Novos tratamentos

Tecnologia livre de agulhas

A administração de vacina contra gripe (influenza) por meio de uma injeção de jato livre de agulhas pode evitar o problema de fobia de agulhas e o risco de lesão por picada de agulha.[147]

Terapia antiviral combinada

Combinar dois antivirais que ajam nos diferentes aspectos do ciclo de vida viral pode oferecer benefícios em relação à monoterapia, embora as opções sejam limitadas pelo baixo número de antivirais disponíveis.[148] Estudos em camundongos demonstraram sinergia terapêutica quando o oseltamivir é combinado com amantadina ou com favipiravir.[149][150] Um estudo in vitro sugere que a terapia combinada de amantadina e oseltamivir pode reduzir o surgimento de vírus da gripe (influenza) A resistentes a medicamentos.[151] No entanto, deve-se ter cuidado, pois um estudo de oseltamivir e do zanamivir combinados mostrou que a combinação é menos eficaz que o oseltamivir isoladamente.[152] Um estudo constatou que a combinação de baloxavir marboxil com um inibidor da neuraminidase em pacientes hospitalizados com influenza grave não resultou em desfechos clínicos superiores, em comparação com um inibidor da neuraminidase isoladamente.[153]

Proteína recombinante de fusão da sialidase DAS181

Atualmente em desenvolvimento, esse agente é direcionado às células respiratórias do hospedeiro, e não à influenza sazonal, e contribui para 25 vírus influenza, especificamente no receptor de ácido siálico usado pelo vírus influenza para se ligar ao epitélio das vias aéreas.[148] DAS181 é uma proteína de fusão da sialidase que consiste no domínio catalítico da sialidase do Actinomyces viscosus ligado à uma sequência de ancoragem da superfície da célula. A proteína de fusão por via inalatória remove os receptores para a ligação do vírus da influenza ao epitélio respiratório. Estudos demonstraram a efetividade in vitro contra os vírus da influenza A e B, e a efetividade in vitro e in vivo contra vírus parainfluenza humanos.[154][155]

Cianovirina-N

A cianovirina-N é uma proteína que interage com a proteína da superfície celular hemaglutinina tanto do vírus influenza A quanto B in vitro. Ela confere propriedades antivirais bloqueando a entrada viral.[148] No entanto, problemas com relação a imunogenicidade e a citotoxicidade vêm prejudicando o desenvolvimento adicional. Um estudo inicial com uma nova cianovirina-N peguilada derivativa alcançou, no entanto, resultados positivos.[156]

Ácidos ribonucleicos (RNAs) de interferência curtos

Embora atualmente só tenham sido estudados em camundongos, os RNAs de interferência curtos que são específicos para regiões conservadas do gene reduziram a replicação viral quando administrados por via intravenosa. Mais recentemente, foi demonstrado que a interferência do RNA inibe a infecção por vírus da gripe (influenza) em cooperação com gamainterferona.[157]

Favipiravir

Uma pirazina substituída que inibe o RNA polimerase do vírus.[148] Estudos in vitro e in vivo mostraram inibição da replicação viral e atividade contra vírus resistentes a amantadinas e a inibidores da neuraminidase. O favipiravir bloqueia a replicação de diversas cepas do vírus da gripe (influenza), incluindo o vírus aviário H7N9.[158] Além disso, ele é ativo contra vários arena-, bunia-, flavi-, alfa-, picorna- e norovírus. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda não administrar o favipiravir nos pacientes com suspeita ou confirmação de infecção pelo vírus da influenza sazonal não grave. Isso se deve à ausência de efeito sobre o tempo de alívio dos sintomas, as internações hospitalares ou a mortalidade.[138]

Viramidina

Um pró-fármaco da ribavirina, a viramidina tem como alvo a enzima celular IMP desidrogenase, que está envolvida na síntese do RNA viral.[148] É ativa contra os vírus da gripe (influenza) sazonal e A H5N1.[159] Pode ser administrada por via intravenosa, oral ou por aerossol.

Vacina de ácido desoxirribonucleico (DNA)

Uma vacina de DNA trivalente foi desenvolvida com três plasmídeos expressando hemaglutinina de diferentes cepas de vírus da influenza sazonal. Ela mostrou proteção contra a gripe e tem um bom perfil de segurança.[160] Em um ensaio clínico de fase 1, vacinas de DNA H5 monovalentes adjuvantes foram bem toleradas e induziram índices de resposta de inibição da hemaglutinação similares àquele de vacinas H5 inativadas baseadas em proteínas.[161] Os resultados sugerem que as vacinas de DNA adjuvantes com produção rápida de vacina poderiam ser úteis para o controle pandêmico.

OVX836

A OVX836 é uma vacina recombinante que contém a nucleoproteína do vírus influenza A A/WSN/1933 (H1N1). Em um ensaio clínico de fase 2a, a OVX836 mostrou um sinal preliminar de proteção contra influenza com boa segurança e tolerabilidade. Portanto, a OVX836 é uma potencial candidata para a prevenção universal da influenza A, mas são necessários ensaios clínicos adicionais.[162]

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