Avaliação da febre de origem desconhecida em adultos

A febre de origem desconhecida ocorre em todas as faixas etárias. No entanto, a idade, juntamente com considerações epidemiológicas, é um fator importante na formação de um diagnóstico diferencial.

Em 1961 foram publicados os primeiros critérios formais para a febre de origem desconhecida, baseados em um estudo prospectivo.[1]Petersdorf RG, Beeson PB. Fever of unexplained origin: report on 100 cases. Medicine (Baltimore). 1961 Feb;40:1-30. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/13734791?tool=bestpractice.com Os critérios definiram a febre de origem desconhecida como febre superior a 38.3 °C (100.9 °F) em diversas ocasiões, persistindo sem diagnóstico por pelo menos três semanas, apesar de haver investigação há pelo menos uma semana em um hospital.[1]Petersdorf RG, Beeson PB. Fever of unexplained origin: report on 100 cases. Medicine (Baltimore). 1961 Feb;40:1-30. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/13734791?tool=bestpractice.com

Com os avanços subsequentes na assistência médica, uma definição revisada para a febre de origem desconhecida clássica foi publicada em 1991, incluindo uma cláusula para pacientes com diagnóstico incerto, apesar de três dias de internação hospitalar ou três consultas ambulatoriais.[2]Durack DT, Street AC. Fever of unknown origin - reexamined and redefined. Curr Clin Top Infect Dis. 1991;11:35-51. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1651090?tool=bestpractice.com A definição revisada também delineou três grupos adicionais de febres de origem desconhecida: nosocomial (associada a assistência à saúde), neutropênica (deficiência imunológica) e relacionada ao HIV.

Em 1997 um estudo prospectivo aconselhou a substituição dos critérios baseados no tempo por um protocolo diagnóstico padronizado para minimizar diferenças na investigação diagnóstica e vieses não intencionais que poderiam influenciar os desfechos.[3]De Kleijn EM, Vandenbroucke JP, van der Meer JW. Fever of unknown origin (FUO). I A. prospective multicenter study of 167 patients with FUO, using fixed epidemiologic entry criteria. Medicine (Baltimore). 1997 Nov;76(6):392-400. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9413425?tool=bestpractice.com Esta definição de febre de origem desconhecida é agora denominada critérios qualitativos para febre de origem desconhecida e é detalhada na Abordagem diagnóstica.[3]De Kleijn EM, Vandenbroucke JP, van der Meer JW. Fever of unknown origin (FUO). I A. prospective multicenter study of 167 patients with FUO, using fixed epidemiologic entry criteria. Medicine (Baltimore). 1997 Nov;76(6):392-400. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9413425?tool=bestpractice.com [4]Wright WF, Mulders-Manders CM, Auwaerter PG, et al. Fever of unknown origin (FUO) - a call for new research standards and updated clinical management. Am J Med. 2022 Feb;135(2):173-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34437835?tool=bestpractice.com