Etiologia
A maioria dos casos de bronquite aguda é causada por infecções virais. Os vírus mais comuns envolvidos na bronquite aguda são os mesmos que causam infecções do trato respiratório superior, como coronavírus, rinovírus, vírus sinciciais respiratórios e adenovírus. Em algumas populações mais jovens de recrutas das forças armadas e estudantes universitários, foram isolados outros patógenos de pacientes com bronquite aguda, como Chlamydia pneumoniae e Mycoplasma pneumoniae. No entanto, esses patógenos foram identificados somente em uma minoria dos pacientes com bronquite aguda, não estando claro se esses agentes estão envolvidos na causa dos sintomas. A incerteza sobre a participação desses organismos é sustentada por um estudo que identificou o Mycoplasma em um subgrupo de pacientes que apresentaram bronquite aguda, mas que descobriu que o tratamento desses pacientes com um macrolídeo não resultou em uma recuperação mais rápida do que a de pacientes sem Mycoplasma tratados com o mesmo antibiótico.[5] Raramente, pode-se observar a presença de Bordetella bronchiseptica, mas, até o momento, só foi relatada em indivíduos imunocomprometidos.[6]
Fisiopatologia
Os sintomas da bronquite aguda são causados pela inflamação aguda da parede brônquica, que causa aumento da produção de muco e edema dos brônquios. Isso causa tosse produtiva, que é característica de infecções do trato respiratório inferior. Enquanto a infecção pode desaparecer após alguns dias, a regeneração da parede brônquica pode levar várias semanas. Durante o período de regeneração, os pacientes continuam a tossir. Estudos da função pulmonar de pacientes com bronquite aguda demonstram obstrução brônquica semelhante à da asma. À medida que os sintomas de bronquite aguda regridem, a função pulmonar retorna ao normal.
Metade de todos os pacientes com bronquite aguda continua a tossir por >2 semanas.[2] Em um quarto dos pacientes, a tosse pode durar >1 mês. Isso é conhecido como síndrome pós-bronquite. Esse período provavelmente reflete a regeneração contínua das paredes brônquicas após o desaparecimento da infecção aguda.
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