacientes podem ser diagnosticados erroneamente com outras doenças das vias aéreas. É necessário um alto grau de suspeita para determinar o diagnóstico.

Em caso de obstrução grave com insuficiência respiratória iminente, deve-se dar atenção imediata à proteção das vias aéreas. A broncoscopia rígida é o procedimento de escolha, proporcionando capacidade tanto para intervenção diagnóstica quanto terapêutica das vias aéreas.

A confirmação definitiva da OCVA requer broncoscopia diagnóstica (flexível ou rígida). Imagens do tórax com radiografias simples e tomografia computadorizada, bem como testes de função pulmonar, são investigações auxiliares úteis.

Uma abordagem multidisciplinar para o manejo, envolvendo um pneumologista, um otorrinolaringologista, um cirurgião torácico, um radiologista torácico e um broncoscopista intervencionista, é essencial para os melhores desfechos de pacientes.

A distinção entre a OCVA maligna e não maligna é importante. Se houver suspeita ou confirmação de neoplasia maligna, a opinião de um oncologista e de um rádio-oncologista deve ser buscada após qualquer estabilização imediata das vias aéreas.

A cirurgia (anastomose término-terminal, ressecção em manga da traqueia) pode ser considerada em pacientes que apresentam doenças benignas ou neoplasias malignas ressecáveis. A terapia broncoscópica pode ser uma alternativa para pacientes selecionados com doença benigna ou para aqueles com tumores não ressecáveis.

A obstrução das vias aéreas centrais (OCVA) refere-se a uma variedade de processos obstrutivos que impedem o fluxo aéreo dentro das vias aéreas centrais e é geralmente definida como obstrução >50% da traqueia e/ou brônquios principais.[1]Murgu SD, Egressy K, Laxmanan B, et al. Central Airway Obstruction: Benign Strictures, Tracheobronchomalacia, and Malignancy-related Obstruction. Chest. 2016 Aug;150(2):426-41. https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(16)00615-2/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26874192?tool=bestpractice.com ​ A OCVA pode ser secundária a uma doença maligna ou benigna e representa uma fonte significativa de morbidade e mortalidade, com um impacto considerável na qualidade de vida. Uma vez que a OCVA se apresenta frequentemente com insuficiência respiratória que acarreta risco de vida, alguns especialistas recomendam que a expressão não maligna seja usada, em vez de benigna.[2]Ernst A, Feller-Kopman D, Becker HD, et al. Central airway obstruction. Am J Respir Crit Care Med. 2004;169:1278-97. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15187010?tool=bestpractice.com ​